A vacinação contra a COVID-19 está trazendo de volta o otimismo das pessoas e a retomada das viagens internacionais. Após mais de um ano, diversos países do mundo estão reabrindo suas fronteiras para viajantes vacinados. No entanto, algumas vacinas são mais aceitas que outras – é o que mostra um levantamento da The Economist.
A publicação britânica diz que a vacina da Oxford-AstraZeneca é a mais aceita entre as nações, com 119 países a reconhecendo e permitindo a entrada do turista totalmente imunizado por ela.
Aqui no Brasil, nos dias atuais, a vacina é a mais aplicada, ultrapassando a CoronaVac, que foi a primeira vacina disponível para os brasileiros. Segundo pesquisas, no mês de maio, de cada 10 doses de imunizantes aplicados, 7 foram da AstraZeneca. Os dados do LocalizaSUS, indicam que o imunizante foi aplicado em mais de 55 milhões de brasileiros.
A vacina é produzida aqui no Brasil pela Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde. Segundo a Anvisa, a eficácia dela é de 80% quando o intervalo entre as duas doses é superior a 12 semanas – que é a recomendação usada por aqui.
Logo atrás da AstraZeneca, a vacina da Pfizer, outra que é aplicada aqui no Brasil, também configura como uma das mais aceitas, com quase 90 nações a reconhecendo. Desde que foi liberada pela Anvisa, ela foi aplicada em mais de 13 milhões de brasileiros. Os outros imunizantes aplicados aqui, como os da Janssen, que chegaram por meio de doação dos Estados Unidos, e a Sinovac, laboratório chinês que criou a CoronaVac, aparecem mais abaixo, como é possível ver no gráfico:
As vacinas da CoronaVac foram aplicadas em mais de 46 milhões de pessoas até o momento que essa matéria foi produzida. Enquanto as da Janssen foram aplicadas em pouco mais de 4 milhões de brasileiros. Atualmente, das vacinas aprovadas pela OMS, o Brasil apenas não aplica os imunizantes da Moderna e Sinopharm. O restante (AstraZeneca, Pfizer, Janssen e Sinovac) são aplicadas por aqui.
No mundo todo, 3,7 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas, no entanto, diversas companhias aéreas e demais empresas do setor de viagens temem que as restrições, principalmente com as doses de vacinas, impeçam as pessoas de voar novamente.
Algumas vacinas ainda sofrem restrições
Mesmo com a vacinação avançada no mundo, muitos turistas vacinados ainda encontram problemas para viajar ao exterior, principalmente aqueles que não foram imunizados com as vacinas “aprovadas” pelos órgãos reguladores de cada país. Este mês, por exemplo, a União Europeia disse que não iria admitir visitantes que receberam a vacina indiana da Covishield, mesmo sua composição sendo idêntica à vacina da AstraZeneca, porque ela não foi aprovada pelo regulador de medicamentos da UE.
Contudo, mais de uma dúzia de países pertencentes ao bloco europeu disseram que vão ignorar as regras da UE e aceitar a vacina de Covishield como prova de imunidade. Nick Carreen, Vice-Presidente Executivo da IATA, disse que a falta de acordo entre os imunizantes e os governos é “mais um obstáculo na volta do turismo”.
Há um tempo, as vacinas chinesas da Sinopharm e Sinovac também sofreram restrições, principalmente na Europa, e só começaram a ser aceitos (em alguns países) quando foram listadas como “doses emergenciais” pela OMS. Ainda assim, o turista que recebeu as doses desses dois laboratórios pode ter empecilhos a mais na hora de viajar, do que aquele que recebeu outros imunizantes aprovados pela Organização.
O ano de 2020 foi conturbado para o turismo em geral. Segundo pesquisas, as viagens internacionais caíram 74% em comparação com 2019. Com a vacinação em massa, nos últimos meses, os números melhoraram, mas ainda estão longe do ideal.
Confira também nosso guia que ensina como emitir o certificado de vacinação contra a COVID-19 em inglês, espanhol e português.
⚠️ Você já sabe, mas não custa reforçar! Vacina boa é vacina no braço.