Nesta semana, o G1 publicou uma matéria sobre uma passageira tetraplégica que foi esquecida dentro de um avião por mais de um hora. O ocorrido se passou no Aeroporto de Gatwick (LGW), em Londres.
O nome da passageira é Virginia Brignell e ela estava voltando de viagem de Malta, onde passou um feriado – apenas sua segunda viagem internacional. O serviço que a ajudaria a ser retirada do avião foi reservado três meses antes da viagem com a equipe do aeroporto e relembrado duas semanas atrás. Mas ninguém apareceu.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Virginia explicou o ocorrido. “Pouco depois de pousar, a equipe da companhia aérea da British Airways veio até mim e disse que sentia muito, mas as pessoas que deveriam me ajudar a sair do avião não estariam lá por 50 minutos. O tempo passou e me disseram que seria mais meia hora além disso. No final, eu estava esperando uma hora e 35 minutos”.
Ela também explicou o motivo de ter contratado uma equipe para ajudá-la a sair do avião. “Estou paralisada do pescoço para baixo, então não posso usar meus braços ou pernas. Para sair de um avião, preciso de duas pessoas para me levantar do assento do avião em uma cadeira de corredor, que é uma cadeira de rodas estreita especialmente projetada para me empurrar pelo corredor para fora do avião e me colocar na minha cadeira de rodas esperando do lado de fora”.
A história repercutiu nas redes sociais, quando amigos da passageira publicaram fotos dela esquecida na aeronave e questionaram o aeroporto no Twitter:
Hi @Gatwick_Airport my friend with a disability, Victoria, has been left waiting on a plane that’s landed for getting on for an hour now. This is really unacceptable. pic.twitter.com/D4Jxj1LZX1
— Sonia Sodha (@soniasodha) June 4, 2022
Apesar de não ser da responsabilidade da companhia, a British Airways conseguiu tirá-la do avião. Virginia, agora, pretende apresentar uma queixa oficial contra o aeroporto.
Comentário
Nós, PCD’s, sempre somos os primeiros a embarcarmos e os últimos a desembarcarmos, justamente para não atrapalharmos toda logística.
Muita gente não faz ideia, mas essa situação extremamente desagradável que aconteceu com a Victoria não foi o primeiro e duvido que seja o último caso. Eu mesmo já esperei ALGUMAS vezes mais de 30 minutos… fora, às vezes que os operadores dos ambulifts te embarcam no voo errado. Enfim, não podemos dormir no ponto.
Parece piada ou brincadeira de mau gosto, mas juro pra você que não é. Imaginar que esse episódio em Londres aconteceu em pleno 2022, onde a tecnologia é aliada da comunicação é simplesmente inadmissível.
Minha pergunta é: até quando?
Você já presenciou alguma situação parecida? Comenta aí embaixo! 😊
Felipe Alimari
Instagram: @passageirosobrerodas