Eu saí do lounge faltando uns 20 minutos ainda pro horário do embarque. Sempre gosto de chegar cedo no portão pra ser um dos primeiros a embarcar. No caminho pro gate consegui avistar esta belezura que é o B747. Ela é muito majestosa né non?
Vôo Thai Airways TG476 – 01/12/2018
Sydney (SYD) ✈ Bangkok (BKK)
Assento: 2E – Primeira Classe
Partida: 10:00 / Chegada: 15:25 / Duração: 9h25
Aeronave: B747-400
Aproveitei e fiz um último registro desta máquina da engenharia antes de entrar. O embarque aconteceu pontualmente e respeitando as prioridades – nada de tumulto ou confusão – tudo muito organizado.
Bom, vamos começar falando do layout da First nos B747 da Thai. Existem 2 tipos: este que voei (que é a configuração nova) e tem um outro que é a configuração antiga. Para poder identificar é simples: basta abrir o mapa de assentos e contar a quantidade de poltronas. O B747 com a configuração nova tem 9 poltronas, o “velho” tem 10. Eu também experimentei o layout “antigo” nesta mesma viagem em outra rota e o relato vou escrever pra vocês nos próximos dias.
A First fica no “andar de baixo”, ou seja, no nariz do avião. Conforme vocês podem ver pela imagem abaixo a disposição é a seguinte: 1 poltrona no meio seguida de 2 poltronas juntas e nas laterais temos 3 poltronas de cada lado.
Logo que cheguei a comissária super gentil me deu as boas vindas e me acompanhou até o meu assento. Aqui uma outra visão da cabine – desta vez da frente pro fundo. Vejam que em frente a minha cadeira tem uma mesinha com jornais e revistas internacionais.
As poltronas laterais são as melhores, porém desde o dia que emiti o voo elas não estavam mais disponíveis, então tive que me contentar com a do meio. O acabamento lateral assim como a borda do monitor é feito em um material que imita madeira.
Aqui vocês conseguem ter uma idéia melhor do espaço total da poltrona para o passageiro – super amplo.
A minha poltrona mesmo sendo central oferecia uma boa privacidade.
Porém a divisória lateral retrátil (que sobe e desce) estava estragada, uma pena. Os comissários tentaram de tudo pra resolver: resetaram o assento, tentaram manualmente – mas tudo foi em vão.
Agora vamos aos detalhes do assento: o ottoman (lugar onde você coloca os pés) oferecia um ótimo espaço e não afunilava – ponto positivo. Embaixo dele estava pantufas, manta e o kit para montar a cama.
No assento tinham 2 travesseiros de tamanhos diferentes e a largura da cadeira era bem satisfatória. Um detalhe que vale a pena salientar é que mesmo com a divisão lateral retrátil estragada, o casulo do assento ainda protegia meu rosto.
O controle de posição da cadeira era feito por este touchscreen.
Aqui você conseguia controlar também as luzes e acionar o botão de “DO NOT DISTURB”, caso não quiser ser perturbado.
O comando da divisória retrátil também era acionado por aqui – mas como falei – sem sucesso.
Ao meu lado direito estava o joystick do entretenimento de bordo além de duas portas USB e um porta trecos. O avião já apresenta grandes sinais de uso e vou mostrar pra vocês em algumas fotos aqui no review que atestam isto que estou falando – como esta abaixo.
A tomada ficava super longe, perto da TV junto das revistas – nada prático.
O monitor tinha um ótimo tamanho, mas a qualidade e interface deixavam a desejar. Detalhe especial pra orquídea (falsa) na lateral.
O amenity kit entregue é da Rimowa – ou seja, dispensa comentários né pessoal? Pena que hoje são pouquíssimas ou quase nenhuma cia aérea que oferece mais o kit da marca. Pra mim já considero um item de colecionador, rs.
Dentro havia produtos de beleza da marca Caudalíe além do kit de higiene bucal, spray (tipo listerine) e escova de cabelo.
Ainda em solo, a comissária perguntou se eu desejava beber um drink de boas vindas – eu prontamente aceitei e solicitei champagne. Ele veio geladinho e foi servido em uma taça com a logo da empresa, acompanhado de toalha umedecida, uma orquídea (verdadeira) e uma espécie de doce.
Não consegui decifrar o que era o doce – mas era bom.
O pijama era bem confortável e vinha bordado com os dizeres Thai Royal First – tanto na “embalagem” quando na própria camisa.
As pantufas eram extremamente simples, destas praticamente descartáveis que você encontra em qualquer hotel e não combinavam com o pijama.
O fone de ouvido noise cancelling era da marca AKG – excelente qualidade. Além disto eles oferecem uma espécie de proteção (como se fosse uma camisinha) pra você não colocar a orelha direto no couro.
Conforme falei pra vocês o entretenimento de bordo não era dos melhores. Interface lenta, pouca variedade de programação e qualidade a desejar. O avião também não oferecia wi-fi.
Esta parte onde estava gravado o número do assento (2E) também servia como um armário – você pode pendurar sua camisa, jaqueta, etc. neste compartimento.
Aproveitei para registrar algumas fotos do estado de conservação das poltronas – apesar de ser o modelo “novo” da First, a conservação e manutenção deixaram a desejar.
