Hoje temos mais uma matéria #TBT do PASSAGEIRO DE PRIMEIRA (ThrowbackThursday) – A história de hoje é sobre a Trip e sua jornada alucinante!
Nesta série de relatos, reportagens e avaliações, vamos trazer um gostinho nostálgico para o PP! Mostraremos como era experiência de voar em aviões antigos, reportagens, cias aéreas extintas, curiosidades e muito mais.
Mais uma vez, obrigado a Revista FLAP por compartilhar o acervo conosco!
#TBT desta Semana!
A Transportes Regionais do Interior Paulista (Trip) saiu do zero e chegou a ser a maior regional da América do Sul. A sua história foi marcada por grandes conquistas em curto espaço de tempo, até que em 2012 foi anunciada sua fusão com a Azul Linhas Aéreas. Esta verdadeira saga de pioneirismos e ousadia é o que vamos relembrar agora.
Esperamos que gostem, confiram!
Por: Gianfranco Beting
No DNA da empresa, a vocação para o transporte
A história do Grupo Caprioli tem sua origem no vilarejo de Cittaducale, noroeste de Roma. Foi lá que em 1911 uma família de imigrantes deixou a Itália rumo ao Brasil e a uma vida melhor. Em 1922, compraram um pequeno armazém de secos e molhados na região de Três Vendas, zona rural de Campinas, Estado de São Paulo. Encontraram aí uma oportunidade: a distância entre a região e o centro de Campinas apresentava um desafio para a locomoção de pessoas. Em 1928, juntaram as economias e compraram uma rústica jardineira. Pelas décadas seguintes, três gerações da família iriam cuidar de desenvolver o grupo até se tornar o que viria a ser a Viação Caprioli.
Nascido e criado em Campinas, José Mário Caprioli dos Santos sempre teve paixão pela aviação. Foi cursando faculdade nos Estados Unidos que se inspirou para empreender e lançar uma companhia aérea regional no Brasil. Essa época José Mário não esquece: “Transporte está no sangue de nossa família. Seria natural olhar para o transporte aéreo como uma extensão de nossos negócios”. A família, mais cética em um primeiro momento, apoiou a fundação da Empresa, fornecendo os recursos necessários pra começar.
Dito desta maneira, até pode parecer fácil. Apesar da ideia estar consolidada, a imensa burocracia necessária para abrir uma empresa aérea no Brasil quase deixa a Trip no chão. Na época de sua homologação inicial, toda documentação tramitava no antigo DAC (Departamento de Aviação Civil, ligado ao Ministério da Aeronáutica). Fundada oficialmente em 24 de março de 1998, a TRIP – sigla de Transportes Regionais do Interior Paulista – iniciou suas operações em 1 de setembro de 1998 com um par de Embraer 120, matriculados PP-PTB e o PP-PTA, sendo que embora este último tenha sido o primeiro a ser adquirido foi na verdade o segundo a voar. Ambos haviam sido operados pela Total, que revisou as aeronaves antes da entrega. Embora José Mário tivesse a intenção de iniciar as ligações regulares entre Campinas e outras cidades do interior para grandes centros, a linha pioneira da companhia acabaria partindo mesmo do Nordeste. Os primeiros voos (TIB 752, 753 e 754) uniam Natal, Recife e Fernando de Noronha. Os planos de José Mário para estabelecer linhas no Sudeste, porém, receberam clara oposição das companhias estabelecidas, em particular da TAM, como relembra o fundador da TRIP. “Nas primeiras tentativas de estabelecer voos no Sudeste, a gente entrava em um mercado e logo vinha a concorrência, assim que o voo se estabilizava, colocando aeronaves para voar em cima do nosso voo. Isso aconteceu tantas vezes que eu decidi mudar de tática. Passei a focar em mercados em que não teria tantas chances de enfrentar essa concorrência, onde aeronaves de maior porte não conseguissem pousar. Foi isso que acabou nos permitindo sobreviver.” O ano de 1998 foi encerrado com 17.502 passageiros transportados, com uma razoável taxa de ocupação de 63%.
