Em agosto do ano passado a LATAM apresentou a sua nova classe executiva, chamada de “Premium Business“. Entre as aeronaves que estão passando por retrofit para receber a cabine temos os wide bodies Boeing 767 e 777. O novo design será também aplicado aos Boeings 787 e Airbus A350 com entrega prevista para os próximos anos.
A primeira aeronave com a nova classe executiva já entrou em operação e não tem rota fixa. Descobri no FlightAware que recentemente ela esteve por Lima, Miami, Nova York, Guayaquil e até por São Paulo (uma única vez).
É um Boeing 767 matrícula CC-CXC da LATAM Peru. Localizei a aeronave no Expertflyer para obter uma informação que ainda não tinha certeza: no B767, a cabine ganhou ou perdeu assentos?
Para responder essa pergunta comparei a nova cabine com os dois antigos modelos de 767 da frota da LATAM.
- B767-300 (ex-LAN)
- B767-300 (LATAM sem retrofit)
Cabines Antigas
A cabine antiga do Boeing 767-300 (ex-LAN) tem o layout 2-2-2 e comporta 18 passageiros.
A cabine antiga do Boeing 767-300 (LATAM sem retrofit) tem o layout 2-2-2 e comporta 28 passageiros.
Nova Cabine
A nova cabine do Boeing 767-300 da LATAM tem agora o layout 1-2-1 e comporta 20 passageiros.
Conclusão
Comparando a nova cabine da classe executiva da LATAM com o modelo ex-LAN, houve um aumento na capacidade em torno de 11% (de 18 assentos no layout anterior, para 20 assentos no novo layout). Por outro lado, comparando a nova cabine com os atuais modelos da LATAM sem retrofit, houve uma redução na capacidade em torno de 28% (de 28 assentos no layout anterior, para 20 assentos no novo layout).
Ao longo dos próximos anos, quando toda a fase de retrofit estiver sido concluída, é de se esperar uma maior dificuldade para encontrar disponibilidade de resgate na Premium Business da LATAM. A grande maioria da frota atual de B767s da companhia é do modelo antigo (de 28 assentos), logo, haverá uma redução no número de assentos em quase todas as aeronaves.
Dito isso, o formato de precificação dinâmica permite que o valor de pontos cobrado para cada emissão flutue (leia mais aqui), o que tende a equilibrar a oferta e a demanda de passagens por milhas (na minha opinião, com uma tendência de aumento no valor médio dos resgates). Além disso, vale lembrar que a partir desse mês clientes elite da LATAM terão 10% de desconto em todas suas emissões – ou seja, são muitos os fatores que influenciarão a disponibilidade desses assentos.
O que você prefere: a facilidade de encontrar disponibilidade na cabine antiga ou a provável dificuldade de encontrar disponibilidade numa cabine mais nova e confortável?