O Green Gateway, um hub multimodal de emissão zero e altamente sustentável, foi nomeado o vencedor do 2020 Fentress Global Challenge (FGC), uma competição anual global de design de aeroportos para estudantes conduzida pela Fentress Architects.
De acordo com a empresa, mais de 100 projetos de design de aeroportos foram enviados, de estudantes em mais de 15 países, com a competição deste ano desafiando os participantes a imaginar a mobilidade aeroportuária no ano de 2100. “Uma profunda paixão pelo design e uma mentalidade criativa são a pedra angular de qualquer inscrição de concurso de design de sucesso”, disse Curtis Fentress, da Fentress Architects. “A cada ano, as inscrições que recebemos são mais inovadoras, animadas e dinâmicas do que no ano anterior, o que mostra uma perspectiva empolgante para o futuro do design de terminais. Estamos muito impressionados com os vencedores deste ano e com cada inscrição que recebemos”.
O prêmio do primeiro lugar está avaliado em US$ 15.000, o segundo lugar US$ 3.000, o terceiro lugar US$ 2.000 e os dois vencedores do People’s Choice Awards receberam US$ 1.000, cada.
O Conceito Vencedor
O conceito vencedor, projetado por Nikhil Bang e Kaushal Tatiya do Instituto de Arquitetura do Sul da Califórnia (SCI-Arc), transforma o Aeroporto Internacional Indira Gandhi (Nova Delhi, Índia) em um centro multimodal sustentável e com visão de futuro que atenua os impactos ambientais das viagens aéreas e aumenta a mobilidade em Nova Delhi – uma das cidades mais populosas e poluídas do mundo. O projeto, apelidado de ‘Green Gateway’, propõe um futuro onde os aeroportos são mais do que edifícios: eles fornecem uma conexão contínua com o contexto cultural do lugar, desde seu planejamento até sua forma e materialidade.
Abraçando estratégias de design sustentável de aeroportos, o conceito de emissão zero apresenta um sistema descentralizado de um terminal central e seis torres espalhadas pela cidade. As torres têm um propósito duplo, funcionando como centros de purificação de ar e estações para carros voadores. Esta solução melhoraria significativamente a mobilidade na cidade, substituindo os voos domésticos, conhecidos como uma das principais fontes de poluição.
A submissão dos alunos descreve o projeto do aeroporto como “emissão zero nos níveis macro e micro, melhorando a mobilidade pela cidade ao substituir o voo doméstico como uma das principais fontes de poluição e tornar as viagens aéreas uma questão mais pessoal”.
Segundo Lugar
Como são as viagens e o transporte em 2100? De acordo com o vencedor do segundo lugar Dušan Sekulic – um estudante da Universidade de Ljubljana, Eslovênia – pods totalmente autônomos, cadeiras de direção, navegação alimentada por inteligência artificial e aeronaves de decolagem e pouso vertical (VTOL) serão ingredientes essenciais para projetar a experiência das próximas gerações nos aeroportos.
O conceito propõe reimaginar o Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson Atlanta (ATL) – o aeroporto mais movimentado do mundo – como um aeroporto drive-in onde os pods individuais com cadeiras direcionais levam os viajantes diretamente para as aeronaves. Aproveitando a reputação de Atlanta como uma “cidade na floresta”, o novo ATL contará com uma abordagem de design ecológico, fundindo o aeroporto com o horizonte da cidade para criar um “aeroporto na floresta”.
Terceiro Lugar
O terceiro lugar deste ano respondeu a uma realidade cada vez mais importante: como o design pode preparar aeroportos localizados em cidades litorâneas de alta densidade para se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas. A cidade flutuante Aero, projetada por Yuanxiang Chan, Chaofan Zhang e Zhuangzhuang King da Universidade Jiaotong de Pequim, oferece uma abordagem altamente visionária para o design sustentável.
Localizado em Hong Kong, o aeroporto responde às condições climáticas subtropicais do local e aos problemas de alta densidade. Flutuando no mar de Hong Kong, a plataforma móvel tridimensional do aeroporto reduz o impacto no terreno natural, enquanto aumenta a disponibilidade de terreno. A forma vertical da estrutura reduz significativamente o tempo que os passageiros levam para chegar do check-in ao embarque, melhorando a experiência geral do passageiro. As estratégias de design sustentável incluem iluminação natural, geração de energia por meio das marés, uma pista circular e aeronaves movidas a hidrogênio.
People’s Choice Awards
O Vertebrae, projetado por Yi Yang Chai e Sharon Cho da University of Malaya, ganhou o prêmio #1 People’s Choice Award com mais de 6.200 votos do público. O design biofílico harmoniza o ambiente construído com a natureza para criar uma “cidade-jardim” – o futuro arquétipo do aeroporto que forma uma representação contextual de sua cultura. Localizado em Cingapura, o conceito infunde uma abordagem biofílica e sustentável em cada elemento do design para reformular o aeroporto como um modelo de sustentabilidade enquanto amplia a identidade nacional do país.
Obtendo mais de 5.900 votos do público, o Aeroporto O’Pon the Hill recebeu o prêmio nº 2 na escolha das pessoas. Projetado por Ridwan Arifin, Imaduddin Dhia Ul-Fath e Ervin Dwiratno da Universidade de Tecnologia de Yogyakarta, o conceito combina cultura, história e tecnologia para prever o futuro do Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago. Este terminal futurista possui um Smart Air Pad para acomodar decolagem e pouso vertical. Equipado com nanotecnologia, o Smart Air Pad examina o desempenho de aeronaves. Além disso, os People Mover Pods movimentam os passageiros pelo terminal, melhorando a circulação e a experiência geral do passageiro.
Para conhecer os vencedores dos anos anteriores, acesse o site do Fentress Global Challenge.
Qual design você mais curtiu ou de qual ideia você acha que os nossos aeroportos estarão mais próximos em 2020?