Na última sexta-feira (27/03), realizei lá no Instagram do Papo de Aeroporto uma super entrevista com a Simone Mendonça que é Gerente de Operações de Terminais do RIOgaleão – Aeroporto Internacional Tom Jobim. Batemos um papo super esclarecedor sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus nas operações dos aeroportos em geral e, especificamente, no RIOgaleão.
Para quem não pôde acompanhar com a gente, resolvi compartilhar aqui no Passageiro de Primeira a entrevista na íntegra em forma de texto.
Entrevista
RC: Olá Simone, primeiramente eu gostaria de agradecer pela sua disponibilidade e de toda a equipe do RIOgaleão e que você se apresentasse para o pessoal.
SM: Sou Simone Mendonça, eu sou Arquiteta e Urbanista e durante 20 anos eu trabalhei em obras de grande porte e a minha especialidade é justamente os aeroportos. Eu trabalhei aqui no Galeão, tive oportunidade de trabalhar na construção do Terminal 2, na construção do TECA (Terminal de Cargas), trabalhei no Santos Dumont. Então, minha vida sempre foi muito ligada a essa questão de construção de aeroportos. Em 2016 eu vim aqui para o RIOgaleão para justamente coordenar os projetos que seriam necessários para receber as Olimpíadas de 2016 e, desde então, eu me juntei ao time. Em Operações eu estou há 4 anos e foram anos bem intensos. Eu cuido justamente da jornada do passageiro no aeroporto, então eu sou responsável pelo momento que ele aparece aqui no nosso “retão”, na Avenida 20 de Janeiro, até o momento que ele entra na aeronave e vice-versa, eu sou responsável por cuidar dessa passageiro. Nesse período de 4 anos intensos, a gente teve as Olimpíadas, a gente teve no ano passado as obras da pista do Santos Dumont que dobraram a nossa capacidade e, eu não posso deixar de mencionar para os flamenguistas, a complexa operação que foi para fazer o Flamengo chegar e sair aqui do aeroporto e fazer a final lá em Lima. Tédio não tive nesses 4 anos e agora a gente está aqui tentando lidar com essa contingência que é o novo coronavírus que realmente pegou o mundo de surpresa desde dezembro do ano passado.
RC: Você está falando de vários acontecimentos que deixaram o aeroporto lotado. Eu trabalhei aí no aeroporto durante as Olimpíadas de 2016 e o aeroporto estava uma loucura. Agora estamos falando de um aeroporto “adormecido”.
SM: Se a gente for ver um contraponto, em agosto do ano passado nós estávamos todos aqui reunidos, loucos para receber o movimento que a gente teria do Santos Dumont, que a gente passou de 250 movimentos/dia para 500, de 50.000 passageiros para quase 80.000 passageiros por dia. E hoje a realidade que a gente tem é o extremo inverso. No início de março a gente tinha cerca de 270 a 280 movimentos/dia, ontem nós tivemos 30, hoje vamos ter 22 e a partir do dia 01 de abril até o dia 20 de abril a gente vai ter só 6. Então realmente é um quadro bem crítico, mas que pelas nossas previsões não deve perdurar por muito tempo.
RC: Você mencionou a questão dos movimentos, agora como vocês estão pensando em diversificar as receitas de vocês, cargas, aviação privada, pátio para aviões que estão “groundeados” (adaptação do inglês “grounded“, aquelas aeronaves que não estão voando, que irão ficar no solo durante esse período).
SM: A demanda de carga por enquanto ainda não foi afetada. A gente deve ter tido até um certo acréscimo porque nós temos convênios com algumas indústrias farmacêuticas e, nesse momento, é justamente o bem que talvez esteja movimentando mais a questão da carga. Nós já recebemos 75 pedidos para estacionamento de aeronaves que precisam ficar no solo, lógico que esses pedidos maiores partem das empresas GOL e LATAM e essas aeronaves já estão começando a chegar e vão ficar “groundeadas” aqui na área do Terminal 1 e na remota do Terminal 1 também. É o momento da gente se reinventar, de focar em outras receitas para que a gente possa ter um crescimento sustentável para os próximos meses desse ano.
