Brasil – um país “quase” esquecido pelas alianças aéreas

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Por Fábio Vilela

Não é de se admirar que um país como o nosso, de dimensões continentais só tenha a oneworld (representada pela LATAM) como aliança aérea perante todas as cias brasileiras? Isto é algo que me deixa com a pulga atrás da orelha!

Desde o fim das operações da Avianca Brasil a Star Alliance também perdeu um aliado aqui dentro – que diga-se de passagem era bem tímido – afinal a empresa não conseguia atender o país como um todo. Já a SkyTeam nunca teve um representante por aqui – que eu saiba mas posso estar errado!

Vejamos o cenário atual brasileiro onde temos 3 grandes empresas líderes de mercado:

  • LATAM – associada à oneworld.
  • GOL – sem aliança.
  • Azul – sem aliança.

Como já sabemos a GOL tem uma forte relação “indireta” com a Skyteam pelo fato de algumas de suas acionistas (Delta, AirFrance e KLM) serem membros da aliança. Porém, como a Smiles – hoje empresa separada da GOL – possui parceiros de outras alianças aéreas – acredito que a associação – neste caso – não seria viável no momento.

Já a Azul, tem ligação forte com a TAP (que é membro da Star Alliance) por causa do David Neeleman – que foi o fundador da empresa brasileira e um dos acionistas do consórcio que venceu pela privatização das empresa Portuguesa. A Azul também mantem (através do seu programa de fidelidade) uma relação próxima com a United – o que teoricamente – aproximaria a empresa ainda mais da Star Alliance.

Porém, eu não vejo – pelo menos a curto prazo – que estas relações evoluam de tal forma que GOL entre para Skyteam e Azul para Star Alliance – mesmo achando que este seria um cenário ideal para nós.

E porque eu estou falando tudo isto? Justamente porque quem mora fora dos principais hub’s internacionais do Brasil (GRU e GIG) sempre sai “prejudicado” de alguma forma e vou citar exemplos:

Um passageiro com status Star Alliance Gold precisa resgatar passagens utilizando milhas do programa da Singapore Airlines (KrisFlyer) para voar entre Frankfurt e Uberlândia, e aí começa as dificuldades:

  • Ele não vai conseguir colocar o trecho de São Paulo e Uberlândia no mesmo bilhete pois não há parceiras que façam este trajeto.
  • Ele não vai conseguir ter embarque, fila e check-in prioritário em rotas internas pois o status Star Alliance Gold não é reconhecido em nenhuma empresa doméstica por aqui.
  • Ele não vai ter sua franquia de bagagem honrada, ou até mesmo peça extra – pois tudo estará em bilhetes separados.

Bom, estes foram só alguns exemplos de situações, mas o mesmo se aplica pra cias da Skyteam e também para o sentido inverso, ou seja Brasil-Exterior. Um passageiro, que como eu, sempre preciso sair de um aeroporto fora do eixo RIO-SP – acabo sempre não podendo utilizar o status/benefício da aliança para chegar até em casa – tirando a LATAM – que pertence a oneworld.

Lógico que não posso deixar de citar que a Smiles tem acordo particular com a Delta/Air France e KLM e permite que clientes viajando em executiva/primeira classe possam ter seu benefício quando em conexão no mesmo bilhete. No caso específico da Delta, os clientes com status elite no Skymiles possuem os mesmos benefícios elite que clientes Diamante – o que também já facilita a vida. E o mesmo se aplica para clientes Diamante voando Delta.

Já os clientes TudoAzul Diamante voando United também recebem alguns benefícios – como check-in e embarque prioritário, mala extra, etc.

Mas mesmo com estes acordos bi-laterais, ainda sim, não estamos amparados de forma global. Afinal um cliente TudoAzul Diamante ou Smiles Diamante não é reconhecido no mundo inteiro perante as cias de todas as alianças aéreas, o que pra quem viaja muito é um ponto negativo – afinal esta situação nos força a manter/acumular milhas e pontos em diferentes programas para termos os benefícios que um status elite te garante.

Da mesma forma um passageiro estrangeiro que possua status na Star Alliance ou Skyteam não poderá usar seus benefícios em todos os aeroportos/rotas domésticas no Brasil – o que é uma pena!

Mas de qualquer forma eu fico me perguntando: será que realmente o nosso país com esta extensão territorial gigantesca não tem potencial econômico para despertar o interesse mais agressivo das alianças aéreas, ou as próprias cias aéreas brasileiras não veem esta necessidade  e por isto não demonstram interesse em se associar à nenhum grupo por ser um processo lento, demorado e altamente caro?

Qual a opinião de vocês?

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