Ao entrar em seu segundo ano de vida, a companhia contabilizava apenas 35 colaboradores. Em 19 de dezembro de 1999, com a chegada do ATR 42-300 PP-PTC, a Trip iniciou a operação de um tipo que seria fundamental no desenvolvimento da companhia. O tipo ficou dedicado à mais rentável linha da companhia, aquela que servia Fernando de Noronha. Os Brasilia foram deslocados para outras regiões do País, sempre evitando a competição direta com as empresas estabelecidas. O foco passou a ser o centro-oeste Brasileiro, onde os mercados eram servidos apenas por conexões em capitais distantes.
Partindo de Campinas, a companhia iniciou uma expansão baseada na construção de linhas lineares, aquelas em que uma aeronave percorre um “trilho” com escalas frequentes entre o ponto de origem e o ponto final, retornando pelas mesmas cidades. É dessa fase que começam os voos para cidades até então sem serviços regulares. Lugares como Sinop, Alta Floresta, Videira, Presidente Prudente, Cuiabá, Curitiba, Londrina, Pato Branco e Guarapuava entraram na malha, assim como Fortaleza.. O ano de 1999 foi concluído com 73.587 passageiros transportados.
No ano de 2000, um terceiro EMB-120, matriculado PT-PCA, foi subarrendado, permitindo a continuidade do crescimento de linhas. Nesse ano, a companhia também lançou seu site na internet, começando a comercializar bilhetes on-line. Em 2001, a economia brasileira, que vinha de um saudável ciclo de estabilidade e crescimento, sofreu as consequências dos importantes acontecimentos mundiais. Mas foi o atentado terrorista de 11 de setembro nos EUA, que impuseram um duro golpe nas empresas de menor porte. Os seguros aeronáuticos subiram vertiginosamente naquele ano e seu maior cliente na época, a falecida Soletur, arrastava um passivo no frágil fluxo de caixa. Resultado? Um ano extremamente desafiador: a Trip encolhia e transportava apenas 69.258 clientes, com aproveitamento de 58%.
Em 2002, cidades como Juína, Sapezal e Vilhena passaram a pontuar o mapa de rotas da companhia, que contava então com 138 colaboradores. Ao bater meia-noite no dia 31 de dezembro, a empresa contabilizou 82.421 passageiros transportados e taxa de ocupação de 60%.
O ano seguinte, 2003, ficaria marcado por acontecimentos positivos. Em 3 de julho, mais um ATR 42, PP-PTD, foi recebido. Com ele, foi iniciado o programa de padronização de frota com o modelo franco-italiano, que viria a formar a espinha dorsal da companhia pelos anos seguintes. No total, 108.878 passageiros foram transportados, com taxa de ocupação de 62%.
No ano seguinte, com a entrega do terceiro ATR 42, PP-PTE, em 16 de março de 2004, a companhia colocou em marcha seu plano de renovação de frota. Em 4 de abril, o Brasilia PP-PTB foi vendido e restou apenas um único Embraer 120, o PP-PTA, que permaneceria relegado a um papel secundário. Outra mudança importante foi a adoção de um esquema de pintura mais ousado. As cores da casa – azul, vermelho e branco – permaneciam as mesmas, mas a pintura ficou bem mais atual, incorporando também o website na fuselagem: voetrip.com.br. Em 3 de dezembro, foi a vez do PP-PTF ser incorporado. Outro fato importante marcou o ano: o acordo comercial com a TAM. Agora, de simples regional, a Trip passava a cumprir o papel de empresa alimentadora e distribuidora dos voos da “vermelha”. O ano de 2004 foi concluído com 141.464 passageiros transportados, com taxa de ocupação de 63%.
Grande salto
Em 2005, a aviação brasileira vivia um impasse. No mercado regional, os desafios eram marcantes. Velhas operadoras, como a amazonense Rico, estavam em maus lençóis. A Trip foi rápida: assumiu a totalidade das linhas que a Rico não podia mais sustentar, adicionando de uma vez nada menos que 14 cidades na região norte, sobretudo no Estado do Amazonas. Assim, a companhia deixou de ser mais uma pequena regional para se transformar em uma das principais operadoras do chamado “terceiro nível” da aviação brasileira, servindo 32 cidades em dez Estados brasileiros, nas cinco regiões do País. O ano foi concluído com cinco ATR 42 na frota, com a entrega do PP-PTG em 7 de novembro e mais de 203 mil passageiros transportados.