RC: Quais são os impactos gerais em relação aos voos nacionais e internacionais? Ontem no Passageiro de Primeira publicamos a notícia que saiu da redução média de 90% dos voos.
SM: Vários países estão com as suas fronteiras fechadas, proibindo a entrada de estrangeiros, somente dos seus próprios habitantes. Os estrangeiros não podem viajar porque corre o risco de chegar no país e a fronteira estar fechada e ele ter que retornar ao seu país de origem. Dentro do país, dentro do Brasil, a gente sofre um auto-isolamento, que fez com que várias empresas já dessem home-office, viajar para fazer visitas está cancelado, então a demanda por voos caiu. Outros estão proibidos de voar, como é o caso da Argentina. Não se pode ter voo nenhum para a Argentina, dentro da Argentina nem fora de lá. Isso fez com que a demanda tanto dos voos internacionais quanto domésticos encerasse durante um bom período. Nós ainda estamos tendo um resquício de voos internacionais de repatriação de estrangeiros que estão aqui no Brasil e precisam voltar para os seus países. Hoje mesmo nós recebemos, por exemplo, um pedido de um voo da Rússia que estaria levando pessoas da Rússia e pessoas da Comunidade Européia. A nossa previsão, o que a gente já tem no nosso sistema, é que nós não devemos ter voos internacionais entre 01 e 21 de abril. Esses voos só devem retornar após o 21 de abril. Isso é muito dinâmico, hoje é o que nós temos, são os pedidos de slots recebidos, mas não garante que as companhias aéreas, de fato, vão conseguir realizar esses voos porque eles podem simplesmente não ter a demanda. No mercado doméstico, as companhias aéreas não têm demanda e a ANAC então montou uma malha de contingência para garantir a conectividade do país. Então, esses 6 movimentos que o RIOgaleão vai ter a partir de amanhã, que na verdade vão perdurar até o dia 30 de abril, fazem parte dessa malha e eles fazem a ligação do Rio de Janeiro com São Paulo, conectando o GIG com GRU. Esses serão os únicos voos que nós teremos no Galeão e serão operados pela GOL. Somente a GOL vai operar no RIOgaleão e no Santos Dumont será a LATAM com outras cidades do Brasil. Esses voos são obrigatórios para garantir que o Brasil não fique com uma malha sem voo nenhum. Com isso o nosso número de passageiros cai bastante agora no mês de abril.
RC: Nesse sentido, você que pensa na experiência do passageiro, que cuida dele em toda a sua jornada, como vocês estão pensando a experiência do passageiro que vai estar no aeroporto durante esse período que vocês vão estar com 6 voos somente?
SM: O mais difícil a gente acabou de passar, nós tínhamos aqui uma demanda muito grande de estrangeiros precisando retornar para os seus países e que muitos não tinham dinheiro para ficar nos hotéis, principalmente os argentinos. Nós tínhamos uma grande quantidade de argentinos que estavam aqui em Búzios e que foram pegos de surpresa com a suspensão dos voos, correram para o aeroporto e aqui tentaram, então, conseguir voltar para a Argentina. As companhias, tanto GOL, quanto LATAM, quanto Aerolíneas e Emirates, fizeram os esforços de colocar voos extras com autorização do governo argentino para poder mandar de volta mais de 2.500 passageiros que passaram aqui na semana passada. Para esses passageiros, a gente deu todo o apoio que a gente pôde dar, na medida do possível, fazendo contatos, ajudando as companhias aéreas a resolver junto aos consulados a questão dos voos. A gente fez a desinfecção do terminal para que ninguém se contaminasse, a gente trabalhou com bastante preocupação junto a essa população que, de repente, se alojou no aeroporto. Daqui pra frente, a gente estava hoje justamente fazendo um plano de como diminuir um pouco as áreas aonde o passageiro vai poder circular para que a gente possa prestar um serviço de maneira qualidade. Em breve a gente vai divulgar, mas basicamente a gente vai deixar só o lado doméstico funcionando, muito restrito, e a área internacional a gente só vai abrir de acordo com a demanda de algum voo que entre, que não está agora previsto na nossa malha. Nós vamos operar basicamente sob demanda no internacional e esses voos que são regulares domésticos a gente vai tentar restringir o terminal para tentar atendê-los da melhor forma possível com alimentação e algumas lojas de primeira necessidade.
