Hora de embarcar – enfim, o último vôo do dia! Para quem já embarcou em Bangkok deve ter notado que os funcionários scaneiam seu cartão de embarque antes de liberar você pra sala de espera do portão, já otimizando o processo. Além disto, os passageiros voando Business e First também tem uma fileira de cadeiras exclusivas no gate.
Vôo Cathay Pacific CX 0702 – 09/05/2017
Bangkok (BKK) – Hong Kong (HKG)
Assento: 2A – Primeira Classe
Partida: 18:50 / Chegada: 22:40 / Duração: 2h50
Aeronave: B773
Outro fato curioso é que os funcionários passam segurando uma placa (escrita a classe) e anunciando o momento do embarque. O vôo saiu pontualmente respeitando todas as prioridades.
A Cathay tem um layout bem único de Primeira Classe, onde as poltronas são distribuídas em 2 fileiras no modelo 1-1-1, totalizando apenas 6 assentos.
Para quem viaja sozinho sugiro sempre escolher a 1A ou 2A já que são as cadeiras mais privativas da aeronave. As poltronas nas fileiras D e K não possuem divisórias, portanto são mais expostas – digamos assim.
Assim que eu embarquei a comissária já me deu as boas vindas, se apresentou e disse que estaria tomando conta de mim durante o vôo – atendimento asiático é outro nível né? Meu assento foi o 2A – que fica bloqueado até o check-in – acho que por motivo de berço.
A poltrona é uma das mais largas em quesito primeira classe – ela oferece um espaço sem igual ao passageiro – praticamente cabem 2 pessoas sentadas ali tranquilamente.
Note que você também pode descer o descanso do braço para que o assento não fique muito grande.
O travesseiro é “preso” no descanso da cabeça por meio de um velcro – você pode tirar se quiser.
A poltrona é teoricamente na diagonal, mas nada que prejudique você quando estiver deitado, tão pouco quando estiver sentado.
Na lateral do assento você ainda conta com um grande suporte que serve como mesa de apoio.
O ottoman também serve como banco caso um segundo passageiro (que também esteja na F) queira jantar com você – mas eu achei super apertado.
O lugar até oferece um sinto de segurança.
A poltrona quando reclinada vira uma super cama e de certa forma afunila até chegar nos pés. Mas não é nada significativo – pelo menos eu não achei – também não dormi pra saber já que o vôo foi bem curto.
O “casulo” da poltrona protege seu rosto quando você estiver deitado, te garantindo uma privacidade ainda maior.
Os fones de ouvido eram da BOSE – qualidade ótima.
Ponto positivo para a disposição do monitor – ele é preso à um braço articulado o que te permite movimentá-lo para todos os lados.
Isto ajuda muito quando você está deitado, virado de lado ou de ponta cabeça, rs. Sempre vai ter uma posição que você conseguirá acompanhar a programação de forma confortável.
Falando em programação o IFE é bem variado, apesar de ter achado ele um pouco lento.
Nenhum B777 da CX tem wifi – ponto negativo – afinal pegar um trajeto longo e ficar sem net é muito ruim.
Embaixo da TV tinha um porta trecos que você poderia guardar laptop ou objetos menores.
A tomada e USB ficavam do lado esquerdo – próximos à mesinha.
Do meu lado direito tinha um bolsão com o folheto de segurança e catálogo do Duty Free.
O joystick era do modelo antigo (não touchscreen) já o controle das posições do assento era touch com interface amigável.
Um outro porta trecos estava localizado mais atrás – ideal para guardar câmera ou celular.
No casulo do assento da frente fica o armário do passageiro de trás (ficou confuso esta frase?). Lá geralmente fica a roupa de cama que os comissários usam para preparar a poltrona.
O que mais me impressionou foi encontrar este cabine verde HORROROSO lá? Poderiam colocar algo mais elegante e chique né?
Ainda em solo foi servido o champagne de boas vindas – a marca era do famoso Amour de Deutz Blanc de Blancs Brut Millesime da safra de 2006. A delicadeza da comissária em servir é de tirar o chapéu!
Toalha umedecida também foi oferecida durante o embarque.
Enquanto eu estava olhando o cardápio a comissária veio me falar dos vinhos Australianos que estavam em destaque no menu. Ela perguntou se poderia me sugerir, eu claro que aceitei e a medida que ela foi trazendo as refeições foi me explicando sobre o vinho.
