Econômica juntos ou Executiva separados? O dilema de uma família de quatro pessoas em passagens com milhas

Poder interagir com vocês, nossos leitores, é a uma das coisas que eu mais gosto aqui no Passageiro de Primeira. Seja no site ou nas redes sociais, gosto de papear! Sempre que consigo, converso com muito de vocês sobre vários assuntos. Nesta segunda-feira (27), em uma dessas trocas, tive a ideia de escrever esta matéria: Econômica juntos ou Executiva separados? Este é um dilema que eu, com dois filhos, em uma família de quatro pessoas, já precisei enfrentar. Vamos falar sobre esse assunto em uma discussão aberta?

Entenda a situação

No dia de ontem (27), em uma matéria educacional em que ensinávamos como viajar para Maldivas usando milhas e pontos, o leitor Sergio de Oliveira perguntou sobre como se comportava a disponibilidade de assentos com milhas em cada uma das companhias aéreas. A Ana deu uma resposta completinha, vejam abaixo:

No final do ano passado, eu estava começando a planejar uma viagem em família. Conforme informei no início da matéria, aqui em casa somos uma família de quatro pessoas. Por isso, sempre priorizo nas minhas pesquisas rotas com companhias aéreas que, de acordo com a minha experiência, sei que costumam liberar os assentos que preciso para viajarmos todos juntos. Uma dessas companhias é a Qatar Airways. No entanto, como a Ana bem escreveu, a Qatar costuma liberar até quatro assentos na Classe Executiva, mas ultimamente, na rota entre São Paulo (GRU) e Doha (DOH), tem liberado apenas duas por voo.

Acontece que, dependendo do dia, são operados mais voos entre as duas cidades e, na época em que realizei minhas pesquisas, encontrei disponibilidade em três voos para chegar até a Ásia em Classe Executiva. No entanto, havia um porém: no trecho entre São Paulo (GRU) e Doha (DOH), só encontrei duas vagas por voo. Neste caso, a viagem só seria possível se eu e minha família voássemos separados neste primeiro trecho. Sendo assim, eu e um filho iríamos em um voo, enquanto minha esposa com meu outro filho, no outro, nos encontrando em Doha para seguir para a nossa conexão. A alternativa seria então irmos todos de econômica, mas juntos.

Econômica juntos ou Executiva separados?

Em casa, o assunto rendeu! Por um lado, é claro que queríamos viajar todos juntos. Se tivesse essa opção em executiva, a escolha já estaria feita! Entretanto, não foi essa a situação com a qual nos deparamos. Pensei bastante e ponderei vários fatores que deixarei a seguir:

1) Duração da viagem – Se fosse um voo curto, como uma ida para Buenos Aires, provavelmente eu nem teria essa discussão: iria de econômica e ponto final! Mas estávamos falando de Japão ou Tailândia. Neste caso, dois voos acima de pelo menos 10 horas de duração. Ou seja, viajar em Classe Executiva faria bastante diferença.

2) Custo – O custo para irmos todos de executiva pagante juntos seria alto e eu não estava disposto a pagar nesta viagem. Com toda certeza, para ir de executiva, somente utilizando minha milhas. Inclusive, um excelente forma de maximizar essa emissão é utilizar os avios do Privilege Club – que ainda permitiria que o segundo trecho, no caso da Tailândia, fosse na Primeira Classe do A380 da Qatar, mantendo o mesmo custo do trecho na executiva.

3) Morte – Conheço casais que, quando viajam sem filhos, não vão no mesmo voo por medo de num eventual acidente e assim evitar que os filhos fiquem órfãos. Apesar de não pensar muito nisso, tive alguns pensamentos ruins. De certo modo, considerando essa situação horrível, prefiro viajar todos juntos.

4) Alternativas – Aqui em casa o importante é sempre viajar! Seja de econômica ou de executiva, nunca deixaremos de viajar pelo fato de estar ou não em uma cabine premium. As milhas ajudam – e muito! – a viajar com mais conforto. Mas a classe econômica jamais deixará de ser uma opção. Ao mesmo tempo, confesso que a disponibilidade de passagens com milhas influencia a escolha do destino. Neste caso, nós tínhamos algumas alternativas interessantes disponíveis no mercado: Japão, Tailândia, Israel ou Nova Zelândia eram algumas das nossas escolhas, então, não havia obrigatoriedade de ir somente para um lugar específico.

Quais outros fatores considerar?

Para tomar a decisão final, na minha opinião, também é importante considerar um outro fator importantíssimo: o descasamento de datas. Explico: viajar em voos separados, desde que ambos cheguem no mesmo dia, é uma coisa. Pode acontecer, no entanto, da disponibilidade estar em voos em dias diferentes, sendo um ou dois dias depois do outro. Neste caso, minha família chegaria em datas diferentes no destino.

Veja abaixo alguns exemplos que ilustram essa situação em voos entre São Paulo (GRU) x Doha (DOH) na Executiva da Qatar, disponível no programa da companhia, o Privilege Club. O custo por trecho para este exemplo é de 70.000 avios:

São Paulo (GRU) x Doha (DOH) – 29/01/2025 (2 assentos em voos separados)

São Paulo (GRU) x Doha (DOH) – 26/01/2025 (2 assentos)

São Paulo (GRU) x Doha (DOH) – 27/01/2025 (2 assentos)

Outra situação que pode acontecer é de chegar no mesmo dia, mas em aeroportos diferentes. Por exemplo, numa viagem para o Japão, metade da família chegando em no Aeroporto de Haneda (HND) e a outra metade em Narita (NRT). Ou então, em Nova York, no Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) e no Aeroporto de Newark (EWR). Para mim, tais situações são motivos mais que suficientes para que eu decida não viajar separado.

Comentário

Não acho que tem certo ou errado. No final das contas optamos por um outro destino. Conseguimos emitir uma passagem para Nova Zelândia, juntos 😊, ida em executiva e volta em econômica (acontece, rs).

E você, já precisou enfrentar esse dilema? Na sua casa, numa situação similar, seja apenas com seu parceiro, família ou amigos, você optaria por ir de ECONÔMICA JUNTOS ou EXECUTIVA SEPARADOS? Deixe sua opinião nos comentários!