RC: Em relação às áreas de alimentação e serviços em geral do aeroporto, a concessionária está com alguma estratégia para auxiliar essas empresas cessionárias que operam no aeroporto para que eles também não fechem as lojas ou tenham que demitir funcionários?
SM: Se você passear pelo terminal hoje, que ainda não está com essa restrição, algumas lojas já estão fechadas, mas é mais porque eles não têm condições, às vezes os funcionários não têm como chegar por causa das medidas de trânsito das pessoas entre municípios, a gente tem muita gente que mora em Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo, outras cidades da Baixada Fluminense e essas pessoas estão impedidas de chegar, muitas vezes. Outras pessoas tiveram algum tipo de sintoma, que não necessariamente se caracterizaram como o novo coronavírus, mas foram colocadas em quarentena. Então algumas lojas ficaram impedidas de abrir. É nosso interesse que todos os nossos cessionários permaneçam no aeroporto, então a área comercial já está trabalhando no sentido de ajudar, de rever contratos, de ver como a gente pode melhor ajustar para os próximos meses, pois ainda vai demorar um tempinho para retomar a demanda.
RC: Como vocês estão fazendo o controle dos passageiros que hoje chegam nos voos regulares? A gente tem toda aquela questão de vigilância sanitária federal, estadual, foram derrubadas algumas liminares agora que permitiam que alguns aeroportos do Nordeste fizessem medição de temperatura, como está esse cenário?
SM: Primeiro eu quero esclarecer que teve muita crítica na rede dizendo que o RIOgaleão não estava fazendo nenhum tipo de medida de contingência para os passageiros que estavam chegando do exterior, de cidades contaminadas ou países contaminados. O aeroporto não pode executar, ele como aeroporto, como concessionária, esse tipo de ação. Ela é de responsabilidade da Anvisa, única e exclusivamente. O aeroporto é composto por um conjunto de autoridades aeroportuárias, como a Polícia Federal, Anvisa, Vigiagro, Ibama, ANAC, Infraero, todos fazem parte para fazer a operação do aeroporto. Então, dentro das áreas restritas do aeroporto, a Anvisa é a autoridade responsável pela triagem e pela entrevista de passageiros que chegam no Brasil vindos de outros países. Eles têm o processo e protocolo deles, que eles realizam. Como você falou, alguns estados e municípios entraram com uma liminar pedindo que eles também pudessem fazer esse tipo de controle. Então, desde segunda-feira, a Secretaria de Estado do Rio de Janeiro está fazendo a medição de temperatura dos passageiros internacionais que chegam no Rio de Janeiro. De lá para cá só foi identificado 1 caso de febre que foi encaminhado para o hospital recomendado. Ontem a Secretaria me ligou pedindo informações sobre voos domésticos, porque eles vão começar a fazer aferição também nesses passageiros chegando em voos domésticos, uma vez que a contaminação não é mais importada, também é comunitária. A medição é feita dessa forma, na área externa pela Secretaria Estadual de Saúde.
RC: Às vezes as pessoas tendem a achar que a simples medição da temperatura já garante que se vá identificar, fazer a triagem de um passageiros que está contaminado ou não, porque muitas vezes o passageiro está assintomático ou tomou um remédio para febre e aquilo vai mascarar a medição da temperatura. É importante esclarecer que simplesmente medir a temperatura do passageiro não é o suficiente para poder fazer essa identificação. Até por isso a Anvisa faz todo esse trabalho na área restrita com outras estratégias para poder identificar o passageiro que pode estar contaminado com o novo coronavírus.
RC: Uma coisa que eu tenho visto muito nas redes é o pessoal dizendo “fecha o aeroporto!”. Eu queria que você esclarecesse isso, pois as pessoas acham que é simplesmente a RIOgaleão chegar na porta do Terminal 2, passar a chave e dizer que está fechado!
