A Qatar Airways anunciou que milhas do seu programa de fidelidade – o Privilege Club – não vão mais expirar desde que haja movimentação na conta dentro de um generoso prazo de 36 meses. A companhia segue os passos da Air Canada, que anunciou na semana passada uma flexibilização similar.
Como funcionará
O sistema similar de vencimento de milhas será parecido ao do AAdvantage: milhas não expiram, desde que a conta permaneça ativa. Tudo o que você precisa fazer para não perder o seu saldo é ganhar ou resgatar uma única milha. Veja um exemplo:
No dia 01/10/2020, 15.000 milhas vão expirar. Para evitar que elas expirem basta você realizar uma única movimentação na sua conta até um dia antes desse prazo. A data de expiração será renovada então para +36 meses, ou seja, 31/09/2023.
Métodos de reativação
Qualquer movimentação na conta renovará a data de expiração do seu saldo. Veja alguns exemplos:
- Receber milhas de um voo da Qatar ou outras companhias;
- Receber milhas de um parceiro (cartões de crédito, rede de hotéis, locadoras de carros, etc);
- Reativar milhas expiradas (há um custo para isso);
- Usar milhas para emitir um bilhete prêmio da Qatar ou outras companhias;
- Usar milhas para comprar produtos e serviços;
- Comprar milhas.
Comentário
A notícia é boa e representa um avanço na política de flexibilização de expiração de milhas do programa da Qatar. A companhia árabe é, inclusive, mais generosa que a American Airlines e a Air Canada – que também oferecem essa facilidade, porém são mais restritas e exigem uma atividade a cada 18 meses (metade do prazo da Qatar Airways).
Como sabemos, esta não é a flexibilidade perfeita, já que demanda que a conta permaneça ativa. É o contrário do que a United anunciou para o MileagePlus no ano passado: as milhas do programa da companhia não expiram, de fato.
Há uma justificativa para que nem todas as companhias sejam tão generosas com esse tipo de política: bilhões de milhas não são utilizadas anualmente e para a empresa reter o seu uso após um certo tempo significa que ela ganhará dinheiro economizando com o custo de eventuais resgates. Há, inclusive, um nome para isso: taxa de breakage. Segundo dados da ABEMEF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) essa taxa vem reduzindo gradualmente no Brasil e no 1º trimestre desse ano foi de 15%.
Quem sabe a Qatar Airways – American, Air Canada e tantas outras – não adotem um modelo de flexibilização completa ao longo dos próximos anos?
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