A Boeing anunciou, por meio do Relatório de Investidores (RI), que as entregas do modelo 777X vão ficar para 2025. Para minimizar o estoque e o número de aeronaves que exigem incorporação de alterações, a taxa de produção do modelo está sendo ajustada, incluindo uma pausa temporária até 2023.
Isso resultará em aproximadamente US$ 1,5 bilhão em custos extras a partir do segundo trimestre deste ano e vai perdurar até que a produção do 777-9 seja retomada. O programa 777 também está aproveitando o ajuste de produção do 777-9 para adicionar a capacidade do Cargueiro 777 a partir do final de 2023.
Aumento da produção e entrega do 737 MAX
A Boeing está perto de completar o processo de retomada global das operações do 737 MAX com segurança e a frota voou mais de um milhão de horas totais desde o final de 2020. A taxa de produção do 737 continua a crescer e deve aumentar para 31 aviões por mês durante o segundo trimestre. Dave Calhoun, presidente e CEO da Boeing disse que a fabricante aumentou a produção e as entregas do modelo. “Aumentamos a produção e as entregas do 737 MAX e fizemos progressos importantes no 787 ao enviar nosso plano de certificação à FAA”.
A receita do primeiro trimestre para Aviões Comerciais de US$ 4,2 bilhões recuou ligeiramente, principalmente devido ao cronograma de entregas de aeronaves de grande porte, parcialmente compensada pela maior quantidade de entregas do 737 (Tabela 4). A Margem Operacional de (20,6 %) também reflete custos anormais e despesas do período, incluindo encargos por impactos da guerra na Ucrânia e maiores despesas com pesquisa e desenvolvimento.
O 777X está em desenvolvimento desde 2013 e era esperado para ser lançado em junho de 2020. De acordo com a Boeing, o atraso é devido ao tempo necessário para atender os requisitos de certificação do modelo.
A certificação era esperada até o final de 2023, mas teve de ser postergada novamente. Ela é necessária para que a Boeing possa iniciar as entregas.