SM: Isso, a RIOgaleão não tem o poder de fechar o aeroporto. Só quem pode determinar isso é a ANAC. Nós só vamos fechar o aeroporto se ela determinar e nem é nossa intenção fechar. É nossa intenção trabalhar da forma mais segura para o passageiro e para os nossos funcionários. Enquanto tiver voo vindo pra cá a gente vai continuar funcionando, nós somos o aeroporto que menos fecha no Brasil e não vai ser o coronavírus que vai fechar a gente não. Vamos continuar abertos, é só vir voo. A aviação também é responsável por outros tipos de voos, como o transporte de órgãos para transplantes, transporte de monetário, a Casa da Moeda fica no Rio de Janeiro, o Brasil precisa levar dinheiro para os outros estados. Não é simplesmente não voar, é voar com segurança, tomando todas as medidas necessárias que eu acho que as autoridades já fazem com a competência que lhes cabe. E ao aeroporto cabe prestar o auxílio para que essas autoridades possam exercer todo o tipo de controle que eles acharem necessário.
RC: O COVID-19 é uma crise temporária, mas, às vezes crises levam a mudanças de procedimentos. O 11 de setembro, por exemplo, levou a mudanças importantes na segurança. Será que o COVID-19 causará algo semelhante?
SM: É muito cedo para falar e os procedimentos do COVID-19, na verdade, são de higiene básica. É se manter distância das pessoas, lavar as mãos, higienizar, então eu acho que talvez o hábito de todos nós na questão da higiene pessoal talvez mude. Eu acho que isso, em termos de obrigatoriedade da aviação, já existem medidas que já são tomadas pela vigilância sanitária, por exemplo, nos procedimentos de limpeza das aeronaves. Existem normas na segurança do trabalho que já estipulam que esses profissionais devam usar luvas, máscaras, avental, como é tratado o dejeto da aeronave, tudo isso já é normatizado. Talvez o que venha a mudar é uma fiscalização maior para garantir que essas normas estejam sendo praticadas.
RC: Vamos falar agora de perspectivas, pensando no futuro, estamos falando do segundo aeroporto mais importante do país em termos de entrada de turistas estrangeiros, quarto aeroporto mais movimentado do Brasil, o Rio de Janeiro é a cidade mais procurada pelo turista estrangeiro à lazer, o segundo destino para o que vem a negócios. Estamos falando de um lugar que é um portão de entrada super importante. Como vocês estão vendo as perspectivas, o retorno das operações, existe alguma previsão?
SM: Primeiro de tudo que a gente tem que analisar é a curva do vírus, porque ele tem uma curva de contágio e depois de declínio e ela está atingindo continentes e países em tempos diferentes. Então enquanto essa curva não terminar de contaminar novos mercados e fazer com que países se fechem e parem de voar, ela vai atingir de uma forma ainda muito radical a aviação. Segundo, a confiança que as pessoas vão ter em voar novamente. “Será que voo esse ano? Deixo para o ano que vem? Já fiquei em casa mesmo tantos dias, vou tirar as férias no ano que vem”. Isso também pode afetar muito a demanda. As companhias aéreas podem estar preparadas para voar, porém a demanda pode ter uma queda expressiva em relação àquela demanda que a gente tava acostumado até então. O que a gente tem aqui de previsão, de voos que foram solicitados, é que em junho a gente começa a ter uma melhora já boa e lá para outubro, novembro, a gente está com a nossa malha reconstituída e em dezembro a gente já estaria em carga total de novo. Essa é a previsão que nós temos de voos solicitados para o RIOgaleão, agora vai depender dos dois primeiros fatores: a curva da contaminação do vírus nos diversos países e continentes e a confiança das pessoas em viajar. Eu, pessoalmente, acho que essa questão de fazer o home-office vai quebrar muitas barreiras daquelas pessoas que eram mais resistentes em fazer uma videoconferência, em trabalhar remotamente. Talvez essa força que nós tivemos que fazer para poder trabalhar de casa mude muito a nossa relação de trabalho e isso para a aviação vem a ser um impacto que é o deslocamento menor das pessoas. Eu acredito muito que esse período vai trazer mudanças de comportamento para a nossa sociedade e a quantidade de pessoas, tanto dentro das próprias cidades se deslocando para o trabalho, quanto entre cidades eu acho que vai tender a mudar.
