Brasil tem um dos testes RT-PCR mais baratos do mundo

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Por Equipe

A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) publicou recentemente uma matéria que analisa o preço do teste RT-PCR [que detecta a COVID-19] com o intuito de alimentar a discussão de que o seu alto custo pode inviabilizar viagens e, consequentemente, a retomada do setor aéreo. Nessa matéria foi divulgado um gráfico mostrando a variação do preço em dólar do teste em 16 países. Para a surpresa de muitos, o Brasil tem um dos valores mais baixos do mundo. A situação para quem faz o teste por aqui é [muito] mais favorável em relação a outros lugares.

IATA COVID-19


Gráfico da IATA

Os países analisados pela IATA foram: Austrália, Brasil, França, Alemanha, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Suíça, Tailândia, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã. Veja o gráfico da Faixa de Custo de Testes PCR (valores em dólares americanos).

Apenas a França, que oferece o teste de PCR gratuitamente, está alinhada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz que os estados não devem cobrar pelo teste ou vacina exigida para viajar, nem pela emissão de certificados. Malásia e Vietnã oferecem um preço mínimo menor que o Brasil, começando por volta de US$25 dólares, no entanto, o preço máximo do PCR nesses países pode chegar até US$150 e US$200, respectivamente.

Já no Brasil o preço mínimo a ser pago pelo teste é de US$50 e o máximo é de US$70. Ou seja, de longe oferecemos o custo mais favorável pelo teste de todos os países do gráfico.


Sobre o estudo

A IATA analisou os custos dos testes RT-PCR – o teste mais exigido pelos governos – em 16 países. Os valores apresentaram diversas variações. Veja abaixo alguns resultados conclusivos:

  • Dentre os países analisados, apenas a França arca com os custos dos testes de viajantes, atendendo à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • Dentre os países analisados, em quinze o viajante arca com os custos dos testes, com valores variando entre US$90 e US$208.

Mesmo considerando o custo mínimo citado acima, a inclusão de testes nas tarifas aéreas aumentaria consideravelmente o custo para os viajantes.

Antes da atual crise sanitária em que vivemos, uma passagem aérea só de ida (por exemplo), incluindo impostos e taxas, custava em média US$200 (dados de 2019). O teste com valor de US$90 aumenta o custo total em 45%, totalizando US$290. Adicione outro teste no destino e o custo só de ida aumentaria 90%, atingindo US$380.

Considerando que são necessários dois testes em cada voo, o custo médio de uma viagem de ida e volta pode subir significativamente de US$400 para US$760 por passageiro. Em uma viagem em família com quatro membros, os valores podem chegar a US$3.040, sendo US$1.440 gastos apenas com testes.

Willie Walsh, diretor geral da IATA, afirmou que os custos dos testes não devem interferir na liberdade de viajar das pessoas. Para o diretor, a melhor solução é que esses custos sejam assumidos pelos governos, pois é sua responsabilidade, de acordo com as diretrizes da OMS. “Não devemos permitir que o custo do teste limite a liberdade de viajar. A retomada das viagens com sucesso significa muito para as pessoas. Os governos devem agir rapidamente para garantir que os custos dos testes não atrasem ainda mais a retomada das viagens”, concluiu Walsh.

Vale ressaltar que a análise feita pela IATA usou como base a realização de dois testes para cada trecho da viagem, sendo um antes de embarcar e outro ao chegar no destino. Porém, cada governo age de acordo com as recomendações de suas autoridades de saúde locais, sendo que há países que exigem o teste negativo para COVID-19, quarentena após a chegada e um novo teste após o período de isolamento, com gastos que devem ser custeados pelo próprio passageiro e países que simplesmente só exigem um teste negativo apresentado no aeroporto de origem.


Posicionamento da OMS

Os Regulamentos Sanitários Internacionais da Organização Mundial de Saúde estipulam que os estados não devem cobrar pelo teste ou vacina exigida para viajar, nem pela emissão de certificados. O Comitê de Emergência da COVID da OMS recentemente reiterou essa posição, pedindo que os governos reduzam os custos impostos para que os viajantes internacionais atendam aos requisitos relacionados ao teste e outras medidas de saúde pública implementadas pelos países. Muitos estados estão ignorando suas obrigações decorrentes de tratados internacionais, colocando em risco a retomada das viagens e milhões de empregos.

Segundo o diretor, a grande variação nos custos dos testes deveria levantar discussões entre os governos. “Como é que o custo mínimo de um teste pode ser de US$77 na Austrália e US$278 no Japão, por exemplo?” disse Walsh. Os dados da Numbeo indicam que o custo de vida em Sydney, na Austrália, e em Tóquio, no Japão, é semelhante.


Comentário

Este é um dos raros momentos que o chamado “Custo Brasil” é menor que o de outros países. Ainda que a Organização Mundial da Saúde recomende que países não cobrem por exames – vacinas, certificados e afins – fato é que o brasileiro está numa posição privilegiada no que diz respeito ao investimento necessário para realizar o teste que detecta a COVID-19. O exame realizado por laboratórios em território nacional, vale ressaltar, é usualmente impresso em duas vias (em inglês e português) e tem aceitação em boa parte do mundo.

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