Conforme apurado pelo jornal O Globo, o governo da Itália anunciou que, a partir de 4 de maio, estará relaxando a quarentena. As regras da chamada “fase dois” de contenção ao vírus foram explicadas pelo premier do país, Giuseppe Conte, que agradeceu a colaboração da população, mas disse que o retorno lento e gradual à normalidade é fundamental para evitar um novo crescimento dos casos.
Com números maiores que o da China, primeiro país afetado pelo vírus, a Itália fica atrás apenas de Estados Unidos e Espanha em casos de coronavírus no mundo, totalizando 197 mil, com mais de 26 mil óbitos. Durante muito tempo, o estopim da doença deixou a Ásia e atingiu brutalmente o país, cuja única forma de controle de contágio foi com o confinamento total da população.
A quase dois meses da decisão do lockdown, estipulada pelo governo no dia 9 de março, os italianos conseguiram controlar o contágio, que vem caindo progressivamente no mês de abril. Com isso, a fase dois do plano de contenção, segundo Conte, será de “convivência com o vírus”, e ocorrerá em três etapas, que começarão nos dias 4 e 18 de maio, com a última etapa ocorrendo em 1º de junho.
“É esperado um desafio bastante complexo”, disse o premier sobre o plano, que levou semanas para ser elaborado. “Nós precisaremos viver com o vírus e adotar todas as precauções possíveis”, finalizou. A partir do dia 4 de maio será permitida a visita a familiares – com exceção de festas –, além da permissão de funerais com até 15 pessoas.
Missas e cultos religiosos continuarão suspensos, o que gerou críticas das organizações católicas. Parques e jardins serão reabertos para a prática de esportes individuais, desde que se respeite uma distância de 2 metros.
O trânsito entre as regiões do país continuará suspenso e aqueles que saírem de casa deverão apresentar justificativas. Será ainda criada uma lei regulando que apenas aqueles com temperaturas corporais inferiores a 37,5 graus poderão sair de casa. No dia 18, começará a reabertura do comércio. Além das lojas, museus, centros de exposição e bibliotecas poderão abrir novamente suas portas. O resto das indústrias também poderá voltar à normalidade.