A Scandinavian Airlines (SAS) anunciou a nova estrutura estatuária proposta para resgate financeiro da companhia, com a entrada do grupo Air France – KLM. Com isso, a aérea trocaria a Star Alliance pela SkyTeam.
Novos sócios
Em dificuldades financeiras, a Scandinavian Airlines anunciou que a Air France – KLM pode se tornar sócia majoritária em sua nova estrutura societária. O grupo Franco-Neerlandês teria 20% da SAS, enquanto o fundo Castletake adquiriria 32% e o Estado da Dinamarca, 26%. As três empresas se comprometeram a injetar 12.9 bilhões de coroas Suecas (cerca de US$ 1.6 bilhão) para resgatar financeiramente a aérea. A proposta ainda depende de autorização final do governo.
A atual competidora investiria US$ 144.5 milhões, sendo US$ 109.5 milhões em ações ordinárias e US$35 milhões em títulos conversíveis. Ainda, o grupo sinaliza interesse em adquirir um percentual maior futuramente, garantindo o controle da Scandinavian.
A Air France e KLM estão ambas na SkyTeam. Com a entrada do grupo como acionista, a SAS deixaria a Star Alliance, aliança da qual foi uma das fundadoras, para assim se juntar à SkyTeam.
A questão financeira
A maior companhia da Escandinávia já havia entrado com pedido de proteção à falência nos EUA em 2022, sofrendo com os altos custos e a baixa demanda impostas pela pandemia da COVID-19. O pedido veio depois de uma greve de pilotos, pedindo o pagamento de salários atrasados. A corte de Nova Iorque, responsável pelo procedimento, concedeu o pedido, protegendo a aérea de cobranças de credores e solicitando um plano para captação de ao menos US$ 855 milhões.
Com a entrada dos novos investidores, a empresa deixará assim de ser negociada nas bolsas de valores de Copenhagen, Estocolmo e Oslo. Com isso, a base de cerca de 255 mil acionistas é afetada, o que está sendo alvo de controvérsias.
Comentário
Notícia relevante para quem planeja viajar à Escandinávia acumulando milhas em parceiros da Star Alliance, como TAP Miles&Go, pois resgates de voos com a Scandinavian com eles deixarão de ocorrer caso a compra seja efetuada.
Atualmente, uma das estratégias para ver a aurora boreal com milhas saindo do Brasil é através da tabela fixa do programa português. Com ele, voa-se para qualquer lugar da Europa atendido pela aliança com a mesma quantidade de milhas. É possível, assim, ir para destinos como Tromsø, cidade próxima ao polo norte, local de peregrinação para quem busca ver o fenômeno das luzes verdes noturnas.
Caso este seja seu plano, a recomendação é verificar a disponibilidade dos voos para as datas de sua preferência e se planejar para aproveitar a janela de oportunidade para a emissão antes que acabe. Outra estratégia é direcionar seu acúmulo para programas de companhias presentes na aliança SkyTeam, como Flying Blue e Delta SkyMiles.
Você tem planos de voar com a SAS no futuro?