Boeing demitirá mais de 6 mil funcionários nos EUA

O atual CEO da Boeing, Dave Calhoun, que assumiu o cargo após a renúncia de Dennis Muilenburg no final do ano passado, divulgou uma carta a seus funcionários falando sobre a redução de trabalho e as perspectivas da empresa durante este período de pandemia.

Dennis Muilenburg – Ex CEO da Boeing.

Carta do atual CEO

Após o anúncio de redução de funcionários que fizemos no mês passado, concluímos nosso programa de demissão voluntária – voluntary Layoff (VLO). E agora chegamos ao momento infeliz de ter que iniciar demissões involuntárias – involuntary layoffs (ILO). Estamos notificando os primeiros 6.770 membros de nossa equipe nos EUA esta semana que eles serão afetados. Forneceremos todo o apoio possível para aqueles afetados pelas ILOs – incluindo indenizações, cobertura de saúde COBRA para funcionários dos EUA e serviços de transição de carreira.

Nossos locais internacionais também estão trabalhando com reduções da força de trabalho que serão comunicadas localmente em seus próprios prazos, de acordo com as leis locais e os termos de benefícios.

O impacto devastador da pandemia da COVID-19 no setor de transporte aéreo significa um corte profundo no número de jatos e serviços comerciais de que nossos clientes precisarão nos próximos anos, o que, por sua vez, significa menos empregos em nossas linhas e em nossos escritórios. Fizemos o possível para projetar as necessidades de nossos clientes de linhas aéreas comerciais ao longo dos próximos anos, quando eles começarem seu caminho de recuperação.

Eu gostaria que houvesse alguma outra maneira.

Para aqueles que são notificados, quero oferecer minha gratidão pessoal pelas contribuições que você deu à Boeing e desejo a você e sua família o melhor. Para mais informações, consulte esta mensagem de vídeo.

Para aqueles que permanecem, enormes desafios permanecem. Manter nossos colegas saudáveis e seguros é o principal deles. O mesmo acontece com o suporte a nossos clientes e fornecedores durante a recuperação e o trabalho para garantir ao público que viaja a salvo de infecções. Também teremos que ajustar nossos planos de negócios constantemente até que a pandemia global pare de afetar nossos mercados de maneiras que ainda são difíceis de prever. Por tudo isso, a segurança de nossos produtos e serviços continuará sendo a prioridade número 1.

Estamos vendo algumas esperanças, pois alguns de nossos clientes estão relatando que as reservas estão superando os cancelamentos em seus voos pela primeira vez desde o início da pandemia. Alguns países e estados dos EUA estão começando cautelosamente a abrir suas economias novamente. E algumas partes de nossos negócios, principalmente do lado da defesa, continuarão contratando para cumprir os compromissos dos clientes e preencher posições de habilidades críticas.

As equipes de Defesa, Espaço e Segurança e serviços de defesa alcançaram uma série de marcos recentemente, incluindo o retorno bem-sucedido à órbita do Veículo Orbital X-37B reutilizável e autônomo. Estamos avançando com nosso plano de reiniciar a produção do 737 MAX em Renton, Washington, à medida que nossos esforços de retorno ao serviço continuam. E nossa equipe de serviços globais está mudando sua organização para garantir que ela seja enxuta e focada nas necessidades pós-COVID de seus clientes.

Mas esses sinais de eventual recuperação não significam que a saúde e a crise econômica global acabaram. Nossa indústria voltará, mas levará alguns anos para retornar ao que era apenas dois meses atrás. O caminho mais seguro é que cada um de nós seja fiel ao que tradicionalmente representa a Boeing: valores, integridade, qualidade, confiabilidade, know-how, resiliência e comprometimento com as necessidades de nossos clientes. Vamos trabalhar juntos para garantir que temos todas essas coisas. Para o nosso futuro. Para cada um. Para todos que contam conosco.

Fique seguro e obrigado por tudo o que fazem.
Dave

Comentário

Momento muito complicado para o setor da aviação em geral, resultando na demissão involuntária de mais de 6 mil funcionários pela Boeing. Como dito pelo CEO, levará alguns anos para que a indústria retorne ao que era apenas dois meses atrás. Esperamos que a situação se normalize o quanto antes para que essa recuperação comece.