A Índia e a China anunciaram a retomada dos voos diretos entre os dois países, interrompidos desde o início da pandemia de coronavírus em 2020. O retorno das operações aéreas marca um passo importante para o restabelecimento das relações bilaterais, que vinham fragilizadas por tensões políticas e disputas territoriais.
Motivo da suspensão
Historicamente, os dois países competem por influência na Ásia e mantêm conflitos de fronteira de longa data. Em 2020, um confronto entre soldados nos Himalaias resultou em mortes e agravou a relação. Nos últimos meses, porém, a aproximação ganhou força, especialmente diante da postura do presidente americano Donald Trump, que intensificou disputas comerciais com a Índia.
Diplomacia em movimento
Um dos sinais mais claros dessa reaproximação foi a visita do primeiro-ministro indiano Narendra Modi à China no fim de agosto, a primeira desde 2018. O anúncio foi feito por seu conselheiro de segurança nacional, Ajit Doval, após encontros com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em Nova Délhi, para tratar de disputas fronteiriças.
Impacto no transporte aéreo
A retomada dos voos é vista como um marco não apenas político, mas também econômico, já que deve facilitar o fluxo de turistas e fortalecer a integração comercial entre as duas maiores potências asiáticas.
Comentário
O anúncio da retomada dos voos entre Índia e China é mais do que uma notícia de aviação, é um reflexo direto da geopolítica. Para o passageiro, significa mais conectividade entre dois mercados gigantes e estratégicos, enquanto, para as companhias aéreas, abre espaço para novas rotas altamente demandadas após cinco anos de hiato.