A prefeitura do Rio de Janeiro vai passar a exigir, a partir de setembro, que as pessoas apresentem um “passaporte de vacina” comprovando que se vacinaram contra a COVID-19 na entrada de locais públicos e privados de uso coletivo na capital fluminense. A medida chega na mesma semana que a prefeitura de São Paulo também anuncia a criação de um aplicativo para controlar o número de pessoas em eventos e estabelecimentos.
As regras da adoção do passaporte de vacina foram publicadas no Diário Oficial do município e o anúncio vem um dia depois de a cidade adiar por tempo indeterminado a reabertura das atividades, por causa da circulação da variante Delta do coronavírus. A circulação da variante aumentou o número de casos, internações e a ocupação de leitos de UTI na capital fluminense e no Estado do Rio, que se tornaram o epicentro da variante no país.
De acordo com o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), a intenção do município é criar dificuldades para quem não se vacinou, protegendo as pessoas vacinadas. “Muita gente não se vacinou e aos poucos vamos criar dificuldades para quem não se vacinou e protegendo os que se vacinaram. A vacina é o melhor instrumento contra a doença. As pessoas podem ser impossibilitadas de lazer ou de trabalhar se não vacinar”.
Como vai funcionar
A pessoa terá que apresentar carteira de vacinação no acesso ao local ou o certificado digital via ConectSUS. Para receber ajuda de programas assistenciais da prefeitura e até realizar cirurgias eletivas, o passaporte também será exigido. A prefeitura pretende fiscalizar o passaporte através de órgãos como Vigilância Sanitária, Guarda Municipal, Secretaria de Ordem Pública e outros, mas Paes disse que conta com o bom senso das pessoas.
Segundo dados, cerca de 300 mil pessoas não tomaram a primeira dose de uma vacina contra COVID-19 na capital fluminense e aproximadamente 200 mil não voltaram para tomar a segunda dose. Por conta disso, a comprovação de vacinação será exigida para entrada em locais como academias de ginástica, centros de treinamento, clubes, estádios, arenas esportivas, cinemas, teatros, salas de concerto, pontos e locais de visitação turística, feiras, centros comerciais, convenções, conferências e outros.