A Boeing e a FAA – sigla para Federal Aviation Administration – concluíram na última quarta-feira (22) os testes de voo de certificação necessários no 737 MAX, levando o avião um passo mais perto da aprovação da FAA para retornar ao serviço. Agora, uma extensa lista de tarefas deve ser realizada antes que o avião possa obter autorização para voar novamente com passageiros, que está esperado para acontecer até meados de setembro.
A informação veio do jornal Seattle Times, que disse que, durante três dias de testes nesta semana, pilotos e engenheiros da FAA avaliaram as mudanças propostas pela Boeing no sistema de controle de voo automatizado da aeronave. O software chamado Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS) foi atualizado para garantir que não seja acionado por um único sensor e não possa ser ativado repetidamente.
A Boeing reformulou toda a arquitetura do software de controle de voo, de modo que os sistemas do jato agora usam os dois computadores de controle de voo em cada voo, em vez de apenas um, recebendo informações de sensores duplos em cada lado do avião.
O que falta para os aviões voltarem aos céus?
A FAA passará semanas avaliando os dados coletados durante esses voos para avaliar se os sistemas do jato têm o desempenho esperado e estão em conformidade com todos os regulamentos de segurança. A agência também analisará a documentação final do projeto da Boeing, assim como um Conselho Consultivo Técnico composto por especialistas de uma dúzia de reguladores internacionais de segurança aérea e da NASA.
Paralelamente, a FAA, em conjunto com um painel de reguladores do Canadá, Europa e Brasil, avaliará os requisitos mínimos de treinamento de pilotos e as instruções do manual de voo, emitirá um rascunho de relatório aberto para comentários do público e, em seguida, produzirá um relatório final sobre o padrão mínimo de treinamento exigido – que incluirá tempo em um simulador de voo completo.
Quando isso for feito, a FAA emitirá uma Diretiva de Aeronavegabilidade, aconselhando as companhias aéreas que atualizações devem instalar na aeronave, que estão estacionadas por aproximadamente 19 meses. A agência levantará a ordem de groundeamento do MAX, condicionada à conclusão desse trabalho.
A FAA terá que aprovar os programas de treinamento de pilotos em cada companhia aérea. Ela também deve realizar análises pessoais e individuais de cada uma das várias centenas de MAXs que a Boeing produziu desde o início, mas ainda não entregou devido ao impedimento da operação do modelo.
Parece que a volta do MAX aos céus está cada vez mais próxima. Mas a pergunta que fica é a seguinte: você vai voar nessa aeronave?