Israel e Emirados Árabes Unidos oficializaram um acordo de “normalização das relações” entre as nações. O pacto foi discutido graças a uma conversa chefiada por Donald Trump, que uniu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al-Nahyan.
Trump disse que intermediou uma conversa que levará Israel e Emirados Árabes Unidos a assinarem uma série de acordos bilaterais sobre investimento, turismo, segurança, tecnologia, energia e outras áreas enquanto se movem para permitirem voos diretos os países e estabelecerem embaixadas recíprocas nas nações. A reunião com as delegações dos dois países para debater e, por sua vez, assinar o pacto, deverá acontecer nas próximas semanas.
O acordo faz com que Israel renuncie, por enquanto, seus planos de anexar territórios palestinos, para se preocupar em melhorar seus laços com o restante do mundo árabe. “Como resultado deste avanço diplomático e a pedido do Presidente Trump com o apoio dos Emirados Árabes Unidos, Israel suspenderá a declaração de soberania sobre as áreas delineadas para a Paz e concentrará seus esforços agora na expansão dos laços com outros países em o mundo árabe e muçulmano”, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca e descrito como uma declaração conjunta de Israel, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.
O que disse Trump?
Trump convocou repórteres ao Salão Oval para dar a notícia, que ele disse ter sido selada durante uma ligação telefônica com o primeiro-ministro israelense e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi e governante dos Emirados Árabes Unidos. “Este acordo é um passo significativo para a construção de um Oriente Médio mais pacífico, seguro e próspero”, disse Trump. “Agora que o gelo foi quebrado, espero que mais países árabes e muçulmanos sigam o exemplo dos Emirados Árabes Unidos”.
O presidente estadunidense utilizou seu Twitter para divulgar a notícia:
HUGE breakthrough today! Historic Peace Agreement between our two GREAT friends, Israel and the United Arab Emirates!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 13, 2020
Em um comunicado de sua autoria, o secretário de Estado Mike Pompeo comparou o acordo aos tratados de paz firmados por Israel com os assinados anteriormente com o Egito e a Jordânia. “O acordo de normalização de hoje entre Israel e os Emirados tem potencial semelhante e a promessa de um dia melhor para toda a região”, disse ele.
Voos diretos entre os países
Conforme dito anteriormente, o acordo bilateral a ser assinado irá propor uma série de novidades, incluindo voos diretos entre os países, auxiliando assim o turismo e a paz no Oriente Médio. Recentemente publicamos um voo histórico da Etihad para o Aeroporto Internacional de Tel Aviv, que trazia “na bagagem” kits médicos de prevenção ao coronavírus. Apesar de pousar em Israel, os mantimentos foram destinados à Palestina, território autônomo que não possui um aeroporto.
Até o momento, não há nenhuma companhia aérea que opere um voo direto ligando os dois países, muito por conta dos impasses que as nações têm umas com as outras. Se assinado, o acordo fará com que os Emirados Árabes seja o terceiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel, junto com os já citados anteriormente Egito, que assinou um acordo de paz histórico em 1979, e Jordânia, que assinou um tratado em 1994.
O acordo, além de ser bom para os dois países, também pode ajudar no longo impasse que Israel possui com seus vizinhos, potencialmente levando outras nações árabes a seguirem o exemplo.
Se os voos realmente começarem, será uma excelente oportunidade para brasileiros chegarem em Israel conectando em Dubai. Este bilhete pode ser emitido em Classe Executiva no Miles&Go, da TAP, por 260.000 milhas ida e volta e sem cobrança de taxa de combustível. Lembrando que outra opção para chegar até o país é através do voo direto da LATAM entre São Paulo e Tel Aviv, que continua sem data para ser retomado.
Com informações The New York Times.