Mas seria no ano seguinte, 2006, que a Trip teria um exercício absolutamente estelar. O acordo com a TAM robustecia os voos da companhia com conexões em cidades como Manaus, Cuiabá, Recife, Curitiba. E, o principal, na maioria das rotas, não havia competição direta. Quando o ano ia chegando ao fim, veio um anúncio de extrema importância. Em 21 de novembro de 2006 foi anunciada a criação de uma sociedade com o Grupo Águia Branca, do Espírito Santo, que passou a deter 50% das ações da companhia. José Mário Caprioli dos Santos permaneceu na presidência da empresa. Naquele próspero ano chegaram mais dois ATR: o primeiro era um modelo 72, com capacidade para 70 assentos (logo colocado na linha de Fernando de Noronha), e o ATR 42 PP-PTI, encerrando o exercício com 282 mil passageiros transportados.
Com os recursos oriundos da nova sociedade, no ano seguinte, 2007, a Trip foi às compras: duas aeronaves seminovas (o ATR 42 PP-PTJ e o ATR 72 PP-PTK) e, o mais importante, encomendou 12 aeronaves ATR 72-500 para 70 assentos, totalizando investimento de 200 milhões de dólares. Estes seriam os primeiros aviões novos de fábrica comprados pela companhia. José Mário explicou que as aeronaves possibilitariam uma ampliação da malha aérea, pois apresentavam ótima performance em pistas curtas, “que é a realidade da maioria dos aeroportos do interior do Brasil”. Mas engana-se quem pensa que, para a Trip, aquele ano especial tinha chegado ao fim. Em 14 de novembro, deu-se a aquisição das linhas regionais da Total Linhas Aéreas. Com esta tacada, a Trip passou a controlar nada menos que 63,2% de todos os voos regionais do país, tornando-se a maior regional da América do Sul. Sua meta era a de transportar mais de 300 mil passageiros, com índices de ocupação de 65%, e para tal contava com aproximadamente 480 funcionários.
Através desta aquisição, foram incorporados seis ATR 42 e dois ATR 72 e um número ainda mais abrangente de rotas e cidades e instalações estratégicas, em especial os hangares e oficinas da Pampulha. Unificadas com a marca Trip, as companhias passaram a servir 62 cidades, tornando-se a empresa com mais destinos regulares no Brasil. O ano foi concluído com 340.965 passageiros transportados em nada menos de 17 Estados.
Na era do jato
Veio o ano de 2008. Em 19 de junho, deu-se o anúncio da compra de cinco jatos Embraer 175. O negócio incluía ainda opções para outras dez aeronaves e direitos de compra para mais 15. Os jatos foram configurados em classe única para 86 passageiros. Exatos dez dias depois, em Toulouse na França, o primeiro ATR 72-500 foi entregue. Matriculado PP-PTL, veio a ser o primeiro avião “zerinho de fábrica” recebido pela empresa em toda a sua história. Ao longo daquele ano, mais três seriam entregues (PP-PTM, PTN, PTO).
Semanas depois destes dois importantes momentos, outra surpresa: no dia 4 de setembro, a regional norte-americana Skywest comprou 20% do capital votante da Trip. Esse foi o primeiro investimento direto de uma operadora estrangeira no mercado de aviação brasileiro em décadas. A participação de 20% do capital com direito a voto correspondia ao limite máximo permitido pela legislação brasileira para o setor. Com o aporte de recursos oriundos da Skywest, a empresa ganhou musculatura e estabilidade financeira para dar continuidade ao plano de expansão. Ao fechar o ano de seu décimo aniversário, um importante marco foi celebrado: ao longo do ano, mais de 1 milhão de passageiros escolheram voar na companhia. Mais precisamente, 1.012.286 foram transportados.
