A Ryanair está diminuindo sua atuação em algumas rotas chegando ou saindo da Itália para países da Europa e do Oriente Médio devido ao surto de coronavírus. A companhia disse que a medida é preventiva, para não colocar em risco a vida de seus clientes e funcionários.
Entre os países cuja empresa deixou de operar, ou vai operar parcialmente, destacam-se Itália, República Checa, Montenegro e Geórgia, na Europa e Jordânia e Israel, no Oriente Médio. Ao perguntado sobre a decisão de diminuir sua atuação na Terra da Bota, Michael O’Leary disse o seguinte:
“Nosso foco no momento é em minimizar qualquer possibilidade de trazer riscos aos nossos clientes, bem como à nossa tripulação. Enquanto temos grande números de voos marcados para a próxima semana indo à Itália, percebemos uma queda drástica de emissões ao país entre o final de fevereiro e o começo de março. Por conta disso, resolvemos diminuir nossas atuações, tanto para não termos prejuízo, quanto para não trazer problemas ao passageiro e membros da empresa. Os clientes afetados estão sendo avisados por nossa equipe de comunicação“.
Por conta dos grandes números de diagnósticos confirmados na Itália – que é o país fora da Ásia que mais sofreu com o vírus – alguns governos proibiram voos voos com origem ou destino sendo em território italiano. Por conta disso, a Ryanair teve de cancelar a atuação em algumas rotas intra-Europa, ou então ligando o velho continente à Eurásia.
- Rota Itália-Jordânia:
Os voos ligando Milão e Bolonha à capital do país Amã e conectando Milão e Roma à Aqaba, vão operar até a próxima quarta-feira (11). Após isso, todos os voos seguintes serão cancelados até o dia 4 de abril.
- Rota Itália-Israel:
Da mesma forma ocorre com Israel. O governo local proibiu a entrada de passageiros que não sejam israelitas que visitaram a Itália, a China ou a Coréia do Sul nas últimas duas semanas.
Israel também está restringindo entrada de passageiros provenientes da Áustria, Alemanha, Espanha, França e Suíça. Só será permitida a entrada no país para pessoas que sejam cidadãs locais, devendo provar a cidadania com um passaporte, moradia, ou então número telefônico.
Ao entrar em território israelita, deverá ser obedecido os 14 (quatorze) dias de isolamento – medida preventiva aprovada pelo governo. O não cumprimento deste requisito resultará na proibição de entrada e regresso ao país de origem, sendo que os gastos de regresso não serão de responsabilidade da companhia.
Voos de Milão, Bolonha e Roma para Tel Aviv e voos de Milão para Eilat Ramon serão operados até 11 de Março para permitir a repatriação de todos os passageiros não israelitas e serão cancelados de 12 de Março até 8 de Abril. Voos de Berlim para Tel Aviv, Eilat Ramon, de Nuremberg, Memmingen, Karlsruhe para Tel Aviv e Marselha para Tel Aviv funcionarão até 15 de Março e serão cancelados de 16 de Março a 8 de Abril.
- Rota Itália-Geórgia:
Os voos de Milão para Tbilisi serão operados até 7 de Março, e posteriormente serão reduzidos a 2 frequências semanais desde 8 de Março a 7 de Abril. Da mesma maneira, voos de Bolonha para Kutaisi serão operados até 7 de Março e serão cancelados de 8 de Março a 7 de Abril.
- Rota ligando a Itália a Montenegro e República Checa:
Em Montenegro, devido a decisão do governo de suspender o tráfego aéreo entre os dois países, os voos de Bolonha para Podgorica foram cancelados de 29 de Fevereiro a 5 de Abril. Já na República Checa voos de Milão para Brno e de Bolonha, Milão e Veneza para Praga serão cancelados de 5 a 18 de Março.
A Ryanair deixou claro que está monitorando a situação junto às autoridades de saúde, bem como de aviação e que espera não sofrer com o impacto dos cancelamentos de voos. Desde que o vírus eclodiu, diversas companhias aéreas cancelaram voos tanto para a Itália, quanto para a China e países asiáticos. A última foi a LATAM que suspendeu temporariamente sua rota São Paulo – Milão.