Um voo recente da KLM com destino ao Rio de Janeiro se tornou um “voo para lugar nenhum”. Devido a um incidente com o painel externo do para-brisa direito da cabine de um Dreamliner, os pilotos abandonaram o destino final e retornaram para Amsterdã. A operação ocorreu no dia 26 de dezembro.
Sobre o incidente
A aeronave estava no ar há pouco mais de 4 horas, até que o incidente ocorreu. No momento do problema, o avião estava sobrevoando a Ilha dos Açores, arquipélago que pertence a Portugal, quando o painel rachou. Os passageiros a bordo relataram ouvir um estrondo na hora, mas os pilotos disseram que, apesar do problema no painel, não houveram muitos danos com a janela.
Mesmo sem danos significativos ao avião, os pilotos decidiram por não continuar o trajeto e voltarem para Amsterdã, onde a aeronave iria passar por revisão e os passageiros seriam realocados. Mas o voo de volta para o Rio de Janeiro só seria possível dois dias depois e com isso os passageiros teriam de ficar em algum lugar até que a companhia os colocassem em um novo voo para o Brasil.
Acontece que a situação com a pandemia mudou muitas coisas na Europa, principalmente a permissão de entrada em alguns países. A União Europeia foi bem rigorosa nos requisitos de entrada em países do bloco ou aqueles do espaço Shenghen. Ou seja, alguns passageiros a bordo não tinham permissão para entrar novamente na Holanda e como o outro voo só seria possível em dois dias, eles teriam de ficar “presos” em Schiphol.
Mas por sorte a KLM agiu de forma rápida e precisa e conseguiu dar um jeito no problema. Como Schiphol é o principal hub da companhia, ela tinha à disposição uma outra aeronave do mesmo modelo, que substituiu o Dreamliner e levou os passageiros de volta para o Rio de Janeiro.
Nas idas e vindas (literalmente) dessa história, o voo chegou depois de cerca de 14 horas da previsão inicial. Aterrissando na Cidade Maravilhosa na madrugada de domingo.
O que são voos para lugar nenhum
Os voos para lugar nenhum são aqueles cujo destino é o mesmo aeroporto de origem. Como o voo inicial tinha saído de Amsterdã e, após o ocorrido durante a operação, teve de voltar ao aeroporto, acabou indo para “lugar nenhum”.
Os pilotos da KLM fizeram o certo ao retornar para o aeroporto holandês mesmo com a rachadura não apresentando problemas para a continuidade do voo.
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