No quadro #LeitorDePrimeira de hoje, vamos continuar mostrando a longa e agradável viagem do nosso leitor Allan Cortez, pela Europa, após ter voado para a França com 9 dias após tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19.
Recorde que vamos focar a nossa abordagem, nos requisitos a serem cumpridos para os deslocamentos internos na Europa, dadas as restrições sanitárias ainda em vigor.
Entrando na Europa pela França
Como mostramos no post Viajando para França depois de 7 dias da 2ª dose de vacina contra Covid-19 – Leitor de Primeira, Allan pretendia passar uma temporada curtindo o verão europeu, e a reabertura da França, que permitia viajar a partir do sétimo dia após a segunda dose das vacinas autorizadas, encaixou bem nas suas necessidades.
Embora o país não fosse o destino desejado, mostrou-se um excelente ponto de entrada na Europa.
Como mostramos, Allan saiu do Brasil voando na Qsuite da Qatar Airways, conectou em Doha – após alguns contratempos, já que seu voo, originariamente, tinha outro destino – e seguiu num segundo trecho de Qsuite até Paris.
Os requisitos de entrada, inclusive a conferência do cartão de vacinação, já haviam sido devidamente checados pela companhia aérea – com os problemas de interpretação que mostramos no post inicial – de modo que na chegada a Paris, não havia mais preocupação com nova conferência de requisitos.
Em decorrência disso, a entrada na França foi absolutamente tranquila, sem qualquer checagem adicional. Foi botar o desejado carimbo no passaporte e entrar na Europa pela “porta da frente”!
França para Portugal, com conexão na Espanha
Já dissemos que o Paris não era o destino desejado por Allan. Seus objetivos principais eram Portugal e Espanha.
Assim, já na chegada, emitiu dois bilhetes independentes para o dia seguinte, o primeiro saindo de Paris para Madri e o segundo, de Madri para o Porto. Os resgates foram feitos pelo programa Smiles, para voar na Classe Executiva da Air Europa.
Para assegurar tempo suficiente para resolver qualquer problema que pudesse haver no deslocamento até o Porto, com a passagem intermediária por Madri, Allan chegou com muita antecedência ao Aeroporto de Orly.
Aliás, merece registrar que somente passageiros com bilhetes e/ou outros assuntos a resolver no aeroporto, como locação de veículos, têm permissão para acessar aquele aeroporto, mesmo a área não segura.
A primeira providência foi solicitar a unificação dos bilhetes, para evitar que eventual vedação de sair da área segura em Madri, causasse problemas com check-in e redespacho de bagagens. Como os dois voos eram com a Air Europa, não houve dificuldade.
Lembrando que foi preciso preencher o formulário Spain Travel Health, e gerar o QR-Code respectivo, ainda que fizesse apenas trânsito pela Espanha.
Para o destino (Portugal), bastaria apresentar a prova da vacinação completa.
Entretanto, ao contrário da França, Portugal exige 14 dias desde a última dose da vacina. Com isso, foi necessário apresentar PCR com resultado negativo, já que fazia apenas 10 (dez) dias que havia recebido a segunda dose do imunizante. Contudo, como havia feito o teste a poucas horas do voo em Guarulhos, este ainda estava válido, o que evitou um potencial aborrecimento.
Toda a checagem foi feita previamente ao embarque em Orly, sendo verificados os requisitos tanto da conexão em Madri, quanto do destino (Porto).
Como mencionado, foi requerida a apresentação do QR-Code gerado pelo preenchimento do Spain Travel Health e para o Porto (Portugal), foi exigida a apresentação do teste PCR, com resultado negativo, feito nas 72h antes do embarque. Atendidos os requisitos, foi emitido bilhete físico, com observação de que tudo já estava devidamente conferido.
Com isso, não houve mais qualquer checagem adicional, quer no trânsito em Madri, quer na chegada no Porto.
O voo, como dissemos, foi feito na Classe Executiva da Air Europa. Embora o had-product do modelo-padrão de executiva intra-Europa – basicamente o assento do meio bloqueado, nas primeiras fileiras – em ambos os voos foi oferecido serviço completo de refeições e bebidas, inclusive com talheres e copos/taças decentes.
A chegada ao Porto foi tranquila, não sendo mais necessário apresentar qualquer outro formulário ou resultado de teste PCR – o que havia sido feito no check-in.
Portugal para Alemanha, com conexão na Espanha
Depois de alguns dias em Portugal, foi hora de ir à Munique. Mais uma vez, houve passagem pela Espanha.
