A GOL anunciou o contrato de venda e arrendamento de 11 aeronaves de modelo 737 NG com a Carlyle Aviation. Com isso, a companhia aérea disse que está acelerando a renovação de sua frota, aonde pretende substituir os NGs restantes, pelo 737 MAX.
Desde 2005, quando a GOL firmou seu primeiro pedido de 80 aeronaves Boeing 737s, a Companhia obteve mais de R$1,5 bilhões em ganhos em seu portfólio de aeronaves. O pedido possuía 40 aeronaves financiadas com uma garantia do Ex-Im Bank dos EUA e 40 aeronaves financiadas por transações de venda e arrendamento.
Todas as aeronaves da GOL foram vendidas para partes não relacionadas, com ganhos, e todos os recursos foram utilizados para pagar as devoluções de aeronaves e reduzir os endividamentos garantido e não-garantido.
No processo de transformação da frota da companhia para aproximadamente 50% de aeronaves Boeing MAX até 2025, espera-se criar mais de R$4 bilhões em valor para todos os acionistas da GOL, composto por mais de R$2 bilhões de valor patrimonial em aeronaves (ativos) e mais de R$2 bilhões em crescimento da receita operacional, decorrente de maior produtividade da receita e menor consumo de combustível.
“A disciplina de capacidade da GOL nos permite operar a um custo menor, e a venda desses 737 NGs reforça a flexibilidade do nosso plano de frota“, disse Celso Ferrer, Vice-Presidente de operações da GOL. A venda dessas 11 aeronaves reduzirá a dívida líquida da GOL em aproximadamente R$500 milhões, composta por uma redução de R$130 milhões na dívida de arrendamento financeiro e um aumento de R$370 milhões na liquidez de caixa.
Posteriormente, a Companhia planeja utilizar aproximadamente R$330 milhões desses recursos para resgatar o montante disponível de suas Senior Notes de 8,875%, com vencimento em 2022. A receita de gerenciamento de ativos e a redução na despesa de juros contribuirão com mais de R$420 milhões no lucro da Companhia em 2020, e melhorará os indicadores creditícios da GOL, reduzindo a relação dívida líquida/EBITDA em 0,2x e melhorando a relação EBITDA/despesa de juros líquidos em 0,5x.
“A GOL acelerou seu plano de modernização e renovação de frota tendo em vista as condições favoráveis do mercado para transações de aeronaves Boeing 737 NGs“, disse Richard Lark, Vice-Presidente financeiro da companhia. “Nosso histórico de ganhos consistentes obtidos a partir do nosso portfólio de aeronaves tem nos proporcionado a criação contínua de valor para todos os acionistas da GOL“, completou.
Para finalizar, a companhia disse que o arrendamento de seus 737 NGs “não irá alterar a capacidade planejada da GOL, uma vez que essas aeronaves serão devolvidas simultaneamente com o recebimento de aeronaves 737 MAX-8, conforme o pedido firmado com a Boeing“.
Segundo a própria companhia, até 2025, aproximadamente 50% de sua frota será composta pelo MAX, aonde a produtividade espera ser aumentada em 20%, enquanto o consumo de combustível deve ser reduzido em 15%.
Ainda vale lembrar que os B737 MAX estão impedidos de voar até sua “nova” certificação.