A Boeing anunciou hoje (23) que Dennis Muilenburg, CEO da fabricante, renunciou o cargo. A decisão veio em meio a tumulto criado após a empresa anunciar que iria interromper a produção comercial do Boeing 737 MAX.

Dennis Muilenburg em foto de outubro de 2019; ele renunciou ao cargo de CEO da Boeing — foto: Sarah Silbiger/Reuters
“O Conselho de Administração decidiu que era necessária uma mudança de liderança para restabelecer a confiança na empresa em avançar, pois trabalha para reparar o relacionamento com reguladores, clientes e todas as demais pessoas interessadas“, disse a Boeing através de um comunicado oficial.
Para seu lugar, o presidente do conselho de administração da empresa, David L. Calhoun, foi o escolhido para assumir o cargo, que deverá acontecer em janeiro.
Polêmicas com a família MAX
Após dois acidentes fatais com o Boeing 737 MAX 8, a fabricante foi obrigada a groundear todas as aeronaves do modelo. Ou seja, todos os MAX 7, 8 e 9 estão proibidos de operar. Apesar de não conseguir a liberação das principais agências de aviação mundiais, a Boeing surpreendeu a todos e anunciou o lançamento de mais um avião da família: o MAX 10.
No entanto, mesmo com o lançamento de um novo modelo da família, a fabricante continua sem ter a permissão de voar. Recentemente a Boeing emitiu uma nota avisando que vai interromper a produção de seus aviões da família MAX a partir de janeiro de 2020. Além disso, também informou que a prioridade no momento é entregar as aeronaves que estão em estoques – que, atualmente, são cerca de 400 aviões.
Para o novo CEO da empresa (Calhoun), a questão do futuro da empresa, mas também da família MAX, é para ser tratada com positivismo. “Acredito com todas as forças em um futuro promissor tanto à Boeing, quanto aos 737 MAX“.
Até o dia em que Calhoun assumir o cargo de CEO, Greg Smith – diretor financeiro da empresa – irá atuar como interino.
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