FAA autoriza Boeing a ampliar produção do 737 MAX

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) autorizou a Boeing a aumentar a produção do 737 MAX para 42 unidades mensais, acima do limite anterior de 38. A decisão representa um passo importante na recuperação da fabricante norte-americana, que não registra lucro anual desde 2018. Confira!

Boeing MAX

“Inspetores da agência realizaram revisões detalhadas para garantir que o aumento de produção seja feito com segurança”, informou a FAA.

O episódio que levou à restrição

O aumento de produção ocorre quase dois anos após um incidente com um 737 MAX 9 da Alaska Airlines, em janeiro de 2024. Durante a decolagem em Portland (Oregon), a tampa de uma porta se desprendeu, obrigando a aeronave a retornar. Embora tenha pousado em segurança, o caso expôs falhas de controle de qualidade e levou a FAA a limitar temporariamente a produção.

Segundo relatório do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB), a Boeing não havia reinstalado parafusos essenciais na tampa antes da entrega da aeronave. O episódio reacendeu dúvidas sobre os processos internos da fabricante e ampliou a pressão regulatória.

Supervisão reforçada e retomada gradual

A FAA destacou que seguirá fiscalizando de perto as linhas de montagem, enquanto a Boeing trabalha com seus fornecedores para ajustar o novo ritmo produtivo.

“Agradecemos o esforço conjunto da nossa equipe, dos fornecedores e da FAA para garantir que o aumento de produção ocorra de forma segura e responsável”, afirmou a fabricante em nota.

O CEO Kelly Ortberg, que assumiu a liderança da Boeing no ano passado, acrescentou que a meta é elevar a produção para 47 aeronaves por mês nos próximos anos, sempre em coordenação com a cadeia de suprimentos.

O aumento de entregas é visto como essencial para a recuperação financeira da Boeing, já que as companhias aéreas pagam a maior parte do valor no momento em que recebem os aviões. A autorização da FAA também é interpretada pelo mercado como um sinal de confiança renovada na fabricante.

Mesmo após enfrentar problemas de qualidade, impactos da pandemia e uma greve em 2024, a Boeing vem retomando gradualmente o ritmo de produção e entregas. O mercado agora acompanha os resultados trimestrais, que serão divulgados em 29 de outubro, para avaliar se o avanço do 737 Max conseguirá estabilizar as finanças da empresa.

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Comentário

Para o setor aéreo, a decisão da FAA pode aliviar gargalos na entrega de aeronaves em um momento de forte demanda global. Para o passageiro, a retomada da confiança no 737 MAX é um lembrete do peso que a segurança e o controle de qualidade têm na aviação comercial.

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