O primeiro trecho (OPO-MAD), foi feito na low-cost Ryanair, com bilhete pagante, sendo que o segundo (MAD-MUC), novamente na Classe Executiva da Air Europa, com resgate pela Smiles.
No primeiro voo no Porto, foi apresentado o Certificado Digital de Vacinação do ConecteSUS, além do QR-Code do cadastro no Spain Travel Health Pass, exigido mesmo em caso de trânsito pela Espanha.
No check-in do segundo voo (MAD-MUC), foi pedido o comprovante de vacinação (ConecteSUS) e o QR-Code do formulário de saúde do viajante da Alemanha.
Na chegada a Munique, não houve checagem adicional.
Fronteiras terrestres – Retorno a Portugal, passando por Espanha e França
Com a diversidade de tratamento em relação às restrições de viagens, inclusive quanto à aceitação ou não de vacinas aprovadas pela OMS, mas não aprovadas pela EMA, muita gente tem curiosidade em saber como tem sido a experiência de cruzar as fronteiras terrestres da Europa.
Pois bem, nessa viagem à Munique, Allan retornou ao Porto por via terrestre, cruzando as fronteiras de França e Espanha.
Em nenhuma das fronteiras, houve qualquer abordagem ou fiscalização, tendo dirigido livremente no longo trecho entre Munique e Porto, sem qualquer abordagem de agentes de segurança e/ou sanitários.
Portugal para Holanda, com conexão na Espanha
Como a temporada de viagem foi longa – cerca de dois meses – ainda houve tempo para outra viagem mista. Dessa vez, o destino era Amsterdã, capital da Holanda.
Os voos foram realizados na Classe Executiva da Air Europa. Para a Espanha, as mesmas exigências da viagem anterior: Certificado de Vacinação e QR-Code do cadastro no Spain Travel Health Pass e QR-Code do cadastro no órgão de saúde da Holanda, sem exigências adicionais na conexão.
Na chegada à Amsterdã, não houve checagem adicional.
Fronteiras terrestres II – Retorno da Holanda a Portugal, passando por Bélgica, França e Espanha
Nessa segunda road-trip, Allan voltou a cruzar diversas fronteiras: Holanda-Bélgica, Bégica-França, França-Espanha e Espanha-Portugal.
Além de ter cruzado outras fronteiras, trafegou por outras rodovias, atravessando os países da viagem anterior, em pontos diversos, mais uma vez sem qualquer barreira ou abordagem sanitária.
Porto para Madri
Por fim, era hora de curtir o último destino da viagem: Madri.
Assim, mais uma vez voo em biz da Air Europa, com as exigências que descabe aqui repetir.
Acesso a museus e restaurantes
Outro ponto bastante relevante, é a questão da exigência de passe sanitário para acessar restaurantes, museus e outros equipamentos públicos na Europa, em face das restrições causadas pela pandemia da Covid-19.
O que deve ser enfatizado é a importância de obtenção do Passe Sanitário Francês, que tem status de certificado da União Europeia, sendo aceito largamente pelos países do bloco.
Como Allan teve como primeiro destino a França, pode solicitar esse passe, que se mostrou um grande aliado na viagem, pois era aceito como passe sanitário para acesso a prédios e equipamentos púbicos, além de restaurantes, quando exigido.
Aliás, cabe dizer que apenas nos finais de semana, via-se a exigência de passe sanitário para frequentar restaurantes. Nos dias de menor movimento, as regras tinham aplicação mais flexibilizadas, de maneira geral.
Aliás, mostramos aqui no PP todo o passo-a-passo para que você consiga emitir sem Passe Sanitário Francês, que, como visto, é um item valioso para a sua viagem à Europa.
O retorno – Madri – São Paulo na nova Classe Executiva da LATAM
Pra encerrar, Allan tirou proveito do seu status Black Signature no LATAM Pass, e usou um bilhete-prêmio em Classe Econômica, para aplicar para upgrade para Classe Executiva, o que foi devidamente confirmado pelo Special Service da LATAM em Madri.
Com isso, pode desfrutar da boa experiência à bordo oferecida pela nova Classe Executiva da LATAM, no Boeing 777-300, usando um número reduzido de pontos.
Comentário
Entendemos que o relato de Allan, contribui para termos um panorama geral de como se encontram as exigências de diversos países europeus, inclusive em relação a deslocamentos internos, tanto aéreos quanto terrestres. Em tempos de incertezas sobre regras para viagens internacionais, o relato do nosso Leitor de Primeira é um artigo valioso.
E você, já conseguiu realizar alguma viagem internacional após as recentes reaberturas, ou tem planos de viagem próxima?
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