A companhia aérea islandesa Icelandair tomou uma decisão um tanto quanto inusitada. Após ser afetada pela crise de coronavírus, a empresa optou por demitir suas aeromoças e outros funcionários após não conseguir entrar em acordo com o sindicato dos comissários de bordo.
Em comunicado oficial, a companhia aérea disse o acordo de negociação havia sido rejeitado pelo sindicato e que, por conta disso, teve de demitir os comissários. Como resultado, a Icelandair instruirá seus pilotos a assumirem a responsabilidade pela segurança a bordo, mas os serviços continuarão reduzidos, devido ao impacto da COVID-19.
A decisão é um pouco contraditória e bastante curiosa, pois os comissários de bordo são treinados para assumir a segurança dos passageiros a bordo. Conforme a própria companhia disse, a partir de hoje (20) os serviços de bordo serão operados pelos pilotos, ou seja, com a publicação da nota da Icelandair publicada na sexta-feira passada, eles tiveram menos de 3 dias para aprender como comandar não somente o cockpit.
Atualização
A Iceland emitiu um comunicado informando o acordo entre a companhia e o sindicato. Veja a nota da empresa:
“Apesar das negociações fracassadas entre a Icelandair e a Icelandic Cabin Crew Association (FFI), as partes conseguiram retomar as discussões e assinaram um novo acordo de negociação coletiva válido até 30 de setembro de 2025. O acordo é baseado nos mesmos princípios do que foi discutido entre as partes em 25 de junho de 2020 e, portanto, atende aos objetivos estabelecidos de aumentar a produtividade e a flexibilidade da Companhia e, ao mesmo tempo, garantir uma remuneração para os tripulantes de cabine.
O contrato atual resulta em uma redução adicional no custo operacional sem afetar negativamente os termos dos funcionários da tripulação de cabine. O acordo será agora apresentado aos membros da FFI que votarão no acordo, com uma conclusão da votação prevista para 27 de julho de 2020″.