Os programas de fidelidade devem ser banidos por uma questão ambiental?

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Por Equipe

Um relatório publicado na última quinta-feira pelo Comitê de Mudança Climática do Imperial College London (Committee on Climate Change, em inglês) gerou certa polêmica no mundo da aviação na última semana.

O documento — que tem como objetivo guiar a criação de políticas públicas relacionadas à mudança climática pelo governo do Reino Unido — recomenda que sejam introduzidas legislações para que as companhias aéreas acabem com seus programas de fidelidade.

Segundo publicado, os programas de fidelidade acabam funcionando como incentivo para que “os passageiros frequentes realizem voos adicionais com intuito de manter o status de viajante privilegiado (as chamadas ‘mileage runs’ ou ‘status runs’).” Isso acaba fazendo com que os viajantes aumentem sua pegada de carbono anual de maneira rápida e relativamente barata. Os pesquisadores ressaltam que as emissões de carbono por passageiro de um trecho entre Nova York e Londres é praticamente equivalente à emissão gerada para aquecer uma residência padrão no período de um ano. 


Imposto sobre milhas voadas

O relatório ainda recomenda a adoção de um imposto sobre milhas aéreas, que aumentaria em função da quantidade de milhas percorridas em um ciclo de 3 anos. Ou seja, quanto mais uma pessoa viajar, maior seria o valor do imposto. Essa medida afetaria apenas os viajantes “que tendem a ser mais ricos e menos sensíveis ao preço,” e que representam apenas 15% da população do Reino Unido, que é responsável por 70% dos voos. Além disso, a proposta indica que ao levar em consideração a distância percorrida em milhas e não o número de voos, “o imposto estaria mais intimamente ligado às emissões [de carbono] e cairia mais fortemente sobre aqueles que poluem mais,” tendo pouco efeito no viajante comum.


Banir ou não banir? – Eis a questão.

É difícil ver com bons olhos a proposta de banir programas de fidelidade — principalmente aqui no Passageiro de Primeira. Mas seria tolo não admitir que os programas de fidelidade fazem com que as pessoas acabem viajando mais.

Entretanto, como apontado pelo Ben Schlappig do blog One Mile at a Time, programas de fidelidade provavelmente são ruins para o meio ambiente. Assim como o consumo de carne, dirigir, etc…

Além disso, voar não é o único jeito de gerar milhas e pontos nos programas de fidelidade. Basta ver as promoções de acúmulos de pontos em sites de varejo, uso do cartão de crédito ou mesmo a compra direta de pontos.

Os programas de fidelidade também não são usados único e exclusivamente por passageiros frequentes. Pelo contrário, cada vez mais eles têm se tornado opção para garantir viagens a preços mais baixos para uma parte da população. 

As companhias aéreas parecem estar atentas ao impacto ecológico de suas operações. A Delta, por exemplo, possui um programa para que seus passageiros calculem a sua emissão de carbono e façam doações voluntárias para programas de preservação ambiental. Representantes das companhias aéreas do Reino Unido também afirmaram à CNBC que “a aviação do Reino Unido tem um plano robusto para reduzir as emissões de carbono da aviação e chegar a emissão zero até 2050, sem a necessidade de impor um custo aos viajantes ou colocar o Reino Unido em desvantagem competitiva.”


Abrimos o espaço nos comentários para a discussão. Essa é uma questão complexa e que, talvez, a melhor alternativa seja ponderar os dois lados. O que acha?

Leia o relatório na íntegra (em inglês) clicando aqui.

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