Brasileiros e viajantes de países cuja situação com o coronavírus não estiver controlada estarão proibidos de entrar em países da União Europeia quando as fronteiras forem reabertas. A decisão que veio da própria UE é uma medida de precaução com um eventual novo contato com o vírus nos países que integram o bloco.
Entre os parâmetros que serão usados para permitir a entrada de estrangeiros estão o número de novas infecções, a tendência da epidemia (se aumentou ou foi controlada) e as políticas dos governos para combater o vírus, como testes, rastreamento de contatos e medidas de prevenção de contágio.
A comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, disse que a situação epidemiológica de cada nação será o principal critério de decisão sobre quem terá acesso ao território europeu, e a lista será ampliada aos poucos. “Como a situação da saúde em certos países permanece crítica, a Comissão não propõe um levantamento geral da restrição de viagens nesta fase. A restrição deve ser levantada para os países selecionados com base em um conjunto de princípios e critérios objetivos”, afirma a UE em comunicado.
Conforme apurado pela Folha de São Paulo, o Brasil tem o segundo maior número de casos no mundo e caminha para ultrapassar o Reino Unido e ter o segundo maior número de mortes – mostram dados de um consórcio formado por veículos jornalísticos brasileiros. Além disso, a taxa de contágio no Brasil também continua acima de 1, o que indica transmissão fora de controle.
Além da situação com a pandemia, o bloco também vai avaliar a capacidade de aplicar medidas de contenção durante a viagem e medidas de reciprocidade (ou seja, barrar a entrada das nações que não abrirem suas portas aos europeus). A Comissão Europeia também quer que todos os países membros e os outros quatro que fazem parte da zona Schengen (Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein) encerrem todos os controles de fronteiras internas até 20 de junho, e recomendam que a abertura seja feita já na próxima segunda (15).
A restrição à entrada de não europeus, que expira no dia 15, será prorrogada até 30 de junho e, segundo a comissária, a abertura a viajantes de fora do bloco e da zona Schengen deveria acontecer apenas depois que os controles internos forem retirados.
No caso dos países que ficarem fora da lista de acesso, poderá haver exceções para familiares de residentes na União Europeia e da zona Schengen, estudantes internacionais e trabalhadores não qualificados considerados essenciais.
Mais informações no comunicado da União Europeia.