Nascia em 20 de janeiro de 1985, a princípio para desafogar as operações de Congonhas, o Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro. Chamado de Cumbica, Aeroporto de Guarulhos ou GRU, fato é que a maioria dos brasileiros e grande parte de turistas internacionais já decolaram ou aterrissaram nas dependências do aeroporto, que hoje completa exatos 35 anos. Venha conosco conhecer um pouco mais da história do maior aeroporto da América do Sul.
Criação
O aeroporto foi criado, a princípio, para ajudar com as operações do Aeroporto de Congonhas, modernizar o país e atrair mais turistas à capital paulista – se tornando peça-chave para a industrialização brasileira e do estado de São Paulo.
Antes de ser construído, São Paulo não tinha um aeroporto que pudesse comportar as novas demandas da aviação – com voos sendo operados por aeronaves cada vez maiores. Trazer estes aviões depende de uma série de fatores, um deles, por exemplo, são as pistas mais extensas e largas. Congonhas, na capital, devido sua pista curta, não se adaptou ao rumo em que a aviação foi tomando e, com isso, ficou limitado a voos domésticos e, vez ou outra, voos procedentes da América do Sul.
Apenas Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, conseguia comportar aeronaves maiores. Além disso, a meteorologia e a topografia do local ajudavam na operação de voos. Contudo, devido a distância de quase 100 km, somado a crise petrolífera da época, o aeroporto se tornou inviável para ser dado como o principal de São Paulo.
A escolha de Guarulhos
Com um aeroporto distante e outro pequeno, São Paulo precisava de um local que pudesse receber e operar voos longos, além de aviões comerciais grandes. Pensando nisso, muitos lugares foram estudados, como Cotia e Ibiúna, por exemplo. Mas a decisão era de alto risco devido as áreas que seriam desmatadas com a construção. Mesmo com o governo prometendo reflorestar as áreas atingidas, o conjunto da obra foi decretado como inviável devido alto custo financeiro.
O Governo Federal já tinha então sua queridinha: a cidade de Guarulhos. Não somente pela proximidade com a capital paulista, mas principalmente pelo fato de o Ministério da Aeronáutica ter doado 10km² de terras pertencentes à Base Aérea de São Paulo para construção do aeroporto. O impasse ficava por conta da região serrana em que o aeroporto atualmente se situava. Devido a aproximação com a Serra da Cantareira, o medo era que o local fosse muito atingido com cerrações e neblinas, dificultando as operações.
A aprovação da construção do aeroporto de Guarulhos veio em 1983, após quase 20 anos de discussões. O projeto foi idealizado para que o aeroporto pudesse receber a demanda de voos domésticos da Grande São Paulo. Além disso, o aeroporto seria o responsável pelos voos internacionais procedentes de vários cantos do mundo e serviria de alternativa ao Aeroporto de Viracopos.
Expansão
Não demorou muito para que Guarulhos assumisse o posto de principal aeroporto de São Paulo. Com a popularidade, o local precisou passar por reformas e obras de modernização para atrair o público. Dez anos após o início das obras, o aeroporto já precisou se expandir, criando assim o Terminal 2, em 1993.
Após isso, no ano de 2004, foi concluído a modernização da Torre de Controle e, em 2012, foi finalizada a criação do Terminal 4. Mais para frente, em 2014, o Terminal 3 foi entregue e em 2015 houve uma renumeração dos terminais, onde o Terminal 4 virou o Terminal 1 e os antigos terminais 1 e 2 se uniram e formaram o atual Terminal 2.
Em 2015, o aeroporto recebeu autorização do DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo – para aumentar a capacidade de 47 para 52 slots e, mais recentemente, de 52 para 57. Também em 2015, foi criado o Tryp GRU Airport, um hotel no Terminal 3 para passageiros que em escalas demoradas e que precisam trabalhar e/ou relaxar um pouco.
Venda à iniciativa privada
Em 6 de fevereiro de 2012, o aeroporto foi concedido à iniciativa privada, na qual as empresas Invepar/ACSA (Airports Company South Africa) foram anunciadas como novas administradoras do local, através de leilão. As empresas tem o direito de administrar o aeroporto por 20 anos, no valor de R$16,2 bilhões de reais. Desde então, o aeroporto responde a 51% das participações acionárias e os outros 49% continua pertencendo ao estado – através da Infraero.
Ainda em 2012, o aeroporto recebeu uma nova marca: GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo.
Salas VIP
Atualmente o aeroporto conta com 11 salas VIP. Confira nos links abaixo nossa experiência em cada uma:
- American Express Lounge – Mezanino (área restrita)
- Star Alliance Lounge – Mezanino (área restrita)
- LATAM VIP Lounge – Mezanino (área restrita)
- American Airlines Admirals Club – Mezanino (área restrita)
- Sala VIP Mastercard Black – Mezanino (área restrita)
- Sala VIP Lounge by Mastercard Black – Piso de embarque (área restrita)
- Villa GRU – área externa, calçada do Check-in D
- GOL Premium Lounge Doméstico – Área de embarque doméstico (mezanino)
- GOL Premium Lounge Internacional – Área de embarque internacional
- Bradesco VIP Lounge – Área de embarque doméstico (mezanino)
- Urban Coworking Airport – Pré-Embarque – Chek-in E – Mezanino, em cima da livraria Saraiva
GRU em números
Os principais números do GRU Airport:
- ILS (Instrument Landing System): Categoria III-A
- Horas de operação: 24 horas em todos os terminais
- Área total do aeroporto (cerca patrimonial): 11.905.056,52 m2
- Área total do aeroporto (cerca operacional): 5.883.000 m2
- Área total de pátio: 975.513,18 m2
- Pistas de pouso/decolagem: 301.500 m² – 09R/27L com 3.000 m x 45 m e 09L/27R com 3.700m x 45m, homologada para operação de aeronaves de Código F (A380)
- Taxiways: 485.632,1 m²
- Slots disponíveis por hora: 57
- Posições de estacionamento para aeronaves: 123 posições
- Pontes de embarque: 45 (das quais 6 são de código F)
- Tipos de aeronave: Códigos A, B, C, D, E e F (incluindo 747-800 e A380)
- Coordenação das posições: ATA level 2 Airport
- Balcões de check-in: 36
Terminal 1: 34
Terminal 2: 185 / T2 (re-check-in): 15
Terminal 3: 102 / T3 (re-check-in): 26 - Portões de embarque: 77
Terminal 1: 9
Terminal 2: 42
Terminal 3: 26
Informações retiradas do GRU Airport.
Comentário
De alternativa a Viracopos ao maior aeroporto da América do Sul, a história do GRU Airport é muito interessante. Hoje em dia o aeroporto é listado como um dos mais pontuais do mundo e tem capacidade para comportar cerca de 50 milhões de passageiros anualmente. Ainda há espaços para melhorias? Sim – todavia, é nítida a sua evolução nos últimos anos. Nós do PP desejamos um feliz aniversário ao GRU Airport! 🎉
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