A Qatar Airways precisará recorrer ao governo para continuar operando. Em entrevista para a Reuters, o presidente-executivo da empresa, Akbar al-Baker, disse que esse é um dos meios mais viáveis para que a companhia continue em atividade, visto que em breve poderá ficar sem dinheiro para voar.
Conforme publicamos na semana passada, a Qatar está indo na contramão das demais empresas aéreas mundiais e está aumentando suas operações durante este período crítico. Para essa decisão, al-Baker disse “recebemos muitos pedidos de governos de todo o mundo, embaixadas em alguns países, solicitando à Qatar Airways que não pare de voar. Vamos voar o tempo que for necessário e temos pedidos para levar as pessoas às suas casas, desde que o espaço aéreo e os aeroportos estejam abertos”.
Mesmo com os pedidos sendo acatados, a Qatar está consumindo muito dinheiro, tendo o suficiente para continuar operando por um período muito curto, como disse o presidente. Baker se recusou a dizer quando a companhia aérea precisaria de auxílio estatal, que pode vir na forma de empréstimos ou patrimônio, mas disse que estava tomando medidas para economizar dinheiro.
Um dos meios de prevenir o gasto é com as férias não remuneradas, tiradas por alguns de seus funcionários. Além disso, outro meio que o executivo encontrou para deixar de gastar tanto é em não receber salário, até que as operações voltem a ser realizadas por completo. Akbar al-Baker disse que seus funcionários não foram obrigados a fazer cortes nos pagamentos, mas que alguns se ofereceram para fazê-lo.
A companhia já previa um gasto maior este ano muito antes da pandemia, por causa de uma disputa política regional que a obriga a voar rotas mais longas e mais caras para evitar o espaço aéreo que havia sido proibido por alguns países vizinhos.