Qualquer lugar que você olhava dava pra ver materiais descascados – o que dá uma sensação de que a aeronave não está bem cuidada – pra mim particularmente não causa uma boa impressão.
A capa onde via o menu era de couro, pesada e grossa. Não pegaram o meu pedido em solo, somente depois da decolagem é que vieram perguntar quais seriam minhas escolhas.
A carta de vinhos da THAI foi elaborada por renomados Sommeliers em um teste “cego”, sendo assim eles seriam imparciais na hora de escolher os rótulos.
A foto e o background de cada um dos responsáveis envolvidos também estavam no cardápio.
O champagne é Dom Pérignon – um dos meus favoritos.
Quatro vinhos estavam disponíveis a bordo – 2 brancos e 2 tintos.
O serviço foi dividido em duas partes: primeiro foi o almoço (que era o principal) e em um segundo momento foi servido uma refeição rápida.
Nesta hora perguntei pra comissária o que ela me sugeria, e ela prontamente falou para eu escolher a opção tailandesa ao invés da internacional, pois assim poderia experimentar um pouco da culinária do país.
Já em altitude de cruzeiro começaram a servir os canapés – com uma boa apresentação por sinal. Porém aqui houve uma falha – solicitei a bebida e elas esqueceram – depois de uns 15 minutos que já havia solicitado chamei novamente, e só assim trouxeram o champagne.
Logo pedi o caviar que veio em uma concha marítima com diversas pedras de gelo – adorei o “estilo”. Outra coisa que achei muito diferente – o azeite ficava embaixo desta cabeça de alho torrada (veja na foto abaixo), ou seja, ele ficava super temperado pra você passar o pão – gostei da idéia!
Achei as torradas grossas, mas isto é gosto pessoal, pois eu prefiro quando elas são fatiadas mais finas.
Ao redor da concha do caviar estavam todos os acompanhamentos – ovos, limão, cebola e creme azedo, além claro, da colher de madre-pérola que é essencial pra você comer a iguaria sem “alterar” o sabor.
Fiz um close-up especial pra vocês – mais uma vez apresentação impecável – Eita saudade de viajar hein!
Terminando o caviar veio a sopa de frango com coentro e leite de coco. Achei o tempero bem forte e acabei não comendo tudo.
Para trazer todos os pratos a comissária pediu para eu abrir um pouco de espaço entre os talheres na mesa e chegasse os copos pra frente, caso contrário não caberia tudo.
Confesso que apesar da quantidade, achei que os pratos deixaram e muito a desejar – tanto na apresentação quanto na sofisticação – nada visualmente “gourmet” – tudo muito simples.
O frango com castanhas estava ótimo e com tempero na medida certa. O omelete tava bem sem graça, já o arroz, batata, brócolis e cenoura cozidos dispensam comentários – mais comum impossível.
Depois veio o prato de queijos com frutas – aproveitei também pra pedir um vinho do porto – delicioso por sinal.
Notem que em todas as fotos meu copo com água com gás estava com gelo e cheio pois as comissárias passavam constantemente pra repor – não precisava ficar pedindo – pró-atividade excelente.
E por fim veio o sorvete misturado com cheesecake em um potinho acompanhado de uma sobremesa típica de lá que continha batata doce, abóbora e leite de coco – e confesso que é até gostoso.
Depois deste tanto de comida chegou a hora de descansar um pouco – apesar de que em voo diurno eu custo a dormir pois tenho muita dificuldade. Enquanto fui no banheiro colocar pijama a comissária veio preparar a cama com aquele kit que mostrei pra vocês no início da matéria – que na verdade era só um duvet – esta espécie de colchonete pra forrar o assento.
Como a minha divisória estava estragada, não tive uma privacidade por completo – mas com a cabine toda escura o “buraco” não me incomodou.
O assento na posição cama é total flatbed, confortável e largo.
Os travesseiros são pequenos – poderiam ser maiores e mais “gordinhos”.
E vejam que a parte do descanso dos pés não afunila – portanto você não fica preso na hora de se mexer e consegue virar pro lado sem esbarrar em nada ou até mesmo dormir de barriga pra cima com as pernas separadas.
Faltando pouco menos de 2 horas pro pouso iniciaram o segundo serviço: sopa + noodles + sobremesa.
Bem simples para uma First, não concordam? Macarrão com carne de porco e molho oriental.
Diferente do almoço, desta vez a sobremesa (um bolinho de frutas – parecia panetone) veio mais bem apresentada.
Por fim, antes de pousarmos, passaram oferecendo um Ferrero Rocher e agradecendo a presença.
O atendimento das cias asiáticas em sua grande maioria nunca decepciona. Comissárias bem treinadas, educadas e simpáticas que fazem praticamente o que estão ao alcance para proporcionar ao passageiro uma boa experiência.
O ponto negativo deste voo ficou por parte da conservação do assento, comida e entretenimento de bordo. Mas nada que estragasse a boa impressão que eu tive, portanto com certeza voaria de novo.
E vocês, já voaram com a THAI? Como foi sua experiência?
Avaliação
- Check-in:
- Embarque:
- Poltrona:
- Atendimento:
- Refeição:
- Entretenimento de bordo:
- Amenity Kit:
- Internet:
- Pontualidade:
- Limpeza:
8.7