A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) afirmou que aceitar passageiros vacinados deve ser a melhor prática para reabrir fronteiras de forma segura. Os dados mais recentes analisados pela associação mostram que mais de 20 países suspenderam total ou parcialmente as restrições para viajantes vacinados.
Segundo a IATA, nos casos em que o turista não esteja vacinado, países que não exigem quarentena devem ter uma política de segurança baseada em testagem em massa, com ampla disponibilidade e oferecidos gratuitamente.
Vale ressaltar que recentemente, o diretor geral da IATA, Willie Walsh, afirmou que os custos dos testes não devem interferir na liberdade de viajar das pessoas. Para o diretor, a melhor solução é que esses custos sejam assumidos pelos governos, pois é de sua responsabilidade, de acordo com as diretrizes da OMS. Para mais informações sobre o posicionamento da OMS e o comparativo entre os preços dos testes ao redor do mundo, clique aqui.
A IATA citou, por exemplo, o caso da Alemanha, que removeu quase todos os requisitos que obrigam o turista a realizar a quarentena, para viajantes com teste de resultado negativo para a COVID-19 ou que estejam vacinados, salvo algumas exceções, como turistas vindos de países considerados de alto risco.
A decisão do governo alemão seguiu as orientações baseada em estudos desenvolvidos pelo Robert Koch Institute (RKI), que concluiu que os vacinados não representam um grande risco para a população local visto que, segundo o estudo, não possuem alta significância na taxa de transmissão do novo coronavírus.
A implementação desta política alinha a Alemanha com as recomendações da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, com base em pareceres científicos semelhantes do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Nas suas orientações provisórias sobre os benefícios da vacinação, o ECDC disse que, com base nas evidências disponíveis, a probabilidade de uma pessoa vacinada infectada transmitir a doença é atualmente avaliada como muito baixa.
Conclusões semelhantes estão sendo alcançadas nos Estados Unidos, onde Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) observou que com uma vacina 90% eficaz, os testes realizados antes e após as viagens, assim como a realização de quarentena, não possuem um grande benefício, visto que, como citado acima, a probabilidade de transmissão é considera baixa.
O diretor da IATA ainda afirmou que reabertura segura das fronteiras para viagens internacionais é o principal objetivo. E as evidências científicas e os dados como os apresentados devem ser a base para a tomada de decisão necessária para alcançar tal feito. Segundo o executivo, há cada vez mais evidências científicas de que a vacinação não está apenas protegendo as pessoas, mas também reduzindo drasticamente o risco de transmissão de COVID-19. “Isso está nos aproximando de um mundo onde a vacinação e os testes permitem a liberdade de viajar sem quarentena. A Alemanha e pelo menos 20 outros países já deram um passo importante na reabertura de suas fronteiras aos viajantes vacinados. Estes são os exemplos de melhores práticas para outros seguirem rapidamente”, concluiu Walsh.
Vale ressaltar que a Espanha anunciou a abertura do país para todas as pessoas que estiverem 100% vacinados a partir de 7 de junho.
Qual a sua opinião sobre o tema? Acredita que a vacinação seja o caminho para a reabertura das fronteiras?