Desafios de um cadeirante em Paris

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Por Felipe Alimari

Oi pessoal! Para quem ainda não me conhece, meu nome é Luis Felipe Alimari e faço parte da equipe do PP. Hoje vim falar sobre os desafios de um cadeirante em uma das principais cidades do mundo: Paris!

França Paris (1)

Todo mundo sonha em conhecer algum lugar nesse mundão e comigo não foi diferente! Desde a adolescência eu desejava conhecer muitos lugares, mas meu foco era a cidade francesa. Só de imaginar a cidade luz, os meus olhos já brilhavam.

Então, a minha primeira viagem intercontinental não poderia ter sido pra outro destino… E o percurso não poderia ter sido melhor: voei de Qatar Arways (que tanto amo) de Guarulhos (GRU) para Barcelona (BCN) e, após mais uma perna, finalmente pude realizar o meu sonho de conhecer uma das cidades mais visitadas do mundo, a minha tão desejada Paris.


Chegando em Paris

Assim que desembarquei no aeroporto de Paris – Charles de Gaulle (CDG) – já tive uma prévia de como a cidade podia ser bela e desafiadora ao mesmo tempo.

Um fato que me chamou atenção foi que, durante todo percurso do aeroporto até o meu hotel – que ficava no arrondissements 11 (como são chamados os bairros em Paris) -, não visualizei nenhum cadeirante nas ruas (sempre utilizo esta referência como um termômetro de acessibilidade). Fica a dica: Os 20 arrondissements são organizados em caracol: quanto mais central, menor é o número.


Pontos turísticos

Sempre que viajo, gosto de “rodar” o máximo possível a pé, pois acredito que seja o melhor jeito de conhecer bem a cidade. Segue meu relato de ACESSIBILIDADE ao visitar os principais pontos turísticos em Paris.

Museu do Louvre

O museu é totalmente acessível! Desde a sua entrada até uma das principais obras, que é o quadro da Monalisa, pessoas com deficiência têm preferência e não precisam ficar na fila para apreciar. Eu achei o Louvre um verdadeiro labirinto, mas vale muito a visita. É uma verdadeira aula de história e certamente é um dos museus mais famosos do mundo.

A única ressalva é que a sinalização do acesso dos elevadores poderiam melhorar, pois não são fáceis de encontrar.

Catedral de Notre Dame

Uma das igrejas mais lindas que já visitei na vida e felizmente é acessível para cadeira de rodas.

Centro Pompidou

O Centro Pompidou é um complexo Cultural, com uma arquitetura muito interessante, e é totalmente acessível para cadeirante.

Torre Eiffel

A Torre é uma das principais atrações mundiais, portanto, se estiver em Paris, é quase que obrigatório sua visita ao monumento. Para minha grata surpresa ela é acessível para cadeirante, exceto no último andar e o melhor de tudo, sem precisar enfrentar aquelas enormes filas. Nós cadeirantes possuímos prioridade para subirmos a torre.

https://www.instagram.com/p/BlW_p1SninB/

Parc de la Villette

É o maior parque da cidade de Paris e sua segunda maior área-verde (depois do Cemitério do Père-Lachaise), com 55 hectares. O parque abriga construções públicas voltadas à ciência e à música, além de muitos “follies”, que são elementos arquitetônicos construídos em jardins com formas e funções distintas.

Ele é um pouco afastado, mas vale muito a visita. É totalmente acessível para cadeirante e me surpreendeu demais.

cadeirante Paris

Arco do Triunfo e Sacré Cœur

Infelizmente esses dois pontos turísticos não possuem acessibilidade e, por isso, não pude visitar.

cadeirante Paris


Transporte público em Paris

Uma das coisas que mais gostei de fazer em Paris foi passear pelo Rio Sena, que corta a cidade ao meio e também poder passear no Bateaux-Mouches que é totalmente acessível. Uma dica que dou é fazer esse passeio no final da tarde, inicio da noite, para ver o pôr do sol e depois a cidade toda iluminada, é lindo demais.

Já com o transporte tive muuuuuitos problemas. No ônibus turístico, L’Open Tour, a cadeira de rodas não passava na porta e o ônibus dizia ser acessível. Mas o maior perrengue que passei em Paris foi no metrô, pois a maioria das estações não eram acessíveis e fiquei quase 1h tentando achar uma que tivesse elevador e nada; quando tinha estava estragado.

Mudei de linha umas três vezes e cada vez mais o meu destino ficava distante. Até que resolvi descer na estação central para pedir ajuda no escritório da RAPT (empresa responsável pelo metrô de Paris) e para minha infelicidade, ninguém sabia dar informações precisas de quais estações eram acessíveis… Depois de muita “luta” desisti e foi aí que dois anjos da guarda me ajudaram a subir uma enorme escadaria e finalmente consegui sair da estação. Foi horrível! Maaaaas, conheci Paris, conheci lugares que nem imaginava, e isso foi demais!


Comentário

Certamente tem muito a melhorar, mesmo assim, no meu ponto de vista, Paris vale muito a pena. Para nós PCD’s (pessoas com deficiência) é preciso de um estudo prévio da cidade, principalmente do transporte público. Não conheci tudo o que gostaria devido a falta de acessibilidade, mas em breve, pretendo voltar e ver se já melhorou.

Deixem aí a sua dica sobre Paris também!

Felipe Alimari
Instagram: @passageirosobrerodas

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