Pessoal, hoje (10/07) a Airbus revelou os novos A220 em uma cerimônia no seu Delivery Center, perto de Toulouse, na França. Os aviões são parte da antiga Série C da Bombardier. O maior deles, o CS300 agora é chamado A220-300 enquanto o menor, o CS100, agora é chamado A220-100.
MAS O PORQUÊ DOS NOVOS NOMES?
A série C da Bombardier passou por um capítulo bem dramático nos últimos anos. A ideia da empresa canadense era criar uma aeronave pequena que fosse um intermediário entre os jatos comerciais e os aviões maiores da Airbus e da Boeing.
Depois de anos de desenvolvimento e atrasos de produção, em junho de 2016 a linha entrou em operação com 14 aviões vendidos, 9 para a Swiss Airlines e 5 para a airBaltic.
Apesar das vendas iniciais a Bombardier parecia desesperada por pedidos de empresas americanas para, finalmente, provar a viabilidade da nova série. Foi então que a Delta encomendou 75 aeronaves CS100. Entretanto, as condições do acordo e o preço insustentável de 20 milhões de dólares por cada avião (o preço original era de 80 milhões de dólares) fizeram com que a Boeing prestasse uma queixa ao Departamento de Comércio dos EUA, alegando que subsídios do governo Canadense ajudaram a Bombardier a colocar as aeronaves no mercado americano a um preço abaixo do de produção. Com isso, o governo Trump instaurou uma tarifa de quase 300% para os novos aviões, o que inviabilizava o acordo com a Delta, que se recusou a fechar o pedido se precisasse pagar a tarifa.
E quando toda a operação parecia destinada ao fracasso, a Airbus adquiriu 50,01% do programa Série C. Com isso, as aeronaves destinadas ao mercado americano agora passarão a ser produzidos na fábrica da Airbus no Alabama, o que as tornam produtos Americanos logo, não estarão sujeitas aos quase 300% de tarifa de importação. Enquanto isso, o restante da produção continua na Fábrica da Bombardier, no Canadá.
Com a adição da série C à família Airbus, as aeronaves foram renomeadas e repintadas nos padrões da empresa francesa.
AS AERONAVES
As aeronaves A220 possuem layout 3×2, ao que tudo indica, mais espaçosas que os E-jet da Embraer, o principal concorrente. Os bins também são mais espaçosos e acomodam até 3 bagagens de rodinha, uma por passageiro.
RESPOSTA DA BOEING
Como resposta à ação da Airbus junto da Bombardier, a Boeing anunciou alguns dias atrás uma joint-venture com a Embraer para conseguir entrar no mercado de aeronaves pequenas.
Por enquanto a Airbus já recebeu mais de 400 pedidos das novas aeronaves.
O PASSAGEIRO DE PRIMEIRA ESTEVE LÁ!
O Fábio foi pessoalmente acompanhar o lançamento das novas aeronaves la na França. Confira abaixo algumas fotos. A cobertura completa você acompanha pelos stories lá no Instagram @fabiovilela.
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O que acharam dos novos modelos?