A companhia aérea Cathay Pacific, sediada em Hong Kong, está pedindo a seus 27.000 funcionários que tirem três semanas de férias não remuneradas devido a uma queda “significativa” na demanda por voos em razão ao surto do coronavírus.
Os funcionários terão três semanas de férias não remuneradas que ocorrerão no período entre 1º de março e o final de junho, de acordo com a CNN. Além disso, a companhia aérea também está congelando contratações, pedindo reduções de preços aos fornecedores e interrompendo todos os gastos não essenciais, disse o executivo-chefe Augustus Tang aos funcionários em um vídeo, segundo a Reuters.
“Este foi um dos feriados mais difíceis do Ano Novo Chinês que já tivemos”, disse Augustus no vídeo. “Não sabemos quanto tempo isso vai durar. Com uma perspectiva tão incerta, preservar nosso dinheiro agora é a chave para proteger nossos negócios”.
A companhia aérea também pediu aos funcionários que tirassem férias não remuneradas em 2009, após a crise financeira global. Uma situação similar ocorreu em 2003, durante o surto de SARS, do qual a companhia aérea conseguiu se recuperar, conforme relatado pela Sky News.
A Cathay Pacific está enfrentando um ano complicado, com a demanda por vôos para Hong Kong já impactada durante os protestos que eclodiram durante o verão e afetou bastante o Aeroporto Internacional de Hong Kong. Em dezembro, a companhia aérea informou que transportava apenas metade do número de passageiros que voaram no mesmo mês no ano anterior.
Nos próximos dois meses, a Cathay Pacific cortará cerca de 30% de seus voos, incluindo 90% das viagens à China continental.
Devido ao surto de coronavírus, diversas companhias aéreas ao redor do mundo pararam de voar para a China temporariamente ou reduziram significativamente o número de voos para determinadas cidades. Acompanhe o posicionamento oficial de cada companhia nesse post.