Depois de um período de tensão entre as duas maiores economias do mundo, a China voltou a permitir a entrega de aeronaves da Boeing. A decisão chega logo após uma trégua comercial temporária com os Estados Unidos, que reduziu tarifas de importação de ambos os lados. Para a Boeing, a liberação representa um alívio imediato, e um possível recomeço no relacionamento com um de seus maiores mercados globais. Confira!

Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da Boeing em Washington em imagem de 2019 Foto: Lindsey Wasson/Arquivo/Reuters
Fôlego para a Boeing e trégua de 90 dias
A suspensão das entregas durou cerca de um mês e foi consequência direta da guerra tarifária iniciada ainda no governo Trump. Com o novo acordo, os Estados Unidos reduziram suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China cortou as próprias tarifas de 125% para 10%, ambas as medidas com validade de 90 dias.
Durante esse período, as companhias aéreas chinesas ganharam liberdade para reorganizar seus cronogramas e retomar, conforme suas próprias condições, a entrega de aeronaves já encomendadas. Estima-se que cerca de 50 jatos da Boeing estejam prontos para serem entregues à China ainda este ano.
Para a Boeing, isso significa economia de tempo e custos, além de pagamentos importantes que dependem da conclusão das entregas. Antes da liberação, a fabricante americana já vinha se preparando para buscar compradores alternativos para os aviões prontos, com países como Índia, Malásia e Arábia Saudita demonstrando interesse.
Concorrência com a Airbus
A fabricante americana foi profundamente afetada por disputas comerciais e por crises internas. Desde 2018, a Boeing não recebe pedidos significativos da China, que passou a favorecer a concorrente europeia Airbus.
Além disso, a reputação da empresa ficou abalada após os acidentes com o 737 Max e, mais recentemente, um incidente com um tampão de porta durante um voo em janeiro de 2024. A China, aliás, foi o primeiro país a suspender as operações do 737 Max em 2019, o que agravou ainda mais o distanciamento comercial.
A devolução de aeronaves e a paralisação das entregas foram um dos reflexos mais visíveis dessa relação desgastada. A nova liberação, ainda que temporária, pode reabrir o diálogo comercial entre as partes e recolocar a Boeing como fornecedora estratégica na Ásia.
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Comentário
A retomada das entregas é uma boa notícia não só para a Boeing, mas também para o mercado global de aviação, que depende da estabilidade entre grandes potências.
Apesar de a trégua ter prazo definido, ela mostra que ainda há espaço para negociações construtivas. Com a China representando 20% da demanda mundial por aeronaves nas próximas décadas, resta saber como a Boeing vai reconquistar esse mercado em meio à forte concorrência da Airbus e o que deverá acontecer após esses 90 dias.