iFood planeja se tornar banco comercial completo até 2026

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Por Laura Vicaria

O iFood planeja expandir seu modelo de negócios para além do delivery de comida. Em entrevista ao jornal O Globo, o CEO Diego Barreto revelou que a companhia pretende solicitar licença ao Banco Central em 2026 para atuar como banco comercial e oferecer depósitos remunerados.

“No curto prazo, o foco é o restaurante. O médio prazo envolve a pessoa física, mas dentro de uma lógica de gerar sinergia no meu ecossistema”, afirmou Barreto.


Do crédito ao banco comercial

O iFood já atua como fintech desde 2022, com foco em crédito para pequenos e médios restaurantes. Hoje, a empresa desembolsa R$ 160 milhões por mês, em operações com prazo médio de 18 meses. A expectativa é encerrar 2025 com desembolsos próximos de R$ 2 bilhões.

“Quero, no ano que vem, já estar recebendo depósitos. Hoje, já tenho uma conta digital, fluxo de pagamentos e serviços financeiros, mas quero, a partir do ano que vem, passar a oferecer depósito remunerado para os restaurantes”, explicou.

Ele acrescentou: “Serei um banco comercial completo. No ano que vem, vamos dar mais um passo em termos de licença para poder oferecer depósitos. Quando a gente pensa em um banco comercial completo, você pode imaginar isso acontecendo em até três anos. E aí vamos poder oferecer também investimentos, crédito imobiliário, entre outros produtos.”


Integração com o consumo físico

Além do delivery, a empresa também aposta em soluções para o mundo físico. Em São Paulo, os usuários já têm no app a opção “Comer fora”, que mostra restaurantes oferecendo saldo em forma de desconto ou cashback. Hoje, o recurso está presente em dez cidades e deve ser expandido.

“A estratégia para o salão é gerar uma integração entre o mundo on-line e o mundo off-line. Por exemplo, em algumas cidades, quando você chega e informa seu telefone ou passa o cartão, o restaurante já consegue te identificar. Em São Paulo, os usuários já têm no app a opção ‘Comer fora’. Ou seja, não é só delivery. A ideia é economizar comendo fora, oferecendo saldo (desconto) ao consumidor, com cashback, por exemplo. O usuário consegue ver os restaurantes que oferecem desconto para quem vai até lá. Vamos ampliar. Hoje, já estamos em dez cidades”, afirmou.


Concorrência e modelo de negócio

Com a volta da 99Food e a chegada da Keeta, da Meituan, a competição no setor deve se intensificar. Para Barreto, a liderança só é possível por meio de inovação.

A única forma de se destacar e efetivamente chegar a uma posição de liderança é inovando. Qualquer outra forma não é sustentável. O dinheiro precisa ter racionalidade”, afirmou.

Questionado sobre a disputa por taxas menores para restaurantes, ele destacou: “O uso intensivo de capital é estratégia antiga e interessante quando vem combinada com um produto que é diferente. É como quando você baixa um app e oferecem sete dias de graça. A aposta é que o usuário goste do app e vire assinante. A pergunta que se faz no final é ‘existe, de fato, algo diferente que seja superior?’.

A questão é ‘e depois, quando não houver mais 70% de desconto?’. Depois que essa fase passa, e ela passa, onde é que você fica? A construção de hábito não é baseada no dinheiro, e sim, na experiência do produto.”


Inovação e tecnologia

Nos últimos anos, o iFood acelerou seus investimentos em tecnologia. Entre os projetos, está o Ailo, produto de inteligência artificial generativa, e o Large Commerce Model (LCM), que reúne 32 bilhões de parâmetros e processa 10 trilhões de unidades de dados.

“A construção de hábito não é baseada no dinheiro, mas na experiência do produto”, disse Barreto, reforçando que a inovação é o principal pilar para diferenciar a companhia.

Segundo o executivo, o iFood também analisa aquisições no setor de tecnologia: “Estamos olhando duas aquisições de tecnologia de empresas nacionais. Vamos gastar pelo menos US$ 100 milhões nos próximos 12 meses.”


Diversificação além da comida

O crescimento do iFood em novas categorias já é expressivo: 250% em conveniência e bebidas, 80% em farmácia e 60% em supermercado. O próximo ciclo inclui pet shop, flores e presentes.

“Olho isso dentro de uma lógica de presente. Não me veja como concorrente do Mercado Livre, que tem uma infinidade de soluções. Me veja como uma solução de conveniência para um presente seu”, afirmou.

Com informações: O Globo


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