O Pix continua avançando pelo mundo e, agora, dá mais um passo importante, chegou oficialmente aos Estados Unidos. O sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil passa a ser aceito em larga escala em lojas físicas americanas, graças a uma parceria entre a empresa de pagamentos Verifone, dos Estados Unidos, e a brasileira PagBrasil. A novidade permitirá que turistas brasileiros paguem compras com Pix diretamente nas maquininhas, com conversão automática de dólar para real e aprovação em tempo real. Confira!
Como vai funcionar o Pix nos Estados Unidos
A experiência foi pensada para ser familiar aos brasileiros. Ao fazer uma compra, o lojista norte-americano digita o valor em dólares na maquininha da Verifone. Em seguida, o terminal gera um QR Code de Pix. O valor aparece para o consumidor já convertido em reais, incluindo o IOF de 3,5%, imposto aplicado em transações com moedas estrangeiras.
O cliente escaneia o código com o aplicativo do banco, confirma o valor convertido com o câmbio do momento, e o pagamento é processado na hora. Toda a transação acontece em tempo real, como no Brasil.
Antes disso, o Pix até podia ser usado nos Estados Unidos, mas apenas por meio de chaves Pix de lojistas brasileiros que operavam no país. Agora, com essa nova integração, os comerciantes americanos poderão ativar o Pix diretamente nas maquininhas da Verifone, recebendo o valor já convertido em dólar.
Por que apostar no Pix nos Estados Unidos?
A resposta está na praticidade e na economia. Para os lojistas americanos, a aceitação do Pix significa redução de custos. Enquanto o Pix internacional tem taxa de 2%, as transações com cartão de crédito variam de 2% a 3%, além de possíveis tarifas fixas.
A Verifone, maior adquirente dos Estados Unidos, movimenta mais de US$ 8 trilhões por ano e está presente em 75% dos maiores varejistas do país. A empresa aposta no potencial da nova função especialmente em destinos populares entre os brasileiros, como Flórida e Nova York. E a expectativa de aumento no número de turistas do Brasil com a aproximação da Copa do Mundo, em 2026, reforça ainda mais esse movimento.
PIX já cruzou outras fronteiras
Além dos Estados Unidos, o Pix vem se expandindo para outros países com grande presença de turistas brasileiros. Em Portugal, por exemplo, o sistema já está disponível em Lisboa por meio de uma parceria entre o Braza Bank e a adquirente portuguesa Unicre. Lá, a conversão é feita com base na média do câmbio entre dólar e euro, e o valor chega ao lojista em euro, com ou sem a participação de um credenciador local.
Na França, lojas populares entre brasileiros em Paris, como a CityPharma (em Saint-Germain) e as perfumarias Fragrance de l’Opéra e Grey, também já aceitam o Pix. A operação é viabilizada pela PagBrasil, e funciona de forma simples, o consumidor escaneia um QR Code, paga via aplicativo bancário e o comerciante recebe o valor em euros, com taxa de serviço em torno de 3%.
Na Argentina, a aceitação do Pix começou no início do ano por meio das maquininhas do Mercado Pago, e está sendo ampliada com suporte da Fiserv. A solução poderá ser usada em dispositivos Clover, em aplicativos e em um site criado especialmente para lojistas que utilizam as máquinas PosNet. A experiência será muito parecida com a do Brasil, com leitura de QR Code e pagamento instantâneo.
Na Colômbia, o Pix também serviu de inspiração para o desenvolvimento do Bre-B, sistema de pagamentos instantâneos que será lançado no segundo semestre de 2025 com infraestrutura fornecida pela fintech brasileira Dock.
Outros pontos turísticos, como Ciudad del Este (Paraguai) e Miami (EUA), já registram os primeiros usos do Pix, ainda de forma pontual. Fintechs como VoucherPay, Eupago e Wipay estão envolvidas nessa expansão, com foco em regiões muito procuradas por brasileiros e em comércios com grande fluxo de visitantes do país.
Comentário
A chegada do Pix aos Estados Unidos e a outros países mostra como o sistema de pagamentos criado no Brasil está ganhando espaço lá fora. Poder pagar em reais, direto pelo app do banco, facilita a vida dos viajantes e também ajuda os lojistas. Mais do que uma praticidade, essa expansão mostra que o Brasil está exportando sua tecnologia financeira de ponta para o mundo, o que é bonito de ver!
O que você acha? A moda do Pix vai pegar em terras estrangeiras?