Síndrome do pânico e uma viagem para os EUA – Perrengues de Primeira

Notícias Perrengue de Primeira

Por Dérek Arakaki

Hoje no quadro Perrengues de Primeira vamos compartilhar a história do Luis, que programou uma viagem a lazer para os EUA mas acabou passando por muitos momentos de sufoco, desde o embarque, locação de carro e retorno para o Brasil. Vale acompanhar o relato de como essa viagem o alertou e o ajudou a melhorar sua vida.


Perrengue de Primeira

Prezados amigos,

Vou contar meu Perrengue de Primeira em uma viagem aos Estados Unidos. Em 2011 eu tive síndrome do pânico, mas, demorei 1 ano para descobrir essa doença.

Tudo começou com um turbilhão de problemas e cobranças no trabalho e na vida pessoal, fui ficando muito triste e muito nervoso ao mesmo tempo. Acordava tremendo e suando, não fazia ideia do que eu tinha.

Um belo dia, fui atender um cliente, e senti uma tontura, formigamento na mão e falta de ar. Fui para o hospital, fiz todos os exames possíveis e nada foi encontrado. Pessoas próximas diziam que era stress e que não passava de uma fase, outros diziam que eu precisava relaxar, viajar, etc.

As semanas passavam e os sintomas só pioravam. Sentia que ia desmaiar, as vezes as pernas ficavam fracas, sentia tontura e não parava de medir meu pulso o dia inteiro, achando que meus batimentos cardíacos estavam muito acima do normal.

Na época, já havia marcado uma viagem para os Estados Unidos, só eu e minha esposa, e ainda não sabia o que eu tinha. Caí na besteira de pesquisar meus sintomas no Google e já estava achando que eu tinha todas as doenças possíveis.

Resolvi ir em um hospital famoso aqui em São Paulo, e passei por todos exames possíveis na época. Nada foi diagnosticado. Fui em massagista, terapeuta, tudo o que se imagina de medicina alternativa. Nada resolvia meu problema.

Pensei, já que não tenho nenhum problema físico, vamos viajar para ver se relaxando tudo melhora.

O roteiro já estava definido: saída de São Paulo com destino a Atlanta. Volta de Orlando para São Paulo. Já havia alugado um carro para fazermos uma roadtrip de Atlanta para Orlando.

Chegando no aeroporto, foi tudo tranquilo. Já dentro da aeronave, começou a bater o desespero. Na pista, na hora da decolagem, eu não queria mais ir. Fiquei desesperado, não sabia se levantava e falava com alguém, se chorava, não sabia o que fazer.

Tinha um pensamento constante que se eu passasse mal, o avião não ia descer por minha causa, e se precisa de atendimento médico, também não iria receber. Minhas mãos estavam molhadas e eu desesperado e pálido.

Minha esposa perguntava o que eu tinha e eu só respondia que estava com medo do avião, não queria lhe contar a verdade para não estragar a viagem.

Após o tenso voo, chegamos a Atlanta.

Fomos até a locadora, e a atendente disse que não poderia locar o carro pois eu não tinha carteira de habilitação internacional. Disse a ela que me desse isso por escrito e me mostrasse no contrato onde estava a necessidade.

Ela disse que se eu prometesse que saísse da Georgia ainda naquele dia, iria liberar a locação. Eu disse que tudo bem e lá fomos nós para a tão esperada roadtrip.

Minha esposa super feliz com a viagem e eu uma parede de gelo. Não tinha emoção, reação, nada, só preocupação e ansiedade. Havíamos planejado almoçar em um restaurante chamado Dreamland BBQ, que já tínhamos almoçado em outra viagem no Alabama.

Chegando lá, foi a primeira refeição que eu tive mais tranquilo, pois, haviam dois policiais almoçando no restaurante. Eu pensei, ufa, se eu morrer aqui não vou dar tanto trabalho a minha esposa, pois, os policiais vão ajudar.

Saindo de lá fomos em uma loja que eu sempre quis ir, chamada Brandsmart USA. Mas, chegando lá não via a hora de ir embora. E assim foram meus dias.

Ficava tenso e ansioso achando que ia morrer o dia inteiro, e a noite quando entrava no chuveiro eu rezava, chorava e pensava: faltam só 12 dias para ir embora. Tentava ficar forte durante o dia para não estragar a viagem e deixar minha esposa preocupada.

Os dias foram passando, fomos na fábrica do Jack Daniel’s, da Nissan, da BMW, visitamos Pigeon Forge, Gatlinburg e varias outras cidades. Mas eu não prestava atenção em nada. Apenas o corpo estava presente.

Quando estávamos no carro, minha única preocupação era procurar se perto tinha hospital. Um dia que eu fiquei mais tranquilo foi quando chegamos a uma cidade chamada Hilton Head na Carolina do Sul. Havíamos reservado um hotel próximo ao Outlet da cidade e no caminho eu vi que tinha um hospital a poucas milhas de distância.

Quando chegamos em Orlando eu também fiquei mais tranquilo, porque tinha mais brasileiros e se eu morresse, certamente alguém poderia ajudar minha esposa com mais facilidade.

No dia de embarque de volta para o Brasil, estava mais ansioso e angustiado. Finalmente cheguei no Brasil e fui procurar outros médicos até eu acertar um que me diagnosticou com síndrome do pânico.

Fiz todo tratamento e hoje levo uma vida normal. Esse foi meu perrengue.

Um grande abraço a todos,
Luis


Comentário

Ótimo relato do Luis que nos mostra que nem sempre os perrengues estão relacionados a atrasos de voos ou outros imprevistos diretamente relacionados a viagem. Todos os momentos de sufoco pelo qual ele passou fizeram com que ele insistisse na busca para identificar a síndrome do pânico.

Ficamos felizes de saber que hoje você leva uma vida normal Luis! Que venham muitas outras viagens pela frente!


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