Para um vôo relativamente curto o menu até impressiona – cardápio impresso em folhas grossas e serviço completo com entrada, prato principal e sobremesa.
O jantar começou com bebidas e castanhas aquecidas.
Depois veio a salada de salmão defumado com as cestas de pães – tudo muito bem posicionado na mesa e bem apresentado.
Agora notem o detalhe do carinho da tripulação. Em um cartão de “Bon Appetit” escreveram este pequeno recadinho dizendo que era um prazer me servir à bordo. Isto foi feito para todos os passageiros – e cada um deles teve um recado personalizado escrito a mão. Agora eu te pergunto – Quanto isto custa pra cia aérea? Praticamente NADA! E qual o impacto que isto traz para a experiência do passageiro à bordo? Bom, nem preciso responder né? Eu sempre enfatizo isto aqui no site – a cia pode até não ter a melhor cabine, a poltrona mais larga e o melhor avião – mas se o serviço for adequado, atencioso e a o atendimento memorável, um simples gesto faz toda a diferença na viagem. Well done!
Eu pedi a palheta de cordeiro com cuscuz e legumes – estava DIVINO! Notem que a cada prato a comissária mudava meu vinho, apresentando um novo rótulo e explicando o porque estava sugerindo para aquela determinada refeição.
Por fim uma torta de laranja com sorvete de creme – detalhe especial para a textura do sorvete – veio na temperatura ideal – nem congelado e nem derretendo. Além disto pedi um cafézinho pra arrematar, rs.
E por fim, quase antes do pouso foi oferecido esta caixa de chocolate e toalha umedecida. Ao chegar em Hong Kong eles agradeceram minha presença – assim como a dos demais passageiros.
Acredito que quase todos meus relatos da CX aqui no site são positivos. É impressionante como a cia consegue entregar um serviço, atendimento e atenção impecável aos passageiros da First de forma que a experiência da viagem se torne algo completamente agradável. E olha que não estou falando de voos longos e sim um trajeto curto que mesmo assim conseguiu superar minhas expectativas.
Bom até aí tudo bem – a viagem estava uma maravilha – até eu chegar na esteira e receber minha mala!
Sim pessoal, minha mala chegou em Hong Kong completamente detonada e destruída – de todos os lados e de todas as formas.
A impressão que eu tive foi que ela foi pra guerra e voltou, sem me avisar, rs. Até fiquei pensando se não teria sido olho-gordo (brincadeira hein?!) do pessoa de Cingapura por causa do meu perrengue da etiqueta na hora do check-in – mas visivelmente e claramente não foi este o caso.
Bom, na hora já fui procurar o guichê de bagagens da Cathay Pacific para reportar o ocorrido, afinal eu iria sair no outro dia na hora do almoço e não tinha condição alguma de continuar com esta mala.
Eu já estava MORTO da viagem, eram quase 11 da noite, mas tive que ir pro escritório deles (no próprio aeroporto mesmo – 6 andar) onde abri uma reclamação formal. O funcionário então fez várias fotos da mala, preencheu um formulário e foi lá pra dentro. Enquanto isto eu estava aguardando, tenso, mas no fundo eu estava tranquilo pois pela reputação da CX eu sabia que eles iriam agir de forma adequada e profissional.
O colaborador então voltou e disse que como eu tinha um vôo no outro dia cedo, eles não teriam tempo de mandar a mala arrumar, e em que virtude disso comprariam uma nova mala pra mim do mesmo modelo. A minha sorte é que existe uma loja própria da Rimowa dentro do aeroporto de HKG, então pra mim seria mais conveniente ainda.
Como já era tarde da noite, ele me entregou toda a documentação e pediu para que eu voltasse pontualmente as 10 da manhã para poder ir pegar a mala. Meu pernoite foi no Novotel que fica próximo do terminal e tem shuttle gratuito, então facilitou minha vida.
No outro dia as 10 da manhã cheguei no mesmo escritório e um funcionário foi me acompanhar até a loja – já com o dinheiro em mãos (cash) para me dar uma nova mala. Fomos até a loja, porém não tinha a mala da mesma cor – só existia a vermelha. Prontamente aceitei pois estavam mantendo o mesmo modelo e tamanho, e saí de lá com a mala novinha em folha – sem nenhum custo. Não tive nenhum problema com stress ou dissabor com o atendimento da CX, o tempo todo eles foram extremamente profissionais, atenciosos e durante toda a situação me senti “amparado”, sabendo que no fundo eles iriam resolver tudo.
