A American Airlines, a oneworld e a British Airways, conduziram um estudo em que mostram que testes da COVID-19 mais amplos podem atrair mais turistas em viagens. O estudo é sustentado pela análise de pesquisadores da Universidade de Oxford, que analisaram passageiros em voos dos Estados Unidos para a Inglaterra.
Sobre o estudo
O estudo do Oxford Internet Institute (OII), chamado de Trust, Testing and Travel, Technology Use, Traveler Knowledge e Compliance with COVID-19 Health Rules, analisou dados de quase 600 viajantes que participaram voluntariamente em alguns voos dos Estados Unidos para Londres Heathrow (LHR), entre novembro de 2020 e março de 2021. O estudo ofereceu três testes COVID-19 gratuitos, realizados durante a viagem.
O teste era opcional e estava disponível para clientes qualificados viajando em voos selecionados operados pela American Airlines e British Airways dos EUA para Londres Heathrow (LHR). Para garantir uma ampla análise, o teste foi oferecido em voos selecionados partindo de oito aeroportos dos EUA para Londres, incluindo:
- Boston (BOS);
- Charlotte (CLT);
- Chicago (ORD);
- Dallas-Fort Worth (DFW);
- Los Angeles (LAX)
- Miami (MIA);
- Nova York (JFK);
- Washington (IAD).
Os passageiros que participaram do estudo, conduzido em duas fases, fizeram um PCR 72 horas antes da partida; outro na chegada ao Aeroporto de Londres e um terceiro teste realizado entre três a cinco dias após a chegada ao Reino Unido.
Resultados do estudo
Na primeira fase do teste, apenas 1% dos viajantes que fizeram o teste em até 72 horas da partida tiveram resultado positivo e, como resultado, não viajaram. Nenhum dos viajantes que fizeram o teste na chegada ao aeroporto londrino apresentou resultado positivo. Dos viajantes que fizeram o terceiro teste depois de chegar ao Reino Unido, apenas 0,4% dos viajantes tiveram resultado positivo.
A análise feita por pesquisadores do Oxford Internet Institute sugere que os resultados dos testes foram “amplamente consistentes” com os programas de testes anteriores na indústria da aviação. As empresas envolvidas também ressaltam que 99,7% dos viajantes disseram que estavam satisfeitos em cumprir os requisitos de teste do COVID-19 como uma alternativa à quarentena após viagens internacionais e estão dispostos a pagar por testes acessíveis.
Quase 70% dos viajantes disseram que viajariam se fossem obrigados a fazer um teste COVID-19 72 horas antes da partida. O mesmo número disse que estariam dispostos a fazer um teste COVID-19 antes da partida e também após a chegada. Mais de 70% dos viajantes disseram que provavelmente viajariam se precisassem fazer um teste no aeroporto antes da partida, e cerca de 75% dos viajantes estão dispostos a fazer o teste no aeroporto na chegada ao seu destino.
Questionados sobre o quanto estariam dispostos a pagar, quase 80% dos viajantes disseram que pagariam pelo teste COVID-19, com a maioria disposta a pagar US$50 (aproximadamente 252 reais) ou menos por cada teste. Apenas 15% dos viajantes estão dispostos a pagar mais de US$100 (aproximadamente 530 reais) pelo teste COVID-19.
A American Airlines, a British Airways e a oneworld disseram que o estudo de Oxford reforça ainda mais que os passageiros estão dispostos a fazer mais testes de COVID-19, do que realizar a quarentena obrigatória. “O estudo de Oxford reforça ainda mais que os clientes estão dispostos a se submeter ao teste COVID-19 como alternativa à quarentena. Os resultados do ensaio sublinham o papel importante que o teste pode desempenhar na reabertura segura de viagens internacionais, incluindo rotas extremamente significativas entre os EUA e o Reino Unido”.
As empresas finalizaram avisando que a acessibilidade é fundamental para os passageiros viajarem e também disseram que estão prontas para fazer parceria com governos e o setor privado para fornecer ainda mais opções de testes. “A acessibilidade do teste é crucial para os viajantes, e estamos prontos para fazer parceria com governos e o setor privado para oferecem opções de teste acessíveis para nossos clientes que desejam ou precisam viajar novamente”.
As descobertas do estudo de Oxford serão compartilhadas com governos e partes interessadas, um acréscimo a outros estudos que mostram como os testes COVID-19 abrangentes podem fornecer aos governos a confiança de que precisam para eliminar as restrições de entrada e permitir que as viagens sejam retomadas com segurança.