O CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, disse em um evento que a companhia aérea só traria metade de sua frota de 10 A380s de volta ao serviço quando a demanda por viagens aéreas começar a retornar aos níveis pré-COVID-19, enquanto a outra metade não voltaria mais aos serviços.
O A380 chegou às mãos da Qatar Airways em 2014, com a última aeronave do modelo a ser entregue em 2018, totalizando 10 jatos. Ele é a única aeronave da Qatar Airways equipada com cabine de Primeira Classe – completa com bar. Ao perguntado sobre o motivo de tomar a decisão, o CEO apenas disse o seguinte: “O A380 é uma das piores aeronaves em termos de emissão que voa hoje. É por isso que decidimos que não vamos operá-lo no futuro e, se operarmos, será a metade do número que temos hoje”.
A sustentabilidade é uma pauta cada vez mais levantada por companhias aéreas de todo o mundo. Muitas assinaram o compromisso de reduzir a emissão de combustível fóssil, outras estão buscando novas fontes de combustível para o futuro – o fato é que, além de não ser tão prejudicial ao meio ambiente, aeronaves que não gastam tanto combustível também são mais economicamente viáveis às companhias aéreas.
Durante o longo recesso causado pela pandemia de coronavírus, pudemos ver diversas companhias dizendo adeus às aeronaves mais antigas tanto para oferecer aos passageiros aviões mais modernos e tecnológicos, tanto para reduzir gastos com o combustível. Portanto, apesar de dura, a decisão da Qatar em tirar de serviço 50% de sua frota de A380 é compreensível, uma vez que o corte dessas aeronaves ajuda a reduzir o custo operacional da companhia.