Não sei se o fato de estar voando de Primeira Classe ajudou ou não, mas depois pesquisando na internet vi que isto é uma situação super comum, e que inclusive a CX estava etiquetando todas as malas Rimowa como “Frágil” devido ao enorme prejuízo que ela estava tendo com malas danificadas (leia o artigo em inglês aqui).
Eu levei a mala velha para deixar na loja, mas eles falaram que eu poderia levar embora e que se conseguisse um conserto, poderia ficar com ela também. Neste momento eu fiz uma Live no Facebook (segue lá) pedindo conselhos de quem já tinha passado a mesma situação com a Rimowa e o que eu deveria fazer? Jogar a mala estragada no lixo ou tentar trazer pro Brasil pra consertar? Bom, por unanimidade todos falaram para eu trazer a mala de volta e tentar algum tipo de reparo em uma loja autorizada da Rimowa que poderia dar sorte de conseguir aproveitar algo, já que a mala não é nada barata.
A minha intenção original mesmo era serrar a mala em duas partes e fazer duas molduras de quadro para colocar no meu quarto – inclusive postei isto no Instagram. Como eu tinha franquia de sobra para poder despachar, eu acabei trazendo a mala de volta comigo até Las Vegas. Chegando nos EUA eu fui na loja da Rimowa que ficava no shopping ligado ao meu hotel (Aria) e expliquei toda minha situação – mostrei que tinha ganhado uma nova mala e perguntei se a minha estragada teria conserto. Ele falou que precisaria mandar pra o departamento autorizado e somente depois de 4 dias úteis eu poderia voltar lá para pegar uma resposta. Nisto ele fez um termo de conserto onde eu autorizava o reparo e que eu pagaria por ele.
Passado os 4 dias, eu já voltei lá descrente – ou que não teria reparo ou que teria que pagar, rs. Ao chegar o atendente disse que tinha 2 notícias pra mim – uma boa e uma ruim. Claro que na hora pedi a ruim primeiro – ele então me falou que realmente a mala não tinha conserto algum, e que não teria nem forma de reparar.
Aí eu perguntei: E a boa? Ele disse: A boa é que nós vamos te dar uma nova! Na hora eu fiquei CHOCADO – pois eu já tinha ganhado uma nova, isto estava no sistema (afinal as malas tem número de série) e o cara sabia e todo o ocorrido. Ele me disse então que era política da empresa (Rimowa) e que o que a Cathay Pacific fez, foi por conta deles – mas que o dano na mala (que ainda estava na garantia) era de responsabilidade da Rimowa e que como não tinha conserto, eles teriam que me dar.
Bom, ai veio outra notícia – eles não tinha mais o modelo da minha. Ele então me ofereceu uma mala do mesmo tamanho mas com a Tag Eletrônica (aquelas malas nova que tem o visor digital onde você consegue etiquetar sua mala direto do app do celular – disponível só para quem voa pela Lufthansa, Swiss e Eva Air), mas eu teria que pagar a diferença de U$120.
Logicamente aceitei, paguei o excedente e então fiquei com 2 malas novas no final da situação. Uma preta e uma vermelha! A velha não vi mais – deve ter ficado no centro de reparo deles em Vegas.
Antes que venham os mimimi’s falando que eu quis tirar vantagem – saiba que está tudo documentado no sistema da fabricante e que em nenhum momento exigi ganhar mala nova, fiz escândalo, usei de influência ou escondi que já tinha ganhado uma. Tudo foi feito conforme tinha que ser, seguindo os procedimentos padrões. O que ocorreu foi que tive compensação de duas empresas distintas – da CX por ter destruído a mala o que me impedia de continuar a viagem, e da Rimowa por eu ter tido a mala danificada enquanto ainda estava na garantia.
Mas enfim, este assunto deu o que falar na minha fanpage FB, afinal muita gente teve e continua tendo problemas com malas (caras ou não) e as compensações não são sempre satisfatórias. Então quero aproveitar e pedir pra vocês postarem nos comentários os contratempos que tiveram, qual o modelo da mala, qual cia estavam e como foi resolvido – assim ficaremos cientes e por dentro de como as empresas tem lidado com este tipo de situação.
Avaliação
- Check-in:
- Embarque:
- Poltrona:
- Atendimento:
- Refeição:
- Entretenimento de bordo:
- Amenity Kit:
- Internet:
- Pontualidade:
- Limpeza:
9.6