O Brasil está prestes a implementar o sistema PBCS (Performance-Based Communication and Surveillance) no espaço aéreo sobre o Atlântico, um padrão internacional que promete mudar a forma como os voos transatlânticos são gerenciados. A iniciativa, conduzida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), permitirá operações mais seguras, maior capacidade de tráfego e rotas mais eficientes entre a América do Sul, a Europa e a África.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que a medida fortalece a conectividade internacional: “O PBCS representa um marco para a aviação civil brasileira. O Brasil está adotando um padrão internacional que amplia a segurança, garante mais eficiência nas rotas e fortalece a conectividade com outros países.”
O que é o PBCS?
O PBCS é uma iniciativa da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). Ele estabelece padrões de desempenho para comunicação entre pilotos e controladores e para o monitoramento de aeronaves em áreas sem radar. Hoje, a ausência de infraestrutura convencional no meio do Atlântico exige uma distância maior entre aviões.
Com a aplicação do novo sistema, essas separações poderão ser reduzidas de forma segura. Isso abrirá espaço para mais voos nas rotas transatlânticas e garantirá maior previsibilidade operacional. Além disso, o Brasil passa a se alinhar às melhores práticas internacionais, reforçando seu papel como referência na modernização da aviação global.
Como funciona o sistema
Para operar de forma segura, o PBCS exige que aeronaves, centros de controle e provedores de comunicação atendam a dois parâmetros:
- RCP (Performance de Comunicação Requerida): rapidez e confiabilidade na troca de mensagens entre piloto e controlador.
- RSP (Performance de Vigilância Requerida): precisão e velocidade no envio da posição da aeronave ao centro de controle.
Esses requisitos garantem que mensagens sejam entregues em até quatro minutos e dados de posição em até três minutos. Assim, a comunicação se torna mais confiável e o monitoramento mais constante. Outro recurso importante é o ADS-C, que transmite automaticamente a posição e a rota prevista do avião. Dessa forma, o controlador acompanha o voo em tempo real, mesmo em áreas sem cobertura de radar.
A primeira fase do projeto deve ser inaugurada até o fim de 2026. Segundo o Decea, a expectativa é reduzir pela metade as atuais separações entre aeronaves no Atlântico. Isso significa mais espaço para novas operações, maior eficiência e melhor aproveitamento do tráfego aéreo.
Eficiência, segurança e sustentabilidade
A Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) reforça que o PBCS traz ganhos diretos em segurança. Com padrões mais rigorosos de comunicação e vigilância, reduz-se o risco de incidentes causados por falhas de contato ou perda de monitoramento.
Além disso, os voos poderão seguir rotas mais diretas, o que reduz desvios, economiza combustível e encurta o tempo de viagem. Essa eficiência operacional se reflete também no meio ambiente, já que as emissões de gases de efeito estufa caem. Assim, o sistema contribui para a competitividade do setor e para os compromissos de descarbonização assumidos pelo Brasil.
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Comentário
Para o viajante, a adoção do PBCS significa voos mais diretos, menor tempo de viagem e uma experiência mais confortável. Além disso, a redução no consumo de combustível pode se refletir em tarifas mais competitivas no longo prazo, enquanto o ganho em segurança aumenta a confiabilidade das rotas entre Brasil, Europa e África.
Saiba mais sobre a notícia no site do Governo do Brasil.