O governo de Dubai, uma das principais cidades dos Emirados Árabes e do mundo, anunciou que irá ajudar financeiramente a companhia aérea nacional Emirates com injeção de capital para ajudar com os gastos devido à pandemia de coronavírus. A decisão veio após a Organização Árabe de Transporte Aéreo (AACO) pedir aos governos regionais que dessem ajuda financeira para as companhias nacionais, ou então que aplicassem medidas fiscais de apoio durante este período bastante crítico pela qual a aviação vem passando.
Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), a receita das companhias do Oriente Médio cairão U$19 bilhões neste ano, o que indica uma porcentagem de 39% a menos em relação ao ano passado. Por conta disso, o príncipe herdeiro do emirado, Hamdan bin Mohammed, anunciou, em seu Twitter, que o governo estará fazendo uma injeção de capital – de valor ainda não divulgado.
.@Emirates, our national carrier, positioned Dubai as an global travel hub and has great strategic value as one of the main pillars of Dubai's economy, as well as the wider economy of the UAE. We will announce further details about the equity injection and more measures soon. pic.twitter.com/wdcrn2trO9
— Hamdan bin Mohammed (@HamdanMohammed) March 31, 2020
A companhia está cortando entre 25% e 50% os salários-base da maioria de seus 100 mil funcionários para reduzir os gastos. A empresa alega que o objetivo desta decisão é evitar demissões. Além dos cortes nos salários, a Emirates também está suspendendo suas operações. Semana passada, por exemplo, a aérea operou seu voo para São Paulo pela última vez, antes da paralisação histórica pelo qual ela vem passando.