RC: Vocês fiscalizam as empresas que funcionam no aeroporto em relação ao local de trabalho, higiene dos funcionários, temperatura, utilização de EPI? A gente sabe que o aeroporto é um mundo onde tem um monte de outras empresas operando e aí importante também a gente entender como eles estão trabalhando.
SM: Aqui no aeroporto, à título de curiosidade, nós somos cerca de 15.000 pessoas na comunidade aeroportuária, trabalhando aqui todos os dias. Sempre temos uma ronda de sustentabilidade que passa para verificar as condições de trabalho da equipe e também temos a nossa equipe de segurança do trabalho. Na última semana a equipe de sustentabilidade desenvolveu cartilhas que estão sendo distribuídas pelo aeroporto, principalmente nos cessionários, explicando sobre o coronavírus e como proceder, os hábitos de higiene, temos reforçado essa comunicação na comunidade aeroportuária. Nosso terminal está todo cheio de mensagens também pare reforçar isso no passageiro e na comunidade e nós fizemos na semana passada junto com a Anvisa uma vistoria no pátio e vimos algumas situações não adequadas e estamos trabalhado para consertar isso. Então a gente está sim alerta porque nós queremos que isso se espalhe, não só na nossa cidade, mas principalmente dentro do nosso aeroporto.
RC: E em relação à equipe da própria RIOgaleão, você estão fazendo um rodízio?
SM: Desde a semana passada, quem é da parte administrativa já está fazendo home-office. E o nosso pessoal de operação não tem como parar, infelizmente, a gente tem que fazer funcionar e eles estão ali bravamente vindo com muita garra todos os dias. O que a gente está fazendo sim, é subdividir a nossa escala, que normalmente é de 12 horas, em escalas menores para a gente não expor todo mundo de uma vez e ter um certo controle de proteção da equipe. Também a gente fez um mapeamento daquelas pessoas que podem se enquadrar no grupo de risco e essas foram imediatamente afastadas. E todo integrante que aparece aqui com algum tipo de sintoma a gente já afasta por 40 dias e o nosso serviço médico fica acompanhando para saber se ele tem condições ou não de retornar. E quem está no front, por exemplo, a minha equipe de terminal, está trabalhando com máscara e luva para se proteger também.
RC: Você tem alguma mensagem que quer deixar para o pessoal?
SM: Eu vou repetir as palavras do nosso presidente Alexandre Monteiro que, num vídeo institucional, diz que toda crise tem início, meio e fim e nós temos que ter certeza de que isso vai passar e que a gente vai sair com novos aprendizados e mais fortes ainda disso. Fico muito feliz de ver toda a equipe do RIOgaleão dando as mãos, trabalhando todos juntos, a nossa diretoria fazendo o possível para conservar os empregos da concessionária, já fizemos ajustes necessários, não só colocando de férias, como também já fizemos uma redução de 15% nos salários dos gerentes e diretores para a gente poder preservar a nossa equipe. Queria que todos soubessem que estamos juntos e que a gente está batalhando para que tudo isso termine da melhor forma possível.
Agradecimentos
Muito obrigado à Simone Mendonça pela entrevista e à toda a equipe do RIOgaleão pela disponibilidade para que pudéssemos bater esse papo e esclarecer pontos tão importantes para o momento que estamos vivendo. Compartilho do pensamento do Presidente da Concessionária RIOgaleão, Alexandre Monteiro, de que toda crise tem início, meio e fim e tenho certeza que esse período está sendo de muito aprendizado para todos nós.
E se você quiser assistir o vídeo da entrevista, ele está disponível na íntegra no IGTV do Papo de Aeroporto clicando nesse link!