Um co-piloto da easyJet deixou o cockpit da aeronave após sofrer uma crise de ansiedade. O voo, que ligava Londres, na Inglaterra, à Glasgow, na Escócia, teve o pouso operado apenas pelo comandante. Ao aterrissar em terra firme, o co-piloto recebeu os cuidados necessários e o Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) alegou como o fator de desconforto do tripulante, o susto sofrido em voo anterior.
Um dia antes do acontecimento, o co-piloto estava em rota para Maiorca, na Espanha. Devido ao forte vento, o comandante foi obrigado a arremeter a aeronave, assuntando o co-piloto – que nunca havia passado por situação semelhante, conforme dito pela AAIB.
O susto foi tão forte, que ele mal conseguiu dormir à noite, tendo pouco mais de quatro horas de sono. No dia seguinte, durante o voo em que ocorreu a crise de ansiedade, o co-piloto não parava de pensar no ocorrido na operação anterior quando chegou o momento do pouso. Bastou uma simples frase dita pelo comandante para que ele entrasse em pânico.
Ao se aproximar do aeroporto de Glasgow, a possibilidade de uma “variação da corrente do vento” foi mencionada pelo comandante. Esse fato foi o suficiente para deixar o profissional ainda mais desconfortável, fazendo com que ele precisasse abandonar o cockpit. O comandante, por sua vez, não insistiu e deixou que o seu companheiro se retirasse – avisando a Torre de Controle que estava operando o voo sozinho.
Mesmo com o ocorrido, o Airbus A319-111 da easyJet, que comportava 148 passageiros e seis tripulantes, conseguiu chegar à terra firme em segurança. Ao perguntado sobre o acontecido, a própria companhia aérea informou que conta com um programa de apoio psicológico aos integrantes da empresa.
O co-piloto teve que passar por acompanhamento com médico particular – além do programa fornecido pela companhia – para só assim ser declarado apto para voltar ao trabalho alguns meses depois.