O ano de 2009, a exemplo dos cinco exercícios anteriores, também seria marcado por grandes acontecimentos. Em 8 de junho, o PP-PJA, primeiro Embraer 175, foi entregue à empresa juntamente com a segunda aeronave, PP-PJB. Ambos decolaram da fábrica e voaram para Viracopos. Com a chegada do terceiro jato, PP-PJC, serviços regulares tiveram início no dia 29 de junho de 2009. O primeiro voo regular a jato da Trip foi o T4 5480, operado pelo PP-PJC, na linha Santos Dumont-Confins-Goiânia-Cuiabá-Ji-Paraná. As outras duas rotas operadas a princípio pelos E-Jets eram: Santos Dumont-Curitiba-Santos Dumont-São José do Rio Preto-Campo Grande-Corumbá e retorno; Campinas-Curitiba-Londrina-Cuiabá e retorno. A malha inicial foi logo reformulada com a entrega de mais duas unidades, o PP-PJD e o PP-PJE, este apelidado de “Pajé”, pois sua operação inicial ficou concentrada na Amazônia. A malha operada pelos E-Jets ao final do ano era a seguinte: Campinas-Curitiba-Santos Dumont-Vitória-Porto Seguro e retorno; Vitória-Confins-Goiânia-Cuiabá-Ji-Paraná e retorno; Santos Dumont-Curitiba-Londrina-Cuiabá e retorno; Manaus-Porto Velho-Cuiabá-Guarulhos e retorno; Santos Dumont-Confins-Maceió-Recife-Fernando de Noronha e retorno.
Em outubro de 2009, o Grupo Águia Branca aumentava sua participação acionária, comprando 8% das ações que pertenciam à Total Linhas Aéreas, passando a deter 44% do capital, ainda dividindo o controle com os fundadores. Naquele instante, a Trip já era a quinta maior empresa aérea brasileira, entre um total de 19 companhias que operavam voos domésticos regulares, com 1,89% da demanda. A Trip recebeu ao longo do ano mais dois ATR 72-500 (PP-PTP e PTQ), servia 79 destinos, empregava mais de 2.100 colaboradores e, durante o ano, transportou mais de 2.100.000 passageiros.
Crescimento vertiginoso
Veio o ano de 2010. Os jatos impulsionavam o crescimento da companhia de forma vigorosa. Em maio chegou o PP-PJF, último avião da encomenda original e, com sua entrega, mais uma linha foi criada: Porto Alegre-Confins-Carajás-Belém-São Luís. Esta seria a primeira ligação entre Porto Alegre e Belo Horizonte sem escalas na história da aviação brasileira, mais um pioneirismo da Trip.
Não passaria muito tempo e o Embraer 175 ia se mostrar pequeno demais para alguns dos principais mercados servidos pela companhia. Em 19 de julho de 2010, a compra de quatro jatos Embraer 190, configurados com 110 poltronas, foi anunciada. A empresa assinou ainda opções para outras oito aeronaves. Adicionalmente, a companhia arrendou três aeronaves usadas do modelo 190, matriculadas como PP-PJJ, PJK e PJL. Recebidos direto do fabricante foram os jatos matriculados PP-PJM, PJN, PJO, PJP, PJQ, PJR, PJT, PJU e PJV. Ao longo daquele ano, a Trip ampliou ainda mais as linhas servidas com jatos. Para tanto, trouxe os Embraer 175 matriculados PP-PJG, PJH e PJI.
Este foi mais um período de incrível crescimento. Ao longo do ano, nada menos que sete ATR 72-500 foram recebidos, bem como seis ATR 42-500. Ao encerrar mais um ano de vida, a companhia cresceu nada menos que 81% em oferta, transportando 3,2 milhões de passageiros, e ultrapassando a marca de 70% de participação nas linhas regionais brasileiras.
Em 2011, a Trip ultrapassou a marca de mais de 80 destinos e continuou crescendo. Em setembro, anunciou a compra de 18 turboélices ATR 72-600, com mais 22 opções de compra, um negócio avaliado em 840 milhões de dólares a preços de tabela. Em 3 de novembro, foi entregue a primeira aeronave ATR 72-600, a mais nova versão do turboélice franco-italiano ATR 72. A frota chegava a 49 aeronaves, que conjuntamente operavam 420 voos por dia entre 87 cidades. Nada menos que 5,3 milhões de passageiros foram transportados ao longo de 2011.
Um casamento feliz
Esse notável crescimento não passava despercebido. Enquanto a Trip ganhava altura, outra companhia também ia conquistando espaço: a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, fundada em 2008. Na realidade, em muitos mercados, as duas na verdade se enfrentavam diretamente. Então, depois de negociações muito discretas, em 28 de maio de 2012 foi anunciada a fusão da Trip Linhas Aéreas com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, surgindo a holding Azul Trip S.A. Inicialmente operaram separadamente, para somente após a aceitação da fusão pela Anac e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) formarem uma única empresa.
A nova companhia contava com uma frota de 112 aeronaves (62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR), 837 voos diários, 316 rotas e 96 cidades atendidas, além de uma receita de 4 bilhões de reais ao ano e 8.700 funcionários. O grupo de acionistas da Azul ficou com participação de 66,66%, enquanto os investidores da Trip controlavam os demais 33,3%. Com a união das duas empresas, a Azul passou a ocupar a posição de terceira maior companhia aérea do Brasil, com 14,23% do mercado doméstico de aviação.
Como manda a legislação do setor, o negócio só seria concretizado após ganhar o aval da Anac e do Cade, responsável por julgar questões relativas à concorrência no mercado. Assim, inicialmente, Trip e Azul continuaram operando suas frotas, equipes e marcas de forma independente por alguns meses, até que as devidas autorizações foram conquistadas. Quando isso finalmente ocorreu, a frota passou a ser de 134 aviões, mais de 9.700 funcionários, 837 voos diários – nada menos do que 29% de todas as decolagens realizadas a cada dia no Brasil – e 316 rotas, totalizando 96 cidades brasileiras servidas. O grupo de colaboradores chegava a quase 9 mil pessoas.
Na ocasião, José Mário declarou: “enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos ideais e visão de negócios. Como nós, a Azul é uma empresa com foco em segurança, qualidade no atendimento, ótima imagem de marca e que vem crescendo de forma vigorosa e responsável nos últimos anos. Buscaremos disseminar as melhores práticas entre as empresas, visando ampliar nossa competitividade no mercado, mantendo o DNA de alto serviço de ambas”. Em dezembro de 2013, José Mário passou a ocupar a posição de presidente executivo da Holding Azul S.A. Essa mudança refletia a necessidade da companhia de fazer frente ao expressivo crescimento de suas operações e uma forma de aprimorar sua gestão estratégica, suas demandas institucionais, a atuação em novos projetos e sua representação junto ao governo, autoridades e associações. De acordo com José Mario, “o crescimento contínuo exige mudanças na forma de atuar, em vista da enorme complexidade regulatória e de infraestrutura, que necessita de intensa dedicação. Estou entusiasmado com este desafio. Tenho certeza de que melhoraremos a eficácia da companhia de uma maneira mais compatível com o tamanho que nos tornamos”.
Um importante legado
Ainda que a marca Azul tenha sido escolhida após a fusão, quem trabalha na empresa sabe que o legado da Trip espalha-se por cada departamento, base e aeronave da companhia. Milhares de colaboradores, hoje trajando os uniformes da Azul, são egressos da Trip. Eles trouxeram consigo um legado de amor pela companhia, atenção aos clientes e genuína vontade de servir ao público viajante. Na ocasião do anúncio da unificação de marcas, ficou claro que a marca resultante traria consigo símbolos da Trip. Uma nova identidade visual foi criada, de forma a incorporar o “legado” da Trip no novo logotipo. Com a mudança, a letra “U” na palavra “Azul” passou a ser grafada em tons contrastantes com as letras “A”, “Z” e “L”. Três aviões receberam tratamento especial em suas pinturas: o PR-AXV, um Embraer 195, foi batizado com o nome “Espírito de União” e recebeu uma pintura especial, baseada nas cores prata e grafite, tendo elementos da identidade visual da Azul e da Trip mesclados. E ficou combinado que o Embraer 190 da Trip, matrícula PP-PJM, manteria indefinidamente a pintura da Trip, para servir como um símbolo do legado da companhia fundada em 1998. Finalmente, o Embraer 195 PR-AXK recebeu o nome de batismo de “Águia Branca”. Desta forma, fica garantido que o nome Trip e a história de seus sucessos e pioneirismos estarão sempre presentes no céu de nosso País.
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