O transporte de power banks (os populares carregadores portáteis) voltou a ser foco de atenção no setor aéreo. Reguladores como a TSA nos Estados Unidos e órgãos de aviação na Ásia reforçaram que esses dispositivos são proibidos em bagagens despachadas e devem ser transportados somente na cabine. A justificativa é clara: o risco de superaquecimento das baterias de lítio (thermal runaway) pode causar incêndios a bordo, exigindo ações imediatas da tripulação.
Proibição em massa
Seguindo essa tendência, diversas companhias aéreas estão reforçando ou modificando suas políticas internas. Algumas proíbem o uso durante o voo; outras, restringem seu local de armazenamento; e há ainda aquelas que estabeleceram limites de capacidade ou quantidade permitida. Abaixo, você verá uma lista das empresas que já aplicaram medidas da simples proibição de uso a regras mais abrangentes.
Confira abaixo quais companhias proibiram o uso do produto:
Emirates Airlines
- Proíbe totalmente o uso de power banks durante o voo a partir de outubro de 2025.
- Permitido apenas levar na bagagem de mão, nunca no bagageiro superior.
- Recomendado manter no bolso ou debaixo do assento.
Singapore Airlines (e Scoot)
- Desde março de 2025, uso proibido a bordo.
- Transporte ainda permitido na bagagem de mão, mas não pode carregar durante o voo.
Thai Airways
A partir de 15 de março de 2025, baniu tanto o uso quanto o carregamento de power banks durante o voo, seguindo incidentes registrados.
Air Busan
Com base na Coreia do Sul, foi a primeira aérea a proibir power banks na bagagem de mão após um incidente grave, e também restringiu o armazenamento nos compartimentos superiores. Outras companhias sul-coreanas seguiram a medida.
EVA Air e China Airlines (Taiwan)
Também proibiram o uso de carregadores portáteis a bordo a partir de março de 2025
Delta, JetBlue, Hawaiian Airlines, Virgin Australia
Reportaram incidentes com power banks em 2025, mas sem proibição oficial; reforçaram orientação de transporte na bagagem de mão.
United Airlines
Não permite power banks instalados em “smart bags” nem baterias soltas na bagagem despachada.
TSA / FAA (EUA)
Recomendam que power banks sejam transportados exclusivamente na bagagem de mão.
O que dizem os órgãos reguladores?
Na Europa, a Agência da União Europeia para a Segurança Aérea (EASA) determina que power bank e demais itens que possuam baterias de lítio só podem ser levados na bagagem de mão. Além disso, as baterias devem:
- Estar protegidas individualmente para evitar curtos-circuitos
- Não podem ser recarregadas durante o voo
- Cada passageiro pode transportar, no máximo, duas baterias extras
Nos Estados Unidos, a Administração de Segurança do Transporte (TSA) segue o mesmo entendimento. Carregadores portáteis são proibidos nas bagagens despachadas e devem ser transportados exclusivamente na cabine.
Power bank e baterias de lítio são preocupações em outros países
As normas variam de acordo com o país de origem ou destino, e algumas nações aplicam restrições ainda mais rigorosas.
Nas Filipinas, por exemplo, power bank com capacidade superior a 160 Wh (watts-hora) são proibidos até mesmo na cabine, em voos domésticos e internacionais.
Na Coreia do Sul, após um incêndio causado por uma bateria durante um voo da Air Busan, as autoridades passaram a limitar a quantidade e os tipos de baterias permitidas a bordo.
Além disso, muitas companhias aéreas asiáticas não permitem o transporte de baterias portáteis nas malas despachadas. Nessas situações, o passageiro deve levar o dispositivo consigo na cabine, seja na bagagem de mão ou no item pessoal.