A União Europeia deu um novo prazo para decidir sobre o acordo entre Boeing e Embraer firmado em maio do ano passado. A análise, que estava suspensa até a última segunda-feira (06), deve ser tomada até o final de abril.
O novo prazo estabelecido pode ser interpretado negativamente pelo mercado, visto que a transação está sob análise dos europeus desde 30 de agosto de 2019. Além da aprovação dos europeus, o acordo ainda depende da permissão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no Brasil.
A demora na aprovação deve-se ao fato de que a União Europeia vê como injusta a união das duas fabricantes, uma vez que pode enfraquecer o setor de jatos comerciais.
Alguns acionistas brasileiros reclamaram que o prolongamento do bloco europeu em dar o aval à joint-venture, é por conta de um “protecionismo exacerbado” à francesa Airbus. Desde que se juntou com a canadense Bombardier, a Airbus vem expandindo cada vez mais sua atuação no setor de jatos comerciais de até 170 assentos – campo em que a Embraer atua.
Com a nova empresa se formando, a Boeing deterá 80% das ações da parceria, enquanto a Embraer ficará com os outros 20%.