E hoje (03/12), no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, estou completando 1 ano de Colunista do PP. Portanto, é dia de comemorar e, principalmente, agradecer. Agradecer a todo este time fantástico do Passageiro de Primeira que, literalmente, deu asas para muitas pessoas com necessidade especiais.
Através de relatos, fotos e informações, encorajou muitos, mostrando como é uma viagem para alguém que tenha limitação física ou cognitiva. Eu pude ajudar a mostrar que não é um bicho de sete cabeças, como muita gente acha. Aos poucos estamos quebrando este paradigma e isso me deixa com uma felicidade imensa, que não sei nem como explicar. Sabe aquela sensação de dever cumprido?!!! Pois é…
E num dia como hoje, nada melhor do que um post quentinho para que vocês possam debater também. Vamos lá 😊
Finalmente mais um aeroporto Brasileiro avançou no quesito acessibilidade. Presidente Prudente recebeu no final de novembro um finger móvel da GOL e, com isso, nós, cadeirantes e/ou qualquer pessoa com alguma necessidade especial, não precisaremos mais fazer toda aquela função DESAGRADÁVEL para entrar e sair da aeronave.
O finger ou rampa de acesso é uma tecnologia assistiva de extrema importância, pois sem esta ferramenta o cadeirante tem que subir ou descer da aeronave carregado na sua própria cadeira ou, em alguns aeroportos, numa “cadeira de rodas” especial, o que, no meu ponto de vista, é extremamente perigosa, dependendo da patologia. Eu mesmo já me neguei a utilizá-la algumas vezes e preferi subir degrau por degrau na minha própria cadeira, que é adaptada para mim.
Uma das maiores dificuldades das pessoas que desconhecem o nosso mundo paralelo é achar que todo cadeirante é igual. Não é porque estamos todos sentados em uma cadeira de rodas, que temos todos as mesmas necessidades. Como exemplos, temos os paraplégicos, tetraplégicos, pessoas com mobilidade reduzida, idosos, doenças neuromusculares etc. Portanto, essas cadeiras fornecidas nos aeroportos onde não tem finger ou ambulift, não me agradam em nada.
Presidente Prudente é a 9ª praça a receber o equipamento no País. Essa realidade tomou forma em 2016, com o estabelecimento simultâneo da rampa nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Depois disso, outras bases operacionais foram contempladas com essa funcionalidade pela GOL: Cruzeiro do Sul e Rio Branco (AC), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), Petrolina (PE) e Teresina (PI).
Ambulift
O “ambulift” é um veículo com uma plataforma elevatória montada sobre a carroceria. O cadeirante sobe na plataforma, que é elevada ao nível da porta da aeronave.

Divulgação Infraero
Tipos de cadeira de rodas fornecida pelas empresas aéreas
- WCHR (WCH para Weelchair = Cadeira de Rodas) e (R para Rampa): Passageiro que pode subir e descer escadas e se movimentar na cabine de avião, mas que necessita de uma cadeira de rodas para se deslocar entre avião e terminal, no terminal e entre os pontos de embarque e desembarque.
- WCHS (S para Steps (Passos): Passageiro que não pode subir ou descer escadas, mas que pode se movimentar na cabine do avião e precisa de uma cadeira de rodas para se deslocar entre o terminal e a aeronave, no terminal e entre os pontos de embarque e desembarque.
- WCHC (C para Cabine): Passageiro completamente imóvel, que consegue se movimentar unicamente com auxílio de uma cadeira de rodas e que requer assistência durante todas as etapas da viagem.
Então, o meu desejo é que cada vez tenhamos mais rampas de acessos ou fingers. E você já passou ou presenciou alguma situação desagradável em algum aeroporto? Comenta aí!
Luis Felipe!
Instagram: @passageirosobrerodas
☞ Mais posts do Luis Felipe
- MEDIF e FREMEC: como obter descontos para acompanhantes de passageiros com deficiência
- Classe Economy Plus da United no B777-200 de São Paulo para Chicago
- Como é viajar para o Valle Nevado em uma cadeira de rodas
- Quais as responsabilidades das cias e aeroportos nas viagens para pessoas com deficiência?