American anuncia a maior reformulação do AAdvantage dos últimos tempos

A American Airlines anunciou agora há pouco uma das maiores mudanças do AAdvantage dos últimos tempos – o programa está sendo redesenhado e a partir do ano que vem a forma de qualificação elite vai mudar. Será possível se qualificar no AAdvantage voando, gastando com o cartão de crédito ou comprando em lojas parceiras – o que chama atenção é justamente a conjunção ‘ou’, que indica que você não precisará voar para atingir uma categoria elite.

“A lealdade deve ser simples, reinventamos nosso programa AAdvantage para um sistema único de pontos que fornece um caminho claro para a obtenção de status”, disse Alison Taylor, executivo da companhia.

Com vocês, ***“Loyalty Point”, ou “Ponto de Fidelidade”***

O “Loyalty Point”, ou “Ponto de Fidelidade” (ainda não sabemos exatamente como a matriz brasileira da companhia irá traduzir o termo) será a única métrica de qualificação do AAdvangate. “As simple as that”!

Para cada uma milha AAdvantage qualificada acumulada, você receberá um “Loyalty Point”.

Você poderá ganhar “Loyalty Points” voando com a American ou em uma de suas companhias aéreas parceiras;
Você poderá ganhar “Loyalty Points” ao usar um cartão de crédito AAdvantage;
E você também poderá ganhar “Loyalty Points” ao fazer compras no AAdvantage Shopping ou jantar em restaurantes diversos através do AAdvantage Dining.

Requisitos de qualificação

Para 2022, foi divulgado o seguinte requisito de qualificação:

Extensão de status

A American está estendendo os status de membros do AAdvantage até 31 de março de 2022. Além disso, qualquer atividade qualificatória recebida entre janeiro e fevereiro contará para o status de 2022 e 2023. Isso dá aos membros do AAdvantage dois meses extras para se qualificarem para ambos os anos.

No futuro, o novo período de qualificação do programa será entre março e fevereiro, com status válido até 31 de março do ano seguinte.

Recompensas

O até então “Elite Choice Rewards” (veja mais aqui) será renomeado para “Loyalty Choice Rewards”. Membros com status Platinum Pro ou superior e que voam em ao menos 30 voos da American ou companhias parceiras poderão escolher prêmios de recompensas, como passes diários do Admirals Club, milhas bônus e upgrades de cabine (systemwide upgrade). Recompensas adicionais estarão disponíveis para desbloqueio à medida que estes membros acumulam mais “Loyalty Points”.

Comentário

Particularmente, eu gosto da ideia de uma métrica de qualificação única (no caso, o Loyalty Point). O programa parece ficar mais simples e didático para aqueles que não dominam o assunto – cá entre nós, as atuais regras do AAdvantage exigem um nível de conhecimento razoavelmente alto. Não é nada fácil lidar com EQDs, EQMs e EQSs.

A parte polêmica é que não será mais preciso voar para se qualificar (o que é, de certa forma, “comum” em programas brasileiros. Estaríamos fazendo escola?). Isso significa, que aquele passageiro que conseguiu um upgrade para a Flagship Business não é, necessariamente, leal. Ele não voou meio mundo ou fez um status run em dezenas de aeroportos para chegar ao Executive Platinum. E isso pode ser bom ou ruim.

Bom, porque sem viajar muito ele teve a oportunidade de conquistar uma categoria elite do AAdvantage pela 1ª vez. Ruim, porque aquele passageiro que viaja muito, não será mais reconhecido por… voar, acumular segmentos de voos e passar ~~horas~~ dias dentro de um avião.

Em outras palavras, voar não será mais a única proposta do primeiro programa de fidelidade aéreo em grande escala da era moderna, que pelo visto, continua com os pés no futuro.

O que você acha dessa mudança do AAdvantage? Será que outros programas estrangeiros vão segui-lo?

Clique aqui para saber mais (em inglês).