Conforme falei pra vocês no review anterior, a Singapore Airlines tem uma sala VIP exclusiva para os passageiros voando na Primeira Classe ou Suites de seus aviões.
O espaço fica dentro do lounge da Primeira Classe e é chamado de “The Private Room” e para entrar é preciso entregar o convite que você recebeu na hora do check-in ou mostrar seu cartão de embarque.
Fui muito bem recebido pela funcionária que apenas liberou meu acesso, mas não perguntou se era minha primeira vez ali e nem se prontificou à apresentar a sala assim como suas amenidades.
Depois de caminhar alguns passos você encontra uma espécie de “concierge” que está disponível para os passageiros solicitarem qualquer tipo de demanda que você tenha em relação ao seu voo. Enquanto eu estive no lounge não vi nenhum funcionário ali, pode ter sido pela falta de movimentação de passageiros.
A sala não é grande portanto não sei se ela deve dar conta da demanda em horários de picos, afinal a Singapore tem muitos aviões com Primeira Classe: por exemplo só no A380 são 12 assentos de F e a cia tem pelo menos 19 modelos desta aeronave. Claro que todos os voos operados pelos gigantes não devem sair no mesmo horário, então realmente não vou saber falar pra vocês se o The Private Room fica cheio ou não.
Como vocês podem ver por esta foto a sala é praticamente somente este ambiente da foto – fora o buffet/restaurante.
O lounge só possui poltronas – não há nenhum sofá. E mesmo assim as poltronas não são as mais confortáveis, por exemplo se você realmente precisar esperar boas horas no espaço não tem como você esticar as pernas, pois não há apoio.
A decoração da sala é muito bonita assim como a ambientação – chique e elegante na medida certa. Estas colunas em mármore dividem o espaço de “estar” do restaurante.
As poltronas que ficam do lado da “janela” tem uma espécie de um semi-casulo – te dando um pouco mais de privacidade. Mas volto a falar – são desconfortáveis, estreitas e os braços te incomodam caso você for colocar um laptop no colo pra trabalhar.
Ao fundo tem uma sala de TV e duas cabines privativas.
Uma cabine tem apenas uma poltrona com um ottoman – não sei porque não tirei foto da cadeira – mas dá pra ver parcialmente nesta imagem abaixo.
Já a outra é um family room para quem estiver com crianças.
O business center é apenas esta mesa com 2 cadeiras – o qual não tem privacidade alguma. O wifi era gratuito mas lento.
Há banheiros e chuveiros dentro da sala.
Os chuveiros não são em um lugar separado ou reservado, e sim dentro do banheiro principal. Além disto eles não tem vaso sanitário nas cabines – ou seja, lá dentro só tomar banho mesmo – nada conveniente, concordam?
Uma outra coisa que pode incomodar é que tem SEMPRE um funcionário dentro do banheiro. Ele fica encarregado de manter o ambiente limpo, trocar as toalhinhas e oferecer algum amenity que você possa precisar.
Nas cabines onde estão os vasos sanitários as portas são do teto ao chão – te dando mais privacidade. Os vasos são daquele modelo de sensor, onde a descarga é acionada sozinha e também possuem ducha higiênica separada.
Na pia você encontrava alguns produtos de higiene pessoal assim como toalhas de papel e pano – tudo muito bem organizado e apresentado.
A cestinha com os produtos ficava na lateral.
O The Private Room também tem uma área de restaurante/buffet – muito “chiquetosa” por final.
No canto esquerdo há um pequeno buffet – mas bem tímido e simples.
De longe ele é bem bonito, mas quando você chega perto para analisar as opções você fica bem decepcionado.
O que você vai encontrar: sanduíches, mix de nuts, frutas secas e doces. Para um lounge desta magnitude – muito fraco!
Aliás a sala poderia ter um bar com algumas bebidas self-service, pois qualquer coisa que você queira beber (inclusive uma água) tem que pedir – não há nada no modelo “grab-n-go”.
Estas opções me lembraram os snacks oferecidos em lounges simples parceiros do Priority Pass.
Portanto, caso você esteja realmente faminto e com desejo de comer “comida” de verdade, terá que sentar e fazer seu pedido formalmente.
Eu confesso que o atendimento deixou a desejar – a funcionária que me atendeu não era muito simpática, estava desatenta a maioria do tempo e não fez questão nenhuma de explicar o cardápio ou fazer alguma sugestão. Uma pena!
Pedi champagne para beber enquanto olhava as opções do menu – o mesmo veio acompanhado de uma toalha umedecida.
O cardápio é trocado de acordo com o horário – existe o menu de café da manhã, almoço e jantar. Como meu voo saía no período da noite, foi oferecido o jantar.
Um ponto positivo é que no cardápio eles já deixam selecionados os pratos para vegetarianos. Na parte de bebidas senti falta de ter opções de coquetéis – mas acredito que se eu pedisse eles iriam trazer ou providenciar.
A sala em parceria com a TWG tem um menu exclusivo de chás – achei bacana!
Pra começar pedi a salada Waldorf com molho a base da maionese e nozes – estava ótima.
De prato principal eu pedi o peixe (seabass) com purê de ervilhas e tomate. O prato veio morno (não estava quente) e apesar da apresentação “parecer” bonita – tive a sensação de que ele foi montado e colocado no microondas/forno. Você sente quando a comida não é feita na hora. O peixe estava salgado, mas o purê estava uma delícia.
E de sobremesa acabei optando por uma bola de sorvete de chocolate e outra de creme – eles vieram com algumas lascas de chocolate e amêndoas em cima. Aliás, sorvete não tem como errar né?
Esperei mais algumas horas no lounge até o horário de embarcar – aliás fica a dica – a sala pode ficar BEM distante do seu portão, por isto separe pelo menos uns 20-30 minutos antes do horário do embarque para deixar a sala. E lembre-se que há um segundo controle de raio-x no portão.
Um outro fator que achei que deixou a desejar – não há acompanhamento do passageiro até o portão como outras cias oferecem, por exemplo: Lufthansa, Air France. Penso que poderiam oferecer uma carona nos inúmeros carrinhos de golf que o aeroporto tem né pois realmente a caminhada é longa.
Eu confesso que tinha uma expectativa muito alta do The Private Room – pois já tinha lido bastante à respeito na internet – porém me decepcionei. Da falta de conforto das poltronas, o buffet tímido (que poderia ser mais elaborado) e até o atendimento fraco no restaurante fez da minha experiência não ser das melhores. A sala poderia oferecer algo a mais como salas de descanso/soneca, um bar ou até mesmo um SPA. O serviço é pouco focado na experiência do passageiro – precisa melhorar!
Em contrapartida, não posso deixar de registrar que o lounge é super exclusivo, bem decorado e “calmo”.
A boa notícia é que a Singapore já anunciou a reforma dos lounges do T3 que está para ser concluída em 2021 – agora nos resta esperar se este cronograma irá se manter por causa da pandemia né?
E você, já passou por lá? Como foi sua experiência? O que achou do espaço?
Avaliação
- Tamanho:
- Atendimento:
- Internet:
- Conforto:
- Buffet:
- Chuveiros:
- Business Center:
- Entretenimento:
- Limpeza:
- Ocupação:
7.7