A LATAM vai encerrar o acordo de codeshare com a Voepass ainda este ano. A decisão pode agravar ainda mais a situação da companhia, que entrou na Justiça solicitando uma reestruturação financeira no início deste mês.
Fim da parceria entre LATAM e Voepass
A LATAM anunciou à Voepass que o acordo de codeshare entre as companhias, que vence em agosto, não será renovado. Após o fim do contrato, a LATAM deixará de vender passagens para voos operados pela Voepass. Ao pesquisar passagens de algumas rotas no site da LATAM, foi possível verificar que não há mais disponibilidades em algumas rotas operadas pela antiga Voepass a partir dos últimos dias de julho.
O fim da parceria entre as empresas pode agravar ainda mais a crise da Voepass, que já enfrentava problemas financeiros e havia entrado em recuperação judicial pela primeira vez em 2017. A situação da companhia se agravou ainda mais após o acidente ocorrido em Vinhedo, em agosto de 2024, fato que obrigou a Voepass a recorrer à Justiça com um pedido de reestruturação financeira no início deste mês.
Com informações do portal Folha de São Paulo.
Acordo de codeshare
Desde 2019, a Voepass possui um acordo de codeshare com a LATAM, o que significa que ambas as empresas compartilham os voos, permitindo que os passageiros da LATAM adquiram passagens para rotas operadas pela Voepass e vice-versa.
O acordo é para a realização de voos regionais, como cidades em que a LATAM não possuía operação direta, em aeronaves modelo ATR 42 e ATR 72, com capacidade para até 70 passageiros. Algumas das rotas operadas, que aparecem constantemente em ofertas mais baratas de voo no site da LATAM são: Ribeirão Preto – Congonhas, São Paulo – Joinville, Florianópolis – Pelotas, Santa Maria – Florianópolis e Recife – Fernando de Noronha.
Comentário
Triste acontecimento para a aviação brasileira. A LATAM, por ser uma companhia de maior porte, ajudava a Voepass a gerar mais tráfego e vendas, especialmente em rotas menos lucrativas ou com menos demanda.
A crise financeira da Voepass, já agravada pela recuperação judicial, intensificou-se ainda mais após o acidente ocorrido em Vinhedo, em agosto de 2024. Esse contexto já difícil foi um dos fatores que levaram a companhia a recorrer à Justiça recentemente e será muito difícil haver